Distimia. Quais são os sintomas?
O que é distimia e quais são seus sintomas1?
A distimia consiste em uma depressão leve e crônica que conta com outros sintomas1 além da tristeza persistente, como falta ou excesso de apetite, insônia ou sonolência excessiva, fadiga2 fácil, baixa auto-estima, dificuldade de concentração, sentimentos de desesperança e mal humor. Além disso, há uma acentuada perda de prazer, grande falta de interesse, um acentuado isolamento social e uma marcante irritabilidade e falta de paciência. A capacidade produtiva é bastante prejudicada, bem como a destreza mental. O humor pode ser irritável, ao invés de triste, principalmente nas crianças, que se tornam briguentas, intolerantes e intranquilas.
Qual a diferença entre distimia e depressões?
A diferença entre a distimia e as depressões é que geralmente as últimas acontecem de repente, em crises, que cedem em favor de intervalos de relativa normalidade, às vezes longos ou mesmo definitivos. As distimias, ao contrário, são estados permanentes. Os distímicos geralmente conseguem manter suas atividades rotineiras, embora possam ter algumas dificuldades com elas. Os depressivos, ao contrário, principalmente quando estão gravemente doentes, abandonam seus afazeres e às vezes sequer conseguem sair da cama. Além disso, nas pessoas que sofrem distimias não há a ocorrência de fases maníacas, nem o estado depressivo é motivado por fatores externos.
As depressões são doenças passageiras. As distimias são transtornos afetivos permanentes da personalidade.
Como é feito o diagnóstico3 da distimia?
Quase sempre a distimia se inicia de maneira gradual e um diagnóstico3 cabal só pode ser feito quando o quadro está totalmente instalado. É um diagnóstico3 basicamente clínico.
Em geral, a distimia começa na infância e as pessoas com esta condição desde cedo acreditam que esse seja o seu estado de ânimo natural e alegam que “sempre foram assim”. Mas há também as distimias que começam mais tarde, inclusive na maturidade. As primeiras incidem igualmente em ambos os sexos e as outras parecem predominar nas mulheres, numa proporção de três para um.
A criança distímica em geral é mais calada e menos ativa que as normais. Não se envolve em brincadeiras agitadas nem em festividades que impliquem algazarras, como é próprio às demais crianças. Por causarem poucos distúrbios, é comum que sejam tidas como “boazinhas”, ao invés de doentes.
Os distímicos adultos em geral são retraídos, não gostam de sair de casa ou de atender ao telefone. Eles evitam situações de júbilo e comemorações de todo tipo, porque têm dificuldades de se confraternizarem e preferem estar sozinhos ou com poucas pessoas que em meio a multidões.
A distimia vem acompanhada de outras patologias?
A pessoa que sofre distimia pode ter outras condições associadas como depressões, transtornos do pânico e sintomas1 orgânicos inespecíficos tais como fadiga2, mal-estar gástrico, sudorese4, tremores, etc.
Como são os tratamentos?
Os tratamentos com antidepressivos clássicos não se mostram satisfatórios. Os mais recentes, de novas gerações, no entanto, parecem apresentar melhores resultados, quando usados adequadamente. É indispensável a associação de uma psicoterapia, seja ela cognitivo5-comportamental ou analítica. A terapia familiar também pode ajudar.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.