Amiloidose: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução
O que é amiloidose1?
Amiloidose1 é uma doença rara na qual ocorre um depósito de proteína amiloide (uma substância que normalmente não está presente no corpo) nos espaços extracelulares de vários órgãos e tecidos orgânicos. Existe uma amiloidose1 primária, em que desconhece-se a causa do depósito da proteína e uma amiloidose1 secundária, que é consequente ou acompanhante de outras doenças. Outra forma da doença, a amiloidose1 hereditária, afeta principalmente os nervos.
Quais são as causas da amiloidose1?
Como se disse, a amiloidose1 primária é de causa desconhecida. A amiloidose1 secundária geralmente acompanha outras doenças como, por exemplo, tuberculose2, infecções3 dos ossos, artrite reumatoide4 ou ileíte5. Há também uma forma hereditária da doença. Pelo menos algumas formas de amiloidose1 parecem estar associadas ao envelhecimento. Suspeita-se de alguma relação entre elas e a doença de Alzheimer6.
Quais são os principais sinais7 e sintomas8 da amiloidose1?
Dependendo de sua localização e montante, esse depósito de proteína amiloide pode não ter consequências clínicas ou trazer graves perturbações fisiológicas9, afetando o funcionamento de diversos órgãos. Na amiloidose1 primária os principais órgãos afetados são: coração10, pulmões11, pele12, intestinos13, fígado14, rins15 e vasos sanguíneos16, podendo gerar insuficiência cardíaca17, dificuldade de respiração, hipotiroidismo, má absorção de nutrientes, insuficiência hepática18, insuficiência renal19, perturbações nervosas e hematomas20 ou hemorragias21. Na amiloidose1 secundária, a proteína amiloide se deposita principalmente no baço22, fígado14, rins15 e gânglios linfáticos23. O coração10 muito raramente é acometido.
Como o médico diagnostica a amiloidose1?
Dada a grande variabilidade possível dos sintomas8, o diagnostico24 clínico é difícil, embora o diagnóstico24 armado seja fácil. Os médicos devem suspeitar de amiloidose1 sempre que houver falhas de vários órgãos ao mesmo tempo, sem razão aparente, ou se descobrirem uma perturbação nos nervos periféricos de transmissão hereditária.
O diagnóstico24 armado consiste na análise de uma pequena quantidade de gordura abdominal25 aspirada por uma agulha que é inserida próxima ao umbigo26. A proteína amiloide é facilmente evidenciada ao microscópio com o uso de determinados corantes. Com essa técnica pode-se ainda obter uma amostra de tecido27 para realizar uma biópsia28.
Como o médico trata a amiloidose1?
Nem sempre a amiloidose1 exige tratamento. Os que estão disponíveis visam fazer a proteína amiloide regredir ou desaparecer e nem sempre são eficazes. Na amiloidose1 primária pode-se usar determinados medicamentos (como melfalam, prednisolona etc) e na forma secundária é necessário tratar a inflamação29 subjacente. Algumas vezes, os depósitos da proteína amiloide, numa determinada área vital do corpo, precisam ser removidos cirurgicamente. A forma hereditária pode requerer transplante hepático, pois o defeito que produz a proteína amiloide se situa no fígado14.
Como evolui a amiloidose1?
A amiloidose1 tem evolução variável, indo desde uma completa benignidade até uma forma terminal (rara).
Pacientes afetados por amiloidose1 causada por mieloma30 múltiplo possuem um prognóstico31 reservado. A maioria das pessoas que sofrem de ambas as enfermidades morrem dentro de um ou dois anos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.