Neuropatia diabética: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção, evoluções e complicações possíveis
O que é neuropatia1 diabética?
Com a evolução da diabetes mellitus2 podem ocorrer, ao longo da vida, o aparecimento de disfunções dos nervos periféricos, que se manifestam mais frequentemente em pessoas idosas. A esses danos chama-se neuropatia1 diabética. Esses danos se desenvolverão em cerca de metade dos indivíduos com diabetes mellitus2 e, na maioria das vezes, os sintomas3 aparecerão de dez a vinte anos após o diabetes4 ter sido diagnosticado. Quanto maior a duração da doença e quanto maior as alterações dos níveis glicêmicos (glicemia5), maior a chance da neuropatia1 se manifestar.
Quais são as causas da neuropatia1 diabética?
Se os níveis de açúcar6 no sangue7 (glicemia5) dos diabéticos não forem bem controlados eles estarão mais propensos a desenvolver lesões8 nos nervos periféricos. Essas lesões8 são causadas pela diminuição do fluxo sanguíneo para os nervos e pelos altos níveis glicêmicos no sangue7.
Qual é a fisiopatologia9 da neuropatia1 diabética?
O comprometimento dos nervos periféricos nos diabéticos se desenvolve ao longo de vários anos. Ele ocorre em virtude dos níveis altos de açúcar6 no sangue7 e da diminuição do fluxo sanguíneo para os nervos, em decorrência do diabetes4. A neuropatia1 diabética incide mais na extremidade dos nervos mais longos, como nos das pernas e dos braços, mas também pode ocorrer no tórax10, face11 e regiões genitais, afetando a sensibilidade, a sensação à pressão, à temperatura e à vibração, além de controlar os músculos12 e as glândulas13 do suor.
Quais são os principais sinais14 e sintomas3 da neuropatia1 diabética?
Os principais sinais14 e sintomas3 da neuropatia1 diabética são a falta de reflexo no tornozelo15, a perda de sensibilidade nos pés, alterações na pele16, queda na pressão sanguínea ao se levantar, formigamento ou queimação nos braços e pernas, perda da sensibilidade e dor intensa nos pés, pernas e braços. Como consequência, é possível não notar quando se pisa em algo afiado, não notar uma bolha17 ou um pequeno corte na pele16, não notar quando se toca em algo muito quente ou muito frio, etc.
Podem acontecer problemas sexuais, como secura vaginal e frigidez ou impotência18. É frequente haver problemas na bexiga19 e dificuldades para urinar ou sudorese20 excessiva, mesmo quando a temperatura ambiente está fria ou quando se está em repouso. Outros sintomas3 podem estar presentes, como hipotensão21 postural, tonteiras, disfunção de transpiração22, mau funcionamento da mobilidade do estômago23, etc.
Como o médico diagnostica a neuropatia1 diabética?
Além dos sintomas3 e do exame físico, o médico pode valer-se de exames complementares que incluem eletromiograma (estudo da atividade elétrica nos músculos12), testes da velocidade de condução nervosa e registro da velocidade na qual os sinais14 transitam pelos nervos. Um diagnóstico24 diferencial deve ser estabelecido com outras neuropatias periféricas, como as relacionadas à AIDS, à ingestão continuada de vários tipos de medicações e ao abuso de álcool, por exemplo.
Como o médico trata a neuropatia1 diabética?
A neuropatia1 diabética pode ser tratada tentando-se manter os níveis sanguíneos de glicose25 dentro do normal o que, em alguns casos, pode ser conseguido pela adoção de uma dieta adequada e por exercícios físicos regulares. Em outros casos, no entanto, os pacientes necessitam tomar medicações hipoglicemiantes26. Medicações sintomáticas podem ser utilizadas para tratar náuseas27, vômitos28, dores, diarreia29, etc.
Como prevenir a neuropatia1 diabética?
A neuropatia1 diabética pode ser evitada mantendo-se a taxa de açúcar6 no sangue7 em níveis os mais normais possíveis.
Como evolui a neuropatia1 diabética?
Embora as medicações possam minorar alguns sintomas3, a doença geralmente apresenta uma piora contínua. A neuropatia1 estabelecida pode progredir muito lentamente quando o diabetes4 é bem controlado, mas não sofre regressão.
Quais são as complicações possíveis da neuropatia1 diabética?
A neuropatia1 diabética pode dar origem a úlceras30 nos pés e ocultar as dores de uma angina31 ou de um ataque cardíaco. Muitas vezes, ela leva à amputação32 das pernas. Mais ou menos metade dos casos de amputações das pernas é devida à neuropatia1 diabética.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.