Retinopatia hipertensiva: uma consequência da hipertensão arterial mal controlada
O que é retinopatia hipertensiva?
A retinopatia hipertensiva é um dano à vascularização da retina1 causado pela hipertensão arterial2. A hipertensão arterial2 é responsável por alterações na vascularização de vários órgãos, inclusive na retina1 e, nessa última, pode afetar a visão3.
Quais são as causas da retinopatia hipertensiva?
A retinopatia hipertensiva é consequência da pressão arterial4 elevada, aguda ou cronicamente.
Qual é a fisiopatologia5 da retinopatia hipertensiva?
A hipertensão arterial2 aguda causa uma vasoconstrição6 geralmente reversível dos vasos sanguíneos7 retinianos e pode levar ao edema8 da mácula9. A hipertensão arterial2 branda ou moderada pode estar presente por vários anos sem manifestar qualquer alteração da visão3 e apenas apresentar alterações discretas das arteríolas10 retinianas. As hipertensões mais prolongadas e severas levam a alterações vasculares11 exsudativas12, com consequentes danos endoteliais e necrose13. Outras alterações dos vasos sanguíneos7 da retina1 como, por exemplo, espessamento da parede das arteríolas10 e rompimentos ou obstruções delas ou das vênulas14 (pequenas veias15) só se manifestam depois de anos de pressão arterial4 elevada. Associada à diabetes mellitus16, a hipertensão17 aumenta muito o risco de perda da visão3. O fumo é outro fator adverso e favorecedor da retinopatia hipertensiva. Os pacientes com retinopatia hipertensiva geralmente têm também outros órgãos afetados, como coração18 e rins19, por exemplo.
Quais são os principais sinais20 e sintomas21 da retinopatia hipertensiva?
Os sintomas21 da retinopatia hipertensiva só se desenvolvem tardiamente e os principais são visão3 borrada e/ou alterações do campo visual22. Nas fases iniciais da retinopatia hipertensiva, o exame de fundo de olho23 identifica constrição24 arteriolar e uma menor extensão da área de suprimento das arteríolas10 retinianas. A hipertensão arterial2 crônica, mal controlada, pode causar um estreitamento permanente das artérias25 retinianas, anormalidades arteriovenosas, arteriosclerose26, modificações moderadas ou severas das paredes vasculares11 com hiperplasia27 e espessamento delas. Às vezes pode ocorrer oclusão vascular28 total, precedida por um estreitamento das arteríolas10. Se a hipertensão17 aguda for severa, podem surgir hemorragias29, isquemias30, exsudatos31 retinianos e edemas32 da mácula9.
Como o médico diagnostica a retinopatia hipertensiva?
O diagnóstico33 de retinopatia hipertensiva é feito a partir da história médica do paciente que leve em conta a duração e a severidade da hipertensão arterial2, complementada pelo exame de fundo de olho23, que exibe sinais20 mais ou menos típicos.
Como o médico trata a retinopatia hipertensiva?
Não há cura para a retinopatia hipertensiva. O tratamento consiste primariamente em controlar a hipertensão arterial2 sistêmica. Se ocorrer déficit da visão3, pode ser feito um tratamento do edema8 retiniano com laser ou com injeção34 de corticoides no interior do vítreo35, visando paralisar o processo.
Como prevenir a retinopatia hipertensiva?
Os pacientes com hipertensão arterial2 devem fazer exames de fundo de olho23 regularmente, pelo menos uma vez por ano, com o objetivo de detectar e combater precocemente as alterações vasculares11 retinianas. Os níveis pressóricos36 devem se manter bem controlados, em associação com a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada.
Como evolui a retinopatia hipertensiva?
Na medida em que o processo hipertensivo progride, podem surgir oclusões arteriais ou venosas, hemorragias29 e regiões de infartos da retina1. Embora não haja cura para a retinopatia hipertensiva, existem formas de frear sua evolução e mesmo recuperar parte dos danos.
Quais são as complicações possíveis da retinopatia hipertensiva?
A complicação mais temível da retinopatia hipertensiva é a cegueira total, mas pode haver também prejuízos parciais da visão3, visão3 borrada e estreitamento do campo visual22.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.