A espondilose cervical é constituída por alterações degenerativas1 inespecíficas da coluna cervical2. Essas alterações podem ocorrer no corpo da vértebra, no disco intervertebral3 ou nas articulações4 entre as vértebras. Elas são, quase sempre, novas formações ósseas, chamadas de osteófitos5 (“bicos de papagaio”), que podem levar a estreitamento dos foramens6 neurais, e causar compressões das raízes nervosas7 periféricas que emergem da coluna cervical2 e seus correspondentes sintomas8.
1 Degenerativas: Relativas a ou que provocam degeneração.
2 Coluna cervical: A coluna cervical localiza-se no pescoço entre a parte inferior do crânio e a superior do tronco no nível dos ombros. Ela é composta por sete vértebras cervicais unidas por ligamentos, músculos e por elementos que preenchem o espaço entre elas, os discos intervertebrais. No interior da coluna cervical está o canal vertebral por onde passa a medula espinhal, que comanda todos os nossos movimentos e sensações. Nesta região, a medula emite oito raízes nervosas que se ramificam para a cabeça, pescoço, membros superiores, ombros e parte anterossuperior do tórax.
3 Disco intervertebral: É um disco de cartilagem fibrosa presente entre os corpos das vértebras, nas articulações intervertebrais. São estruturas cartilaginosas que possuem o mesmo formato do corpo da vértebra. Ele é formado por um anel fibroso e um núcleo pulposo, o que garante a absorção de impactos e certa mobilidade entre as vértebras.
4 Articulações:
5 Osteófitos: Desenvolvimentos patológicos de tecido ósseo em torno de uma articulação, cuja cartilagem está alterada pela artrose.
6 Foramens: Mesmo que forâmenes. Aberturas, buracos, furos, covas. Na anatomia geral, são orifícios, aberturas ou perfurações através de um osso ou estrutura membranosa.
7 Raízes nervosas:
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
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