Quinze sinais que apontam para a dependência às drogas
Muitos jovens passam pela experiência de experimentar drogas, o que não quer dizer que eles serão dependentes químicos. Seja por curiosidade, atração pelos riscos, prazer inicial, baixa auto-estima ou qualquer outro motivo, os jovens são mais propensos a experimentar essas substâncias. É necessário conversar claramente e não julgá-los, pois isso só dificulta a relação e o tratamento, quando necessário.
As famílias devem ter cautela e franqueza ao conversar sobre este assunto, mas a atenção é necessária para evitar complicações futuras. Não adianta pensar que “na minha família não acontece”, pois a descoberta tardia pode ser dolorosa.
Alguns sinais1 ajudam a identificar comportamentos de pessoas que estão usando drogas. São eles:
- Mudanças bruscas de comportamento, perda de interesse nas atividades familiares e desrespeito frequente às regras e rotinas da família, comportamentos física ou verbalmente abusivos para com os achegados. São comuns irritabilidade, inquietação, impulsividade, insônia ou o excesso de sono (na dependência da droga utilizada).
- Geralmente, como parte dessa mudanças tem-se comportamentos e atitudes irresponsáveis, anteriormente incomuns, falta de cumprimento de obrigações, compromissos e horários.
- Falta de motivação e desleixo para com as atividades comuns às quais antes se dedicava como ler, praticar algum esporte, comparecer a festas, etc.
- Aumento ou diminuição súbitas do apetite, na dependência da droga que está sendo usada. Mudanças das apetências habituais para outras novas.
- O dependente recheia suas falas com mentiras, necessárias ou não para esconder seu vício. Mentir passa a ser um padrão comum de sua fala e são flagrantemente inconsistentes, possibilitando que as outras pessoas as detectem com facilidade.
- Saídas de casa extemporâneas e mal explicadas e irregularidades nos horários de retornar. É frequente que o dependente não diga onde vai ou minta sobre isso, geralmente de maneira simplória.
- O dependente procura ficar muito tempo sozinho e, em casa, passa longos períodos em seu quarto.
- É comum que as pessoas que convivem com o dependente encontrem entre seus pertences objetos denunciadores do vício: restos de cigarros, seringas, cachimbos, sementes, papeis de embalar drogas, etc.
- Os usuários de drogas injetáveis passam a usar camisas de mangas compridas como meio de esconder as marcas de injeções.
- Da mesma forma, passam a usar óculos escuros para esconder a vermelhidão dos olhos2 e as olheiras causadas pelas drogas.
- Queda de outro modo inexplicável do rendimento no trabalho ou no estudo e às vezes abandono dos mesmos. Começam a haver faltas injustificadas, desatenção incomum, não cumprimento dos seus deveres, recusa dos esportes e exercícios físicos.
- Quando a dependência é intensa e já produziu alterações significativas na personalidade, o dependente pode começar a roubar para sustentar seu vício. O primeiro sinal3 disso é o desaparecimento de objetos de valor dentro de casa, com a venda dos quais procura financiar sua dependência. Com o mesmo objetivo, passa a usar de expedientes ilícitos4 ou de “golpes”. Em casos mais graves pode chegar ao crime.
- É muito comum que os dependentes passem a mudar seu modo de vestir, identificando-se com seu novo grupo, e passem a usar o som de músicas muito alto em virtude de que seus sentidos se acham entorpecidos pelas drogas.
- É comum também que os dependentes percam o biorritmo comum às demais pessoas e passem a “trocar o dia pela noite”.
- Há uma troca das amizades antigas por novas, do círculo dos viciados.
Nenhuma dessas ocorrências por si só querem dizer dependência de drogas, mas o conjunto delas permite uma bem embasada suposição.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.