Crises hipertensivas: o que são? O que elas podem causar?
O que são as crises hipertensivas?
As crises hipertensivas são elevações bruscas e severas da pressão arterial1, em pessoa habitualmente normotensa ou em hipertensos. Há uma forma maligna de crise hipertensiva que exige controle imediato da pressão arterial1 e outra em que o controle da pressão arterial1 pode ser feito em até 24 horas, com uso de medicação por via oral.
As crises hipertensivas podem ser classificadas em:
- Emergências hipertensivas: risco iminente de morte, lesão2 aguda em algum órgão-alvo.
- Urgências hipertensivas: sem sinais3 de riscos iminentes de morte ou de lesão2 aguda de órgão-alvo.
Quais são as causas das crises hipertensivas?
Quase sempre a hipertensão arterial4 ocorre por alterações da resistência periférica5. O aumento repentino dela se dá pela falta de regulação dinâmica dos mecanismos que controlam a pressão arterial1 e podem ter origens neurológicas, vasculares6, medicamentosas, uso de drogas e elevação descontrolada de alguns hormônios.
Quais são os principais sinais3 e sintomas7 das crises hipertensivas?
As crises hipertensivas apresentam sinais3 e sintomas7 graves que podem levar à morte. Geralmente, durante um episódio sem complicações a pessoa sente mal-estar, agitação, cefaleia8, tonteira, visão9 turva, dor no peito10, tosse e falta de ar. Também podem ocorrer hematúria11 e proteinúria12 medidas na urina13.
Os órgãos que mais sofrem com as crises hipertensivas são os olhos14, os rins15, o coração16 e o cérebro17.
Como o médico diagnostica as crises hipertensivas?
Diante dos sintomas7 sugestivos o médico deve verificar os níveis tensionais do paciente e os encontrará muito elevados, com pressão diastólica18 acima de 110 mmHg e deverá verificar se há deterioração dos órgãos-alvo. O exame físico deve verificar o estado do fundo de olho19 e a procura de sinais3 de insuficiência cardíaca20, dissecção de aorta21 ou disfunção neurológica. Os exames complementares que ajudam a confirmar o diagnóstico22 de crise hipertensiva e de suas complicações incluem eletrocardiograma23, radiografia de tórax24, bem como análise de urina13, hemograma, dosagem de ureia25, creatinina26, açúcar27 sanguíneo e eletrólitos28.
Alguns pacientes hipertensos podem ter sua pressão arterial1 elevada por eventos como crises dolorosas ou emocionais, por exemplo, sem que isso caracterize uma crise hipertensiva autêntica e sem sinais3 de deterioração rápida dos órgãos-alvo e nem risco imediato de vida.
Como o médico trata as crises hipertensivas?
As crises hipertensivas requerem atendimento imediato e intensivo em hospital. O médico deve atuar no sentido de reduzir imediatamente os níveis elevados da pressão arterial1 com medicações orais e intravenosas que diminuam bastante a resistência periférica5. Deve também atuar no sentido de proteger os órgãos-alvo.
Quais são as complicações das crises hipertensivas?
As crises hipertensivas podem ocasionar complicações graves como acidente vascular cerebral29, edema30 de fundo de olho19, convulsões, dificuldades de falar, aneurisma31 dissecante da aorta32, encefalopatia hipertensiva33, nefrites agudas, infarto do miocárdio34, edema30 agudo35 de pulmão36.
Como evoluem as crises hipertensivas?
As crises hipertensivas podem ser resolvidas sem deixar sequelas37, mas também pode haver danos orgânicos e risco imediato de vida.
A internação e o pronto tratamento da crise hipertensiva evita danos severos e lesões38 irreversíveis que podem levar o paciente ao óbito39.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.