Saiba mais sobre os agentes infecciosos
O que são agentes infecciosos?
A maior parte dos agentes infecciosos é composta por seres microscópicos1 tais como vírus2, bactérias, fungos, alguns parasitas e príons, mas podem também ser macroscópicos como outros parasitas, nematoides e artrópodes como ácaros, pulgas, piolhos, etc. Chama-se infecção3 à invasão do organismo por algum desses agentes patógenos (do grego: pathos = doença; genos = origem) capazes de provocar doenças pela presença e multiplicação deles ou pelas toxinas4 que eles produzem. É extremamente importante conhecer a estrutura dos vários agentes infecciosos, seu modo de nutrição5, seus mecanismos de reprodução6 e outras características básicas porque elas permitem compreender os mecanismos de contágio7 e a natureza das doenças que causam, bem como elaborar os tratamentos.
Quais são os agentes infecciosos mais comuns?
- Vírus2: são os agentes infecciosos mais simples, do ponto de vista biológico, de estrutura muito rudimentar. Nem sequer contêm os elementos necessários para obterem a energia de que precisam e para se reproduzirem, o que os obriga a invadir as células8 de outros organismos. Os vírus2 são considerados fragmentos9 celulares tão pequenos que só podem ser vistos com o auxílio de microscópios eletrônicos. São formados apenas pelo DNA ou RNA e uma membrana proteica. Podem causar doenças no homem, nos animais e nas plantas.
- Bactérias: são igualmente simples, constituídas por uma única célula10, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo. Embora muito pequenas, são maiores que os vírus2 e visíveis ao microscópio comum. A grande maioria das bactérias felizmente é inofensiva ou mesmo benéfica para o ser humano, mas outras são patogênicas e algumas extremamente perigosas.
- Fungos: são um pouco mais complexos. Podem ser unicelulares ou pluricelulares e se reproduzirem por vários mecanismos. Existem milhares de espécies de fungos, mas apenas cerca de uma centena provoca doenças infecciosas no ser humano.
- Protozoários11: são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal, embora muito primitivos e com vida parasitária. Mesmo sendo de vários tipos, apenas umas poucas dezenas atuam como parasitas humanos causadores de doenças.
Como o médico combate os agentes infecciosos?
Há várias substâncias químicas para combater os diversos agentes infecciosos, as mais conhecidas são os antibióticos que combatem as bactérias. No entanto, com a exposição contínua a doses não letais de antibióticos, as bactérias desenvolvem resistências que invalidam ou enfraquecem a ação dessas substâncias. É comum que as resistências bacterianas aos antibióticos se deem nos hospitais, onde esses micro-organismos estão "acostumados" aos antibióticos. Pode ser também que os antibióticos usados no hospital matem as bactérias mais sensíveis e preservem aquelas mais resistentes. Isso, no entanto, também pode acontecer no corpo de uma pessoa, daí que seja sempre aconselhável fazer um teste de sensibilidade das bactérias aos antibióticos antes de começar a administrá-los. Na prática, nem sempre isto é feito porque se tem uma ideia empírica de que tipos de bactérias são sensíveis a que tipos de antibióticos. Os outros agentes infecciosos são combatidos com medicamentos específicos que os mata ou impedem a sua reprodução6. Infelizmente há alguns agentes infecciosos contra os quais ainda não se conhece uma medicação que seja capaz de combatê-los, como o vírus2 Ebola, por exemplo, e outros agentes mais simples. Alguns deles são eficazmente combatidos pelos próprios mecanismos de defesa do organismo (sistema imunológico12) e, por isso, as doenças que eles causam curam-se por si mesmas.
Como se prevenir de contrair os agentes infecciosos?
Uma maneira simples e eficaz de prevenir infecções13 é lavar as mãos14 com água e sabão com frequência.
Os agentes infecciosos podem ser combatidos pela vacinação que estimule a produção de anticorpos15 ou pelo controle dos meios de transmissão deles, como o uso de repelentes de insetos, o uso de preservativos nas relações sexuais, cuidados adequados nas transfusões de sangue16, etc.
Algumas doenças infecciosas, como a hepatite17 A, sarampo18 e varicela19, por exemplo, geram uma imunidade20 ativa, ou seja, geram uma proteção para o organismo por uma estimulação antigênica do sistema imunológico12 com o desenvolvimento de uma resposta humoral21 (produção de anticorpos15) e celular. Esta estimulação pode ocorrer por infecção3 natural ou pelo uso de vacina22. Isso faz com que algumas doenças infecciosas deixem o indivíduo imune a elas de forma prolongada ou definitiva após uma primeira infecção3.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites U.S. National Library of Medicine - National Institutes of Health, Nature - Scientific Reports e American College of Healthcare Sciences.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.