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Pterígio. Você conhece?

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O que é pterígio?

O pterígio, termo originário do grego (pterygion= asinha), caracteriza-se pela presença de uma massa fibrovascular da conjuntiva1, triangular e elevada, que cresce a partir do ângulo interno do olho2 em direção à córnea3. Embora comumente o pterígio encontra-se localizado no canto interno dos olhos4, ele pode aparecer no canto externo, mais raramente. A conjuntiva1 é a membrana encontrada sobre a esclera5 e a parte interna das pálpebras6. A córnea3, por sua vez, é uma membrana transparente que normalmente não contém vasos sanguíneos7, o que possibilita a passagem da luz através dela. Já no pterígio, a membrana que se alastra em direção à córnea3 pode recobri-la com vasos sanguíneos7 e tecido8 fibroso, dificultando a visão9.

Quais são as causas do pterígio?

As causas exatas do pterígio ainda não são conhecidas, mas sabe-se que fatores genéticos e ambientais se combinam para favorecer o seu surgimento. Entre os fatores ambientais contam-se a exposição à poeira, ao vento e à radiação ultravioleta. Por isso, o pterígio tem maior incidência10 nas populações que vivem em regiões mais próximas à linha do Equador, onde a iluminação solar é mais direta.

Quais são os sinais11 e sintomas12 do pterígio?

O quadro clínico do pterígio depende de seu estágio de evolução. Em sua fase inicial, observa-se um crescimento pouco vascularizado da conjuntiva1 em direção à córnea3 e ele, por vezes, nem chega a ser notado pelas demais pessoas. Posteriormente, os vasos sanguíneos7 tornam-se mais dilatados e congestos e a córnea3 torna-se irregular. Nesse estágio ele já é claramente perceptível para quem observa. Se o pterígio atingir o centro da córnea3, pode haver comprometimento da visão9 e sintomas12 como olhos4 vermelhos, fotofobia13, irritação ocular, ardência, prurido14 (coceira) e sensação de areia nos olhos4.

Como o médico diagnostica o pterígio?

O diagnóstico15 é feito pelos sintomas12 e pela observação direta das lesões16.

Como o médico trata o pterígio?

O pterígio é uma afecção17 benigna e pode conservar-se inócua18. O tratamento inicial deve ser clínico e o paciente deve proteger seus olhos4 com óculos escuros e lubrificá-los para evitar ressecamento. Corticosteroides de baixa concentração e vasoconstritores podem ser prescritos por curto período de tempo, conforme o caso. A cirurgia pode ser feita por razões cosméticas ou funcionais, quando há risco à visão9 ou limitação da mobilidade ocular. A recorrência19 após a cirurgia é frequente e geralmente mais agressiva do que a lesão20 primária.

Como prevenir o pterígio ou a sua progressão?

Não há como prevenir completamente o pterígio, no entanto, algumas medidas podem torná-lo mais brando:

  • Proteger os olhos4 com óculos escuros.
  • Evitar condições ambientais secas e empoeiradas.
  • Aplicar lágrimas artificiais para umedecer os olhos4.

Como evolui o pterígio?

Em alguns casos, o pterígio pode estabilizar-se, ficando inalterado durante anos. Na maioria das vezes ele evolui lentamente, ao longo de meses ou anos, em direção à superfície da córnea3, podendo prejudicar a visão9 e gerar desconforto. A progressão pode também ser rápida.

A recorrência19 após a cirurgia é muito frequente.

ABCMED, 2012. Pterígio. Você conhece?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-dos-olhos/314670/pterigio-voce-conhece.htm>. Acesso em: 23 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Conjuntiva: Membrana mucosa que reveste a superfície posterior das pálpebras e a superfície pericorneal anterior do globo ocular.
2 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
3 Córnea: Membrana fibrosa e transparente presa à esclera, constituindo a parte anterior do olho.
4 Olhos:
5 Esclera: Túnica fibrosa, branca e opaca, mais externa do globo ocular, revestindo-o inteiramente com exceção do segmento revestido anteriormente pela córnea. É essencialmente avascular, porém contém aberturas para a passagem de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Recebe os tendões de inserção dos músculos extraoculares e no nível da junção esclerocorneal contém o seio venoso da esclera. Sinônimos: Esclerótica
6 Pálpebras:
7 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
8 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
9 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
10 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
11 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
12 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
13 Fotofobia: Dor ocular ou cefaléia produzida perante estímulos visuais. É um sintoma freqüente na meningite, hemorragia subaracnóidea, enxaqueca, etc.
14 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
15 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
16 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
17 Afecção: Qualquer alteração patológica do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
18 Inócua: 1. Que não causa dano material, físico, orgânico; que não é nocivo ou prejudicial. 2. Que não causa dano moral, psicológico ou afim; improvável de causar ofensa moral. 3. Incapaz de produzir o efeito pretendido.
19 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
20 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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Comentários

28/03/2016 - Comentário feito por Janaina
Bom dia!
Estou passando por este problema...
Bom dia!
Estou passando por este problema, o médico receitou um colírio, tive uma melhora porém não curada totalmente. Chego a sentir minha visão do OE meio que turva. Matéria bastante esclarecedora! Estou bem mais aliviada!

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