Metrorragia ou sangramento uterino: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
O que é metrorragia1?
Metrorragia1 (hemorragia2 uterina, sangramento uterino) é o sangramento do útero3, fora da época apropriada do ciclo menstrual. Ele se exterioriza como eliminação de sangue4 pela vagina5 e por isso é popularmente chamado de sangramento vaginal. A presença de metrorragia1 em mulheres acima dos 40 anos deve sempre levantar a suspeita de carcinoma6 de endométrio7, demandando o exame sob microscópio de parte do tecido8 do endométrio7. Contudo, na maioria dos casos, a metrorragia1 se deve às demais causas, não malignas.
Quais são as causas da metrorragia1?
A metrorragia1 pode ocorrer em qualquer idade, mas em cada fase da vida ela tem causas diferentes. Na infância, a hemorragia vaginal9 é muito rara e ocorre principalmente por traumas ou introdução de objetos na vagina5. Na adolescência, podem ocorrer menstruações excessivas ou ciclos menstruais irregulares. Na fase reprodutiva, são comuns as hemorragias10 da gravidez11, os pólipos12, os miomas uterinos e as infecções13. Após a menopausa14, os tumores malignos são mais frequentes como causa de sangramento. Assim, as causas mais comuns da metrorragia1 podem indicar situações simples, facilmente reversíveis e sanáveis, ou outras graves que implicam em maiores dificuldades. No geral, a metrorragia1 pode se dever a situações disfuncionais15 ou a patologias como polipose, miomas, gravidez11 extrauterina ou carcinoma6 do endométrio7. Por isso, as metrorragias se classificam em funcionais e orgânicas, confome sejam suas causas. O sangramento uterino também pode ser causado pelo dispositivo intrauterino (DIU).
Quais são os principais sinais16 e sintomas17 da metrorragia1?
O sintoma18 capital da metrorragia1 é a perda de sangue4 pela vagina5, fora do período menstrual, de características diferentes daquele sangramento fisiológico19, tais como duração, quantidade e aspecto. Conforme a causa, outros sintomas17 podem estar presentes, como dor no baixo abdômen, febre20, crescimento do abdômen ou sinais16 de disfunções hormonais variadas. Se o sangramento for intenso e duradouro, os sinais16 clínicos e laboratoriais de anemia21 também aparecerão.
Como o médico diagnostica a metrorragia1?
O diagnóstico22 de metrorragia1 baseia-se nas queixas e no exame físico da paciente, mas alguns exames complementares podem ser necessários para definir as causas dela, como o exame de Papanicolau23, a colposcopia24 e a biópsia25 endometrial. Exames de imagem como ultrassonografia26 ou ressonância magnética27 podem ser necessários em alguns casos. Outros exames laboratoriais, como o hemograma, por exemplo, podem ser úteis em casos de infecções13 ou anemias e podem ajudar na avaliação do estado geral da paciente.
Como o médico trata a metrorragia1?
O tratamento das metrorragias depende das causas do problema. Conforme o caso, podem ser prescritos hormônios, antibióticos ou a remoção do DIU. Em alguns casos, como o de tumores, por exemplo, pode ser necessária a cirurgia e até mesmo a retirada do útero3. Atualmente existe uma nova técnica, de ablação28 de endométrio7 por histeroscopia29, que tem evitado muitas retiradas de úteros desnecessárias.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do International Federation of Gynecologiy and Obstetrics.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.