Hipertensão intraocular: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, complicações possíveis
O que é hipertensão1 intraocular?
As variações da pressão intraocular2 são devidas ao humor aquoso3, um líquido que fica contido entre a íris4 e a córnea5, constituído por 98% de água e 2% de sais, o qual é continuamente produzido e eliminado pelo organismo. É a quantidade desse líquido que dá a pressão intraocular2. Se há um desequilíbrio no mecanismo de produção/eliminação a pressão intraocular2 varia, geralmente no sentido de aumento, gerando uma hipertensão1 intraocular.
Quais são as causas da hipertensão1 intraocular?
A pressão intraocular2 pode aumentar por ocasião do estresse, pela ingestão de certos alimentos, de forma secundária a outras doenças e por causas psicossomáticas ainda pouco conhecidas. Uma forma particular de elevação da pressão intraocular2 é conhecida como glaucoma6, uma doença grave do olho7, que pode conduzir a uma lesão8 do nervo óptico, a uma diminuição da visão9 e mesmo à cegueira.
No caso de um aumento da pressão intraocular2 por outras causas, pode não se verificar qualquer diminuição da visão9 nem lesões10 no nervo óptico. O aumento da pressão intraocular2 geralmente é devido a uma obstrução dos canais que drenam o fluido do globo ocular11. Desconhecem-se as causas reais que motivam estas obstruções dos canais excretores. Pessoas extremamente míopes ou diabéticas também têm tendência ao aumento da pressão intraocular2.
Quais são os principais sinais12 e sintomas13 da hipertensão1 intraocular?
A pressão intraocular2 pode aumentar de maneira gradativa ou abrupta, devido a um aumento da produção ou dificuldade de escoamento do humor aquoso3, podendo gerar consequências oftalmológicas graves, inclusive cegueira. Esse fato assume ainda maior importância porque, quando gradativa, ela pode ser assintomática, a princípio. Mas mesmo assim, ela comprime as células14 sensoriais da retina15 e do nervo óptico, podendo levar a prejuízos progressivos da visão9. Quando o aumento da pressão intraocular2 acontece de forma aguda o paciente pode sentir dor nos olhos16, fotofobia17, dores de cabeça18, vômitos19 e pode ainda ter perda da visão periférica20, em razão da afetação das células nervosas21. O aumento da pressão intraocular2 pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais evidente a partir dos 40 anos e nos afro-americanos mais que em outras pessoas.
Como o médico diagnostica a hipertensão1 intraocular?
A pressão intraocular2 pode ser medida pelo oftalmologista22 através de um processo simples com a ajuda de um instrumento chamado tonômetro, que pode ser tonômetro de contato ou tonômetro livre de contato. No primeiro, o aparelho é levemente pressionado contra a córnea5 anestesiada; no outro, o tonômetro gera um impulso de ar que faz deformar a córnea5 e o oftalmologista22 mede então o tempo que a córnea5 necessita para voltar ao seu estado original. Há ainda outras técnicas que permitem medir ou estimar a pressão intraocular2. O desconforto causado por ele é mínimo, mas é necessária colaboração do paciente em manter fixo o olhar, pelo que pode ser mais difícil de ser executado em crianças pequenas. Em geral, o exame é simples, rápido e indolor, não durando mais do que cinco minutos. Se o paciente, por qualquer motivo, não permite esses tipos de exames, o médico pode realizar a manobra de colocar os dois dedos indicadores sobre a pálpebra superior, com o paciente de olhos16 fechados e olhando para baixo, e pressionar o globo ocular11, para ter uma noção da pressão intraocular2. Embora pouco preciso, esse método pode ser o único exequível, em determinadas circunstâncias. Não há nenhuma restrição pós-exame e o paciente pode voltar de imediato às suas atividades normais. O resultado do exame é fornecido em milímetros de mercúrio (mmHg). A pressão normal varia entre 10 e 20 mmHg.
Como o médico trata a hipertensão1 intraocular?
Para a maioria dos pacientes, o tratamento é clínico, com a utilização de colírios que reduzem a pressão intraocular2, mas para alguns, a solução é cirúrgica. Ao mesmo tempo devem ser tratadas pelos meios adequados as enfermidades que estejam causando a pressão intraocular2 aumentada.
Como evolui a hipertensão1 intraocular?
Em virtude de ser assintomática em muitos casos a pressão intraocular2 elevada deve ser periodicamente monitorada pelo oftalmologista22.
Quais são as complicações possíveis da hipertensão1 intraocular?
A hipertensão1 ocular não controlada ou tratada pode afetar progressivamente a visão9 e levar à cegueira.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.