Colagenoses: o que são? Quais os principais tipos? Como são os sintomas, o diagnóstico e o tratamento?
O que é colagenose?
A colagenose é um grupo de doenças autoimunes1. São afecções2 inflamatórias e degenerativas3 das fibras do tecido conjuntivo4 que ocorrem devido ao choque5 antígeno6-anticorpo7 e que geram os fenômenos inflamatórios que representam a fase aguda de cada uma das enfermidades. O tecido conjuntivo4 ou conectivo é o tecido8 responsável por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar as células9 funcionais dos órgãos. O colágeno10 é uma proteína fundamental na constituição do tecido conjuntivo4 ou conectivo, sendo responsável por grande parte de suas propriedades físicas. Essas enfermidades, em verdade, só se diferenciam umas das outras em razão das localizações de suas alterações e da predominância de uma fase sobre as demais.
Quais são os principais tipos de colagenose que existem?
- Lúpus11 eritematoso12 sistêmico13: apresenta-se em duas formas, uma cutânea14 (benigna) e outra visceral (maligna). A forma cutânea14 atinge somente a pele15, mas as lesões16 são de difícil regressão. Acomete principalmente mulheres entre os 30 e 40 anos de vida.
- Poliarterite nodosa: é mais comum em homens adultos e pode vir acompanhada de comprometimento do estado geral.
- Esclerodermia sistêmica: predominam os processos proliferativos sobre os exsudativos17 e normalmente é de curso crônico18. Sofre uma nítida influência de emoções reprimidas e é mais comum em mulheres excessivamente tímidas e emotivas.
- Dermatomiosite: é uma doença inflamatória que atinge a pele15 e os músculos19. Tem uma incidência20 um pouco maior no sexo feminino, sendo comum na infância.
Quais são os principais sinais21 e sintomas22 das colagenoses?
As colagenoses costumam apresentar-se com manifestações cutâneas23 isoladas ou associadas a sintomas22 sistêmicos24. No lúpus11 eritematoso12, por exemplo, a apresentação varia de simples manchas cutâneas23 discoides até formas viscerais, potencialmente fatais, como o acometimento dos rins25 e do sistema nervoso central26. O lúpus11 eritematoso12 é febril e debilitante, sendo comuns as dores e inflamações27 das articulações28, lesões16 cutâneas23 avermelhadas, queda de cabelos, amenorreia29, lesões16 pulmonares e renais.
O comprometimento das artérias30 é mais frequente na poliarterite nodosa, onde constitui o sintoma31 dominante do processo. As lesões16 do coração32, pulmões33, rins25 e aparelho digestivo34 são muito frequentes.
Na esclerodermia sistêmica o processo de enrijecimento da pele15 atinge principalmente as mãos35, limitando a mobilidade dos dedos.
Na dermatomiosite há vermelhidão facial que atinge sobretudo as pálpebras36 e fenômenos inflamatórios na musculatura. Com o progredir da doença a pele15 torna-se esclerodérmica (endurecida, perdendo a flexibilidade e a elasticidade37) e se verificam múltiplas atrofias38 musculares.
Como o médico diagnostica as colagenoses?
O exame básico para diagnosticar a colagenose é a procura do anticorpo7 específico no sangue39. Os exames laboratoriais podem evidenciar também um aumento da excreção urinária de creatinina40, enquanto no sangue39 certas enzimas como as transaminases podem mostrar valores anormais. O diagnóstico41 definitivo e específico só é fornecido pela biópsia42 muscular.
Como o médico trata as colagenoses?
O tratamento das colagenoses depende dos órgãos acometidos e da gravidade do quadro clínico, associado às informações sobre a doença e à maneira como é usado o protetor solar. Além disso, o paciente deve manter uma dieta saudável e fazer regularmente exercícios físicos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.