Torcicolo congênito - como ele é?
O que é o torcicolo1 congênito2?
O torcicolo1 (latim: tortus = torcido + collum = pescoço3) congênito2 é a contratura ou encurtamento unilateral do músculo esternocleidomastoideo4 que se manifesta no período neonatal ou em lactentes5, em que a cabeça6 fica inclinada para o lado do músculo afetado e girada para o lado oposto.
Quais são as causas do torcicolo1 congênito2?
A causa do torcicolo1 congênito2 ainda não é totalmente conhecida, embora haja algumas hipóteses: hereditariedade7, mau posicionamento do bebê dentro do útero8 e interrupção do fluxo sanguíneo no esternocleidomastoide. Em alguns casos, o torcicolo1 congênito2 pode ser causado por um problema ósseo na porção cervical da coluna vertebral9.
Qual é o mecanismo fisiológico10 do torcicolo1 congênito2?
O torcicolo1 acontece quando o músculo esternocleidomastoide (que corre para cima e para trás na frente do pescoço3) sofre um encurtamento. Isso força a cabeça6 do bebê para baixo e para o mesmo lado do músculo comprometido. Quando isso acontece antes ou durante o nascimento do bebê, ou logo após, é conhecido como torcicolo1 congênito2. O músculo lesionado pode sangrar e inchar e o tecido11 cicatricial pode torná-lo mais curto.
Uma hipótese etiológica é que ocorra uma fibrose12 do músculo esternocleidomastoideo4, que fica na lateral do pescoço3, causada por um reduzido espaço intrauterino, gerando um encurtamento do mesmo e limitando seus movimentos.
Quais são as principais características clínicas do torcicolo1 congênito2?
O torcicolo1 congênito2 ocorre mais frequentemente na primeira gestação. A observação que mais chama a atenção é a inclinação lateral persistente da cabecinha da criança. Normalmente esse tipo de torcicolo1 não dói, embora a anormalidade seja obviamente visível com a cabeça6 voltada para o lado comprometido e o queixo voltado para o sentido oposto.
Como o médico diagnostica o torcicolo1 congênito2?
A simples observação da posição da cabeça6 do bebê já é suficiente para fazer o diagnóstico13. À palpação14, é possível detectar no bebê, na região do esternocleidomastoide, uma massa muscular mais volumosa, a qual costuma desaparecer após os 3 primeiros meses de vida.
A criança pode apresentar uma leve diminuição ou mesmo ausência dos movimentos do pescoço3. O médico deverá também verificar os quadris do bebê porque alguns deles também apresentarão um desenvolvimento anormal do quadril (displasia15 da anca).
Como o médico trata o torcicolo1 congênito2?
O tratamento deve ser realizado o mais precocemente possível. Na grande maioria dos casos, quando iniciado cedo, uma fisioterapia16 simples resolve o problema. A cirurgia de alongamento do músculo esternocleidomastoide só é indicada em casos de acentuada restrição da mobilidade do pescoço3 e assimetria facial. Geralmente só é feita quando a criança atinge a idade de 5 anos.
A participação dos pais também é essencial para a eficácia do tratamento, corrigindo o posicionamento da cabecinha na hora do sono e da amamentação17, por exemplo. Eles também podem fazer alongamentos e aplicação de calor superficial no músculo comprometido, sob orientação do médico assistente.
Saiba mais sobre "Fisioterapia16".
Como evolui em geral o torcicolo1 congênito2?
Se o torcicolo1 não for tratado e corrigido, a deformação que ele acarreta acompanhará a criança por toda a vida e será cada vez mais difícil de ser revertida.
Quais são as complicações possíveis do torcicolo1 congênito2?
O torcicolo1 congênito2 não tratado pode levar a assimetrias da face18, alterações visuais e deformidades da calota craniana, que se forem muito duradouras e consolidadas não podem ser revertidas. O torcicolo1 congênito2 costuma estar associado a outras malformações19, pelo que é necessário pesquisá-las.
Como prevenir o torcicolo1 congênito2?
O torcicolo1 congênito2 não pode ser evitado, mas as suas complicações podem, fazendo-se diagnóstico13 e tratamento precoces.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.