Endometrite
O que é endometrite?
O útero1 é um órgão constituído por um corpo muscular e um colo2 e revestido internamente por uma camada mucosa3 chamada endométrio4. A endometrite é uma inflamação5 aguda ou crônica do endométrio4.
Quais são as causas da endometrite?
A endometrite pode dever-se a causas de diversas naturezas:
- Infecciosas, como gonorreia6, sífilis7, clamídia, etc.
- Mecânicas, como abortos, partos, procedimentos ginecológicos e outros.
- Tóxicas, como gota8, diabetes9, obesidade10, etc.
- Circulatórias, como tempo excessivo na posição ereta, esforços físicos e sexuais intensos, práticas contraceptivas inadequadas, doenças circulatórias e respiratórias.
- Procedimentos médicos que envolvam manipulação do útero1, como cesarianas, histeroscopia11, colocação de um dispositivo intrauterino (DIU), dilatação e curetagem12, etc. também podem provocar endometrite.
A endometrite pode ainda estar associada a infecções13 de órgãos vizinhos, como trompas de Falópio, ovários14 e peritônio15 pélvico16. As mulheres que estão em maior risco são as que passaram por um aborto ou parto, por anestesia17 geral ou que sofrem de anemia18.
Saiba mais sobre "Histeroscopia11", "Dispositivo intrauterino", "Curetagem12" e "Aborto".
Quais são as principais características clínicas da endometrite?
Os principais sintomas19 da endometrite aguda são: corrimento vaginal com cheiro fétido, com ou sem sangramento; dor durante a menstruação20; hemorragias21 vaginais anormais; dor nas relações sexuais; distensão abdominal; irritação uterina e febre22 alta.
Como o médico diagnostica a endometrite?
A descrição dos sintomas19 e da sua variação dá uma primeira suspeita. O recolhimento de células23 uterinas pode detectar a existência de agentes infeciosos. Os exames laboratoriais de sangue24, urina25 e corrimento vaginal, associados com ecografia26 endovaginal, tomografia computorizada e histeroscopia11 dão uma ajuda valiosa para consolidar o diagnóstico27. Uma biópsia28 da lesão29 ajuda a confirmar o diagnóstico27.
Como o médico trata a endometrite?
O tratamento da endometrite deve constar do uso de antibióticos e anti-inflamatórios, que controlam a infecção30, a inflamação5 e a dor. Dependendo de certas características do caso clínico, o médico pode recorrer a uma histerectomia31, procedimento que consiste na remoção total ou parcial do útero1, para retirar o tecido32 inflamado.
Uma laparoscopia33 pode ser feita para resolver o problema criado por eventuais aderências que estejam, por exemplo, obstruindo as trompas de Falópio. Se a infecção30 for resultado de doença sexualmente transmissível (DST), o parceiro sexual da paciente também deve ser tratado.
Leia sobre "Corrimento vaginal", "Menstruação20", "Dor na relação sexual" e "Doenças sexualmente transmissíveis".
Como prevenir a endometrite?
Nem todo procedimento ginecológico é asséptico, inclusive o próprio parto vaginal. Por isso, uma das formas de evitar a endometrite é pelo uso profilático de antibióticos.
Quais são as complicações possíveis da endometrite?
A endometrite leve pode se recuperar espontaneamente, mas o não tratamento pode levar à infertilidade34 e/ou a infeções como peritonite35 pélvica36, abscessos37 pélvicos38 e/ou uterinos ou outras infecções13 mais graves. A septicemia39 e o choque40 séptico requerem hospitalização, pois representam perigo de vida.
Veja mais sobre "Cesárea", "Parto vaginal", "Endometriose41", "Adenomiose42" e "Infertilidade34 feminina".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do International Federation of Gynecologiy and Obstetrics.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.