Cólera: informações básicas sobre a doença
O que é a cólera1?
A cólera1 é uma doença infecciosa aguda que afeta o intestino dos seres humanos, cuja toxina2 potente provoca uma intensa diarreia3.
Qual é a causa da cólera1?
A cólera1 é causada pelo Vibrio cholorae, uma bactéria4 que tem forma de vírgula e que se multiplica rapidamente no intestino delgado5 humano, depois de vencer a acidez estomacal. Esses vibriões vivem naturalmente nas águas dos oceanos, mas o seu número é tão pequeno que não chegam a causar infecções6. Os seres humanos e os seus dejetos são a única fonte de infecção7. Sua transmissão é feita diretamente das fezes de doentes, por ingestão oral, principalmente em água contaminada. Moscas e baratas também podem provocar a infecção7 por este vibrião, transportando-o para a água e para os alimentos. A contaminação de uma pessoa para outra é possível, mas menos comum. O vibrião não é invasivo e permanece na luz do intestino durante toda a progressão da doença.
Quais são os principais sinais8 e sintomas9 da cólera1?
Apenas 10% das pessoas afetadas desenvolvem quadro sintomático10. Na maioria dos casos a infecção7 é assintomática e este é um dos principais motivos que facilitam sua propagação. A incubação11 da cólera1 é de cerca de cinco dias. Logo após, começa abruptamente uma intensa diarreia3 aquosa e serosa, com o aspecto de água de arroz e com a presença de sangue12. A perda de líquido pode atingir vinte litros por dia, com desidratação13 intensa e risco de morte, principalmente em crianças.
Quase todos os demais sintomas9 da cólera1 resultam da perda de água e eletrólitos14: dores abdominais tipo cólica, náuseas15 e vômitos16, hipotensão17, taquicardia18, anúria19 e hipotermia20. Casos mais graves podem apresentar cãibras, perda de peso, olhos21 fundos, diminuição da turgência22 da pele23, prostração24, sede e voz fraca.
Como o médico diagnostica a cólera1?
Os sintomas9 já sugerem o diagnóstico25, mas normalmente ele é confirmado por intermédio de cultura em meio especializado de amostras de fezes do paciente suspeito. Além dos dados clínicos é importante saber a área da qual o paciente provém e os últimos eventos em que se envolveu. Há também testes rápidos para identificação da bactéria4 da cólera1.
Como o médico trata a cólera1?
O tratamento imediato deve ser a administração venosa e em grande quantidade de soro26 fisiológico27, para repor a água e os sais minerais perdidos. Se o paciente não puder ser hospitalizado urgentemente pode-se dar a ele doses generosas de soro26 caseiro, feito com uma pitada de sal e meia xícara de açúcar28 em meio litro de água tratada. Medicamentos antidiarreicos não são indicados, já que facilitam a multiplicação da bactéria4 ao diminuírem o peristaltismo29 intestinal e retêm as toxinas30. A bactéria4 deve ser eliminada com doses adequadas de antibiótico.
Como evolui a cólera1?
Em menos de 10% dos pacientes pode ocorrer uma diarreia3 tão profusa que é potencialmente fatal, o que pode acontecer dentro de algumas horas.
Como prevenir a cólera1?
A fervura da água e o cozimento dos alimentos são algumas das principais medidas para impedir a manifestação da doença, uma vez que o vibrião não resiste a temperaturas superiores a 80°C.
A vacinação protege apenas 50% dos casos, por um período de três a seis meses.
A infecção7 produz anticorpos31 que previnem a reinfecção por cerca de seis meses.
Quais são as complicações possíveis da cólera1?
A complicação mais temível da cólera1 é a desidratação13 severa, potencialmente mortal.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.