Do ponto de vista mecânico, a epilepsia1 pode ser entendida como uma alteração brusca, temporária e reversível da atividade elétrica do cérebro2 que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas que interrompem a sua atividade normal e geralmente resultam em convulsões. Pode-se dizer, pois, que ela corresponde a uma descarga maciça e descontrolada da excitação nervosa (disritmia cerebral paroxística). Os “ataques”, como são popularmente conhecidas as crises epilépticas, além de serem periódicos e crônicos são repetitivos e, muitas vezes, sem causa detectável.
1 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
2 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
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