Soro caseiro - como fazer? Como ele age?
O que é o soro1 caseiro?
O soro1 caseiro é uma solução de sal e açúcar2 em água, para uso oral, que substitui, embora não exatamente, o soro1 preparado em laboratório e administrado por via venosa. Ele visa combater a desidratação3 e o desequilíbrio hidroeletrolítico4 causados por vômitos5 ou diarreias.
Qual é o mecanismo de atuação do soro1 caseiro?
O soro1 caseiro visa evitar ou corrigir a desidratação3, ao repor a água e os sais minerais perdidos comumente na gastroenterite6, por exemplo. O soro1 caseiro não é um tratamento etiológico7 para as enfermidades que geram desidratação3, mas um tratamento sintomático8 para corrigir os efeitos dos vômitos5 ou da diarreia9. Sua função é a de repor os líquidos e sais minerais perdidos nessas condições, mas ele não trata a causa do problema. Por isso, é também importante seguir as orientações do médico para tratar as enfermidades de base e controlar a diarreia9 e os vômitos5.
Como preparar o soro1 caseiro?
A preparação do soro1 caseiro é muito simples. Há duas formas diferentes de prepará-lo: adotando-se o litro como referência (1000ml), deve-se tomar 1 litro de água filtrada, fervida ou de água mineral engarrafada e dissolver nele duas colheres rasas de açúcar2 e uma colher de café de sal. Tomando-se como referência o copo padrão (200ml), deve-se dissolver nele duas medidas rasas de açúcar2, do lado maior da colher padrão distribuída pela UNICEF e uma medida rasa de sal, do lado menor da mesma colher padrão. Usar água filtrada, fervida ou água mineral engarrafada.
Se os ingredientes puderem ser pesados, misturar 3,5 gramas de sal e 20 gramas de açúcar2 a um litro de água. Para não se ficar na dependência do tamanho da colher, a UNICEF distribui gratuitamente a sua colher padrão, contendo duas extremidades diferentes, uma para o açúcar2 e outra para o sal.
É importante observar as dosagens corretas porque, em caso contrário, o soro1 pode ser prejudicial ao invés de trazer benefícios.
No Brasil, o Ministério da Saúde10 distribui gratuitamente o soro1 de reposição nas doses corretas, nos postos de saúde10 e nas unidades da Farmácia Popular. Em caso de usar esse recurso, misturar todo o envelope em um litro de água fervida ou filtrada, não adicionar açúcar2 nem sal, não ferver o conteúdo depois de pronto e só usá-lo por 24 horas. Depois deste período, o soro1 não consumido deve ser jogado fora e um novo deve ser preparado para o consumo, quando necessário.
Como e quando usar o soro1 caseiro?
O soro1 caseiro pode ser usado por bebês11, pessoas adultas e mesmo por animais domésticos. O soro1 caseiro deve ser tomado em pequenos goles, várias vezes ao dia, aproximadamente na mesma proporção de líquidos perdidos através dos vômitos5 ou da diarreia9. Bebês11 e crianças pequenas podem tomar o soro1 em colheres.
Quando não tomar o soro1 caseiro?
O soro1 caseiro não deve ser dado a bebês11 que estejam sendo amamentados no peito12. Para eles, o mais indicado é que a mãe continue dando o peito12 para manter o bebê hidratado. Pessoas diabéticas e aquelas com desidratação3 grave não devem tomar o soro1 caseiro e sim procurar auxílio médico. Quando a qualidade da água disponível for duvidosa, não se deve fazer o soro1, bem como quando se vai viajar com uma criança. Nesses casos, a melhor alternativa é comprar nas farmácias um pacotinho de sais para reidratação oral, que contém sal e glicose13 na dose exata, para misturar em um litro de água mineral. Existe também o soro1 para beber já pronto, que é ainda mais fácil de usar.
Quando a diarreia9 e os vômitos5 persistirem por mais de 24 horas, o médico deve ser procurado para identificar a causa e adequar o tratamento. Se, por qualquer motivo, houver o risco de não se poder preparar adequadamente o soro1, o ideal é procurar um posto de saúde10 e solicitar o soro1 de reidratação oral.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.