Nistagmo: o que é? Quais as causas? Como são o diagnóstico e o tratamento?
O que é nistagmo1?
Nistagmo1 são oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos os olhos2 conjugadamente, nos sentidos horizontal (de um lado para o outro), vertical (de cima para baixo) ou rotatório (movimentos circulares) que podem dificultar muito a focalização das imagens. Como acontecimento fisiológico3, o nistagmo1 é um reflexo que ocorre durante a rotação da cabeça4, para estabilizar a imagem. Ou seja, a cabeça4 gira, mas os olhos2 não. O reflexo é dividido em duas fases, uma lenta e outra rápida. A fase lenta visa compensar a rotação da cabeça4 e a fase rápida tem a função de reposicionar o movimento, porque caso contrário o olho5 atingiria a borda da órbita e se manteria lá enquanto durasse o movimento rotacional da cabeça4. A fase lenta é comandada pelo sistema vestibular6 e a fase rápida pelo tronco cerebral7. O nistagmo1 patológico ocorre quando os movimentos ocorrem mesmo se a cabeça4 está parada. Quanto à direção do movimento dos olhos2 no nistagmo1 patológico, uma irritação do labirinto8 esquerdo produz movimentos lentos para a direita e movimentos rápidos para esquerda. Na alteração do labirinto8 direito as coisas se passam do mesmo modo, em sentido inverso. Os nistagmos são claramente percebidos pelas pessoas, embora em casos leves não sejam sentidos pela própria pessoa que os tem.
Quais são as causas do nistagmo1?
O nistagmo1 normal é simplesmente o reflexo que ajusta os olhos2 para a visão9, mas em casos patológicos ele pode prejudicar a fixação e a eficiência visual, especialmente para visão9 à distância. No caso de patologias, os olhos2 se movem primeiro na direção do lado lesionado (fase lenta do nistagmo1) e em seguida faz uma rápida correção (fase rápida do nistagmo1) para o lado oposto. O nistagmo1 pode ser causado pelo uso de certos medicamentos, excesso de álcool, deficiência de vitamina10 B12, ferimentos na cabeça4, labirintites11, maculopatias (lesões12 da mácula13, parte central da retina14), albinismo e patologias neurológicas, entre outras causas. Existe também um nistagmo1 congênito15, geralmente brando e não percebido pela própria pessoa, que pode ter causas num defeito do olho5 ou na comunicação entre o olho5 e o cérebro16.
Como o médico diagnostica o nistagmo1?
O nistagmo1 é facilmente percebido pela simples observação, mas pode ser investigado clinicamente por meio da prova calórica, que o desencadeia e que consiste em irrigar com água quente ou fria um dos meatos auditivos. A variação de temperatura assim produzida provoca a estimulação do nervo vestíbulo-coclear, o que produz nistagmo1. A movimentação dos olhos2 pode então ser registrada pelo eletronistamógrafo, um aparelho que registra os movimentos oculares. Outro método não invasivo utilizado em testes para induzir o nistagmo1 rotatório são as cadeiras especiais que giram e balançam. Uma tomografia computadorizada17 ou uma ressonância magnética18 da cabeça4 podem ser necessárias para esclarecer as causas do nistagmo1.
Como o médico trata o nistagmo1?
Não há tratamento possível para a maioria dos casos de nistagmos congênitos19, mas muito pode ser feito para melhorar a visão9 de quem tem esse problema. Pode-se recorrer à oclusão alternada dos olhos2, uso de prismas, mudança dos óculos por lentes de contato etc., ou a medicamentos, segundo orientação médica. O tratamento para o nistagmo1 adquirido dependerá da sua causa. O nistagmo1 devido a medicamentos ou a infecções20 normalmente desaparece depois que a causa dele é afastada. Em casos de maior gravidade pode-se recorrer ao tratamento cirúrgico, com o objetivo de melhorar a acuidade visual21 do paciente.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.