Ureterocele: causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e possíveis complicações
O que é ureterocele?
A ureterocele é uma anomalia congênita1 encontrada no ureter2. Corresponde a uma dilatação cística do ureter2 distal3, intravesical, que se infla na sua abertura para a bexiga4, formando uma bolsa semelhante a um saco, mas que também pode ser ectópica5 (presente em outros locais do ureter2). A ureterocele pode ser simples, em apenas um dos ureteres6, ou afetar bilateralmente ambos os ureteres6.
Quais são as causas da ureterocele?
As causas definitivas da ureterocele não são conhecidas. Embora o crescimento anormal ocorra dentro do útero7, não foi confirmado que sempre exista uma influência genética. A ureterocele congênita1 muitas vezes coincide com a agenesia8 ipsilateral do rim9.
Quais são as principais características clínicas da ureterocele?
A ureterocele afeta mais as pessoas do sexo feminino que do masculino (cerca de quatro quintos dos casos). Os sinais10 e sintomas11 da ureterocele podem não existir ou ser facilmente confundidos com outras condições médicas.
A infecção12 do trato urinário13 é a forma de apresentação clínica mais frequente. Ela pode também incluir infecções14 frequentes do trato urinário13, pielonefrite15, sintomas11 obstrutivos de esvaziamento da bexiga4, retenção urinária16, hematúria17, cólica, urolitíase e, nas mulheres, salpingite.
Em geral, a ureterocele é única e intravesical, mas pode ser ectópica5 e bilateral. As ureteroceles únicas são mais comuns do que as que apresentam duplicidade, numa razão de aproximadamente 7:3.
Saiba mais sobre "Infecção12 urinária", "Obstrução das vias urinárias", "Sangue18 na urina19", "Retenção urinária16", "Cálculo20 renal21" e "Salpingite".
Como o médico diagnostica a ureterocele?
É muito importante diagnosticar precocemente a condição, pois, do contrário, ela pode acarretar complicações significativas. A ureterocele pode ser diagnosticada ainda no período pré-natal, graças ao advento da ultrassonografia22, mas as condições tanto pediátricas quanto adultas são frequentemente encontradas incidentalmente, através de achado por imagem realizado por razões não relacionadas.
Pode ocorrer que algumas ureteroceles não sejam visualizadas na ultrassonografia22. A urografia23 excretora, outrora comum, tem sido pouco utilizada, em vista da eficiência de outros métodos de imagem, menos complicados, como o ultrassom e a cintilografia24 renal21 radioisotópica. A uretrocistografia miccional pode demonstrar o tamanho e localização da ureterocele, assim como a presença de refluxo vesicoureteral. A cintilografia24 renal21 e a tomografia computadorizada25 são outros exames que podem contribuir no diagnóstico26 da ureterocele ou de outras condições associadas.
Leia sobre "Ultrassonografia22 na gravidez27", "Urografia23 excretora" e "Refluxo vesicoureteral".
Como o médico trata a ureterocele?
Há várias formas possíveis de tratamento, na dependência do tipo de ureterocele. Por isso, o tratamento deve ser individualizado, conforme a apresentação clínica. Na ureterocele de um único lado, o manejo inicial é a incisão28 endoscópica da ureterocele, que pode ser seguida de reimplantação ureteral para preservar a função renal21 e prevenir o refluxo urinário. Na ureterocele dupla, bilateral (cerca de 10% dos casos), há outras opções de tratamento que variam segundo um acordo entre o indivíduo e o médico.
Quais são as complicações possíveis da ureterocele?
A ureterocele predispõe o paciente a cálculos renais. A ureterocele também está associada a danos renais graves e à insuficiência renal29. Pode causar o bloqueio frequente do ureter2 levando a infecções14 e septicemia30. Embora muitas vezes benigna, esse problema pode exigir a remoção de partes não funcionantes dos rins31.
Veja também sobre "Insuficiência renal29", "Septicemia30" e "Problemas urinários".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.