Saiba mais sobre a cintilografia óssea: para que serve, quais os riscos do exame, como é feito?
O que é a cintilografia1 óssea?
A cintilografia1 óssea é um exame de imagem de todo o esqueleto2, obtido através da injeção3 venosa de uma substância radioativa que se concentrará nos ossos, sobretudo nas células4 de maior atividade metabólica, e que será posteriormente captada como imagem por uma câmara especial, chamada gama-câmara. A quantidade de radiação injetada no paciente é mínima (comparável a de uma radiografia normal) e não ocasiona nenhum dano. A cintilografia1 foi introduzida na Medicina em meados do século passado (década de 50).
Para que serve a cintilografia1 óssea?
Uma das principais funções da cintilografia1 óssea é detectar metástases5 ósseas de tumores oriundos de outros órgãos (em geral de pulmão6, próstata7 ou mama8), mas também se presta à detecção de tumores ósseos, infecções9 ou inflamações10 dos ossos, doenças metabólicas dos ossos, necroses ósseas, fraturas de estresse em atletas ou pessoas que praticam atividade física, bem como à avaliação de próteses ósseas, etc.
Quais são os riscos da cintilografia1 óssea?
Praticamente não há riscos. Eles se resumem apenas à possibilidade de reações adversas ou alérgicas passageiras aos remédios, mas ainda assim, são muito raros (0,01 a 0,02% dos casos).
A cintilografia1 não deve ser feita por mulheres grávidas, com suspeita de gravidez11 ou que estejam amamentando, porque embora a dose de radiação seja muito baixa, ela pode afetar adversamente o feto12.
Como é feito o exame de cintilografia1 óssea?
O exame não requer nenhum preparo prévio, nem mesmo jejum ou suspensão de medicação, e nenhum cuidado especial após o exame, podendo o paciente retomar suas atividades normais, logo em seguida. Apenas nas 24 horas posteriores ao procedimento deve ser evitado contato intensivo com mulheres grávidas ou bebês13 (babás, creches, berçários, etc.).
O paciente deve comparecer ao serviço especializado para receber uma injeção3 venosa contendo um radiotraçador14 (geralmente, metilenodifosfonato marcado com tecnécio - substância radioativa), após o que pode voltar para casa, retornando ao serviço três ou quatro horas mais tarde, para complementação do exame. Esse intervalo é o tempo necessário para que a medicação se difunda pelo organismo. Durante esse período, o paciente pode retomar suas atividades normais, evitando apenas contatos íntimos com mulheres grávidas e crianças pequenas e deve beber bastante líquido (seis a oito copos), para forçar a diurese15 e a eliminação de parte do remédio que não tenha ficado fixada aos ossos. Deve também ter o cuidado de que sua urina16 não respingue na roupa ou no próprio corpo, porque isso pode interferir no resultado do exame.
No retorno à clínica, será pedido ao paciente que esvazie a bexiga17 e deite numa cama deslizante, na qual um aparelho especial (chamado gama-câmara) registrará na tela de um computador uma série de imagens de todo seu esqueleto2, destacando os pontos de concentração da substância radioativa, se houver. Habitualmente, o exame dura entre trinta e quarenta minutos. Essa câmara não acrescentará ao exame nenhuma dose extra de radiação, apenas captará a que esteja sendo emitida pelo paciente.
O resultado do exame consta de um laudo médico destacando os pontos de eventuais concentrações do material radioativo18 (se houver), o qual deverá ser analisado pelo médico clínico.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, do Stanford Health Care e do National Health Service do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.