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O que é blastomicose?

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O que é blastomicose?

A blastomicose (ou blastomicose norte-americana) é uma doença infecciosa pulmonar causada por um fungo1 que se alimenta de detritos orgânicos. A forma que infecta o homem replica-se assexuadamente por germinação2. A doença predomina nas zonas rurais da América do Norte, especialmente nos estados banhados pelo rio Mississipi, nos Estados Unidos, e nas pradarias ocidentais do Canadá, afetando principalmente os agricultores que trabalham com a terra. Alguns casos têm sido registrados também na América Central e do Sul, África, Oriente Médio, Polônia e Índia. A doença também afeta cães e outros mamíferos, sendo mais comum nesses animais que em seres humanos.

Quais são as causas da blastomicose?

A blastomicose é causada pelo fungo1 Blastomyces dermatitidis, que é aspirado do ambiente por via pulmonar. A doença não é transmissível diretamente a partir de seres humanos ou de animais infectados.

Quais são os principais sinais3 e sintomas4 da blastomicose?

Muitas vezes a infecção5 é assintomática e o sistema imunitário6 da pessoa infectada destroi os fungos invasores ou então ocorre a formação de granulomas7 que limitam a disseminação desses fungos. Apesar do principal órgão afetado ser o pulmão8, a doença pode se disseminar para outras partes do corpo através da corrente sanguínea. Na forma pulmonar da blastomicose há sintomas4 de pneumonia9, com febre10, calafrios11, sudorese12, tosse, expectoração13, falta de ar e dores no peito14, podendo o quadro clínico confundir-se com o da tuberculose15 ou de outras infecções16 respiratórias. Em alguns casos (indivíduos imunodeprimidos ou idosos) pode haver disseminação do fungo1 para órgãos como a pele17, baço18, fígado19, etc., mas a infecção5 é rara em pacientes aidéticos. Em sua forma disseminada, a blastomicose pode fazer surgir pequenas pápulas20 purulentas21 na pele17, as quais duram pouco e se espalham vagarosamente. Nos ossos, podem aparecer tumefações22 dolorosas e em indivíduos do sexo masculino pode surgir edema23 doloroso do epidídimo24 ou mal-estar resultante de prostatite25 (infecção5 da próstata26).

Como o médico diagnostica a blastomicose?

O fungo1 pode ser observado ao microscópio, na expectoração13, mas a cultura pode ser necessária para a sua correta identificação.

Como o médico trata a blastomicose?

O tratamento da blastomicose é feito com medicamentos antifúngicos (anfotericina B endovenosa) ou com derivados do azol, como o itraconazol (oral). O tratamento correto normalmente tem bom efeito dentro de uma semana.

Como evolui a blastomicose?

Se não for tratada corretamente, a blastomicose pode conduzir à morte.

Embora geralmente a infecção5 pulmonar piore lentamente, pode também melhorar sem tratamento.

ABCMED, 2013. O que é blastomicose?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/357484/o-que-e-blastomicose.htm>. Acesso em: 19 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Fungo: Microorganismo muito simples de distribuição universal que pode colonizar uma superfície corporal e, em certas ocasiões, produzir doenças no ser humano. Como exemplos de fungos temos a Candida albicans, que pode produzir infecções superficiais e profundas, os fungos do grupo dos dermatófitos que causam lesões de pele e unhas, o Aspergillus flavus, que coloniza em alimentos como o amendoim e secreta uma toxina cancerígena, entre outros.
2 Germinação: O início ou todo o processo de desenvolvimento de um esporo ou de uma semente. Desenvolvimento, evolução.
3 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
4 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
5 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Sistema Imunitário: Mecanismo de defesa do corpo contra organismos ou substâncias estranhas e células nativas anormais. Inclui a resposta imune humoral e a resposta mediada por célula e consiste de um complexo de componentes celulares, moleculares e genéticos interrelacionados.
7 Granulomas: Formação composta por tecido de granulação que se encontra em processos infecciosos e outras doenças. É, na maioria das vezes, reacional a algum tipo de agressão (corpo estranho, ferimentos, parasitas, etc.).
8 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
9 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
10 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
11 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
12 Sudorese: Suor excessivo
13 Expectoração: Ato ou efeito de expectorar. Em patologia, é a expulsão, por meio da tosse, de secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões; escarro.
14 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
15 Tuberculose: Doença infecciosa crônica produzida pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Produz doença pulmonar, podendo disseminar-se para qualquer outro órgão. Os sintomas de tuberculose pulmonar consistem em febre, tosse, expectoração, hemoptise, acompanhada de perda de peso e queda do estado geral. Em países em desenvolvimento (como o Brasil) aconselha-se a vacinação com uma cepa atenuada desta bactéria (vacina BCG).
16 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
17 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
18 Baço:
19 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
20 Pápulas: Lesões firmes e elevadas, com bordas nítidas e diâmetro que varia de 1 a 5 milímetros (até 1 centímetro, segundo alguns autores).
21 Purulentas: Em que há pus ou cheio de pus; infeccionadas. Que segrega pus. No sentido figurado, cuja conduta inspira nojo; repugnante, asqueroso, sórdido.
22 Tumefações: Ato ou efeito de tumefazer-se. Em patologia, significa aumento de volume em algum tecido do corpo; tumor, intumescência, inchação.
23 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
24 Epidídimo: O epidídimo é um pequeno ducto, com cerca de seis centímetros de comprimento, enrolado sobre si mesmo, que coleta e armazena os espermatozóides produzidos pelo testículo. Localiza-se atrás do testículo, no saco escrotal, e desemboca na base do ducto deferente, o canal que conduz os espermatozóides até a próstata.
25 Prostatite: Quadro de inflamação da próstata.
26 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
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