Cistografia: o que é? Quem deve e quem não deve fazer? Em que consiste? Quais são as complicações possíveis?
O que é cistografia?
A cistografia é um procedimento diagnóstico1 que utiliza imagens de raios X contrastados para examinar a dinâmica urinária da bexiga2. Para isso, uma substância radiopaca é injetada na bexiga2, através de um cateter introduzido pela uretra3, o que faz com que o órgão possa ser visto mais claramente. Em seguida são tomadas radiografias da bexiga2.
Quem deve fazer uma cistografia?
Pode haver várias razões para o médico recomendar a cistografia. Ela pode ser realizada para pesquisar a causa de hematúria4, de infecções5 recorrentes do trato urinário6 ou para avaliar o estado do sistema urinário7. A cistografia também pode ser usada para avaliar as causas de problemas como o esvaziamento da bexiga2, a incontinência urinária8, obstruções e estreitamentos dos ureteres9 ou da uretra3, bem como o crescimento da próstata10. Ela pode ainda ser realizada antes e depois de certas operações da coluna vertebral11 para avaliar possíveis problemas com os nervos da bexiga2 a partir da espinha ou após um trauma e para avaliar um eventual dano à parede da bexiga2. A cistografia pode indicar a qualidade do esvaziamento da bexiga2 durante a micção12 e se há refluxo da vesícula13 para os ureteres9 e para os rins14.
Quem não deve fazer uma cistografia?
Mulheres que estejam ou suspeitem estar grávidas não devem se submeter à cistografia, porque a exposição à radiação durante a gravidez15 pode levar a defeitos congênitos16 do feto17. Pacientes alérgicos ou sensíveis a medicamentos, anestésicos locais, iodo ou látex ou com insuficiência renal18 devem informar essas condições a seu médico. Outras limitações à cistografia são: cirurgia recente da bexiga2, obstrução, dano ou ruptura da uretra3, infecção19 aguda do trato urinário6.
Em que consiste a cistografia?
Antes do exame o médico dará instruções específicas sobre a dieta que deve ser observada. O paciente deve informar ao médico se é sensível ou alérgico a algum medicamento e notificá-lo de toda medicação que esteja tomando. Um laxativo20 deve ser tomado na noite anterior ao procedimento, para limpar os intestinos21 de qualquer resíduo que possa interferir com o exame e uma profilaxia com antibióticos pode ser feita no dia que antecede o exame. A cistografia pode ser realizada em ambulatório ou em um hospital, se o paciente estiver internado. O exame não provoca dor, podendo apenas haver algum incômodo quando da passagem do cateter. Geralmente, o paciente será solicitado a esvaziar a bexiga2 antes do procedimento. Em seguida, será colocado deitado de costas22 na mesa de raios-X e um cateter será introduzido na sua bexiga2, via uretra3, para injeção23 do meio de contraste. Com pacientes do sexo masculino, um escudo de chumbo será colocado de modo a proteger os testículos24 da radiação dos raios-X. Após a injeção23 do contraste serão tomadas várias radiografias do sistema urinário7, em diferentes posições. Então o cateter será removido e o paciente será solicitado a urinar, após o que será tomada uma última radiografia, pós-miccional. Após o procedimento o paciente pode retomar suas atividades normais, sem nenhum cuidado especial, devendo apenas beber mais líquidos que habitualmente, para ajudar a eliminar o contraste e prevenir infecções5 da bexiga2.
Quais são as complicações possíveis da cistografia?
Normalmente, não há complicações associadas à cistografia. Pode ocorre infecção19 urinária, como resultado da passagem de um cateter na uretra3 durante o procedimento. Isso pode também deixar uma irritação transitória ao urinar e causar algum grau de hemorragia25 ou hematúria4. Os riscos associados com a exposição à radiação estão relacionados com o número cumulativo de exames de raios X e/ou tratamentos durante um longo período de tempo.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.