Adenocarcinoma: o que é? Quais são as causas? E os sintomas? Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?
O que é adenocarcinoma1?
O adenocarcinoma1 é um tumor2 maligno, derivado de células3 glandulares epiteliais secretoras, que pode afetar quase todos os órgãos do corpo (pulmões4, intestinos5, pâncreas6, fígado7, colo do útero8, etc.). Estas células3 podem também originar um tumor2 benigno, o adenoma9, o qual guarda a potencialidade de transformar-se em adenocarcinoma1. Embora a prefixo “adeno” queira dizer “junto a uma glândula”, não é necessário que as células3 desse tumor2 pertençam a uma glândula10, desde que sejam secretoras.
Em geral, os adenocarcinomas são um tipo de câncer11 bastante agressivo e de difícil remoção cirúrgica e têm, por isso, um prognóstico12 desfavorável. O adenoma9, embora benigno, pode causar sérios problemas ao funcionamento orgânico em virtude de compressões ou destruição de órgãos.
Quais são as causas do adenocarcinoma1?
Não se conhece precisamente as causas dos adenocarcinomas, como de nenhum câncer11, no entanto sabe-se de fatores gerais que contribuem para ele, os quais também valem aqui, como hereditariedade13, poluição ou idade avançada. Alguns outros fatores parecem contribuir para o aparecimento de tumores em certos órgãos: uso de fumo (tumores de pulmão14), reposição hormonal (tumores de mama15), qualidade da alimentação (tumores de estômago16 ou intestino), etc.
Quais são os principais sintomas17 dos adenocarcinomas?
Os sintomas17 dos adenocarcinomas dependem do órgão que eles afetam ou comprimem. Conforme seja sua localização, os adenocarcinomas podem evoluir durante muito tempo sem dar sintomas17. Como podem afetar quase todos os órgãos, a sintomatologia gerada por eles é extremamente variável, pelo que só se pode abranger uma amostragem deles, aqui mencionada a título de exemplos:
- Adenocarcinoma1 de pulmão14: é uma das mais frequentes formas de câncer11 do pulmão14, comum também em não fumantes. Às vezes evolui durante muito tempo sem dar sintomas17 e seu primeiro achado costuma ser feito num exame de imagem do tórax18 realizado por outro motivo. Seus sintomas17 podem incluir tosse, às vezes com escarro sanguinolento19; dor torácica; dispneia20; chiado no peito21; perda de peso, etc.
- Adenocarcinoma1 de intestino (geralmente de cólon22): como o câncer11 do cólon22 pode evoluir sem sintomas17, numa fase inicial, ele frequentemente é detectado durante um exame de rotina ou feito em razão de outro motivo diagnóstico23. Quando os sintomas17 começam, eles costumam ser: dor abdominal, sangramento retal aparente ou não (sangue24 oculto nas fezes), mudanças nos hábitos intestinais, anemia25 e, nos casos mais avançados, percepção de massa abdominal; hepatomegalia26 (crescimento do fígado7) e ascite27 (“água na barriga”).
- Adenocarcinoma1 de colo28 de útero29: inicialmente, o adenocarcinoma1 de colo28 de útero29 pode não dar sintomas17, mas quando eles começam a aparecer, costumam ser um sangramento vaginal intermitente30; secreção vaginal de odor fétido; dor abdominal e, nos casos mais avançados, distúrbios urinários e/ou intestinais.
- Adenocarcinoma1 de pâncreas6: cerca de 95% dos tumores de pâncreas6 são adenocarcinomas. Geralmente crescem também sem dar sintomas17 e por isso só são descobertos num estágio tardio da doença, às vezes já como consequência de metástases31 ou de compressão de órgãos vizinhos, como o colédoco (canal que drena a bile32 da vesícula33 para o intestino), por exemplo, impedindo sua função. Os sintomas17 mais precoces costumam ser dor, icterícia34 e perda de peso.
- Adenocarcinoma1 de estômago16: numa fase inicial pode não haver sintomas17 ou eles são muito poucos e inespecíficos. Quando começam a aparecer os sintomas17 mais característicos, eles costumam ser: anorexia35; enjoos e sensação precoce de estômago16 cheio; intolerância à carne (de mais difícil digestão36); dor abdominal; dificuldade de engolir (se o tumor2 comprometer a cárdia, que é um esfíncter37 entre o esôfago38 e o estômago16); digestão36 imperfeita (caso o tumor2 invada o corpo do estômago16) e emagrecimento. Num estágio mais avançado pode haver massa tumoral palpável, no epigástrio39, ou seja, na região onde fica o estômago16, sangramento intestinal alto, caquexia40 e anemia25 severa.
- Adenocarcinoma1 de mama15: a grande maioria dos tumores da mama15 são adenocarcinomas e se iniciam nos tecidos glandulares, sejam lobulares ou ductais (na maioria dos casos). Geralmente se manifestam como um nódulo41 duro, único, indolor e sem mobilidade. Sem outros sintomas17, de início, podem mais tarde gerar deformidade e aumento de volume da mama15, retração do mamilo, crescimento dos gânglios42 axilares, vermelhidão, edema43, dor e secreção de líquido pelos mamilos44.
Como o médico diagnostica um adenocarcinoma1?
O diagnóstico23 por imagem do adenocarcinoma1 é feito como o de outros tipos de câncer11. Histologicamente, eles geralmente são detectados por meio do exame de material colhido em uma biópsia45 e examinado ao microscópio. Se tal tumor2 é descoberto, ele requer tratamento imediato, porque os adenocarcinomas são de rápida progressão e tendem a dar metástases31 com facilidade, permitindo ao câncer11 espalhar-se para outros órgãos que não o original.
Como o médico trata o adenocarcinoma1?
O tratamento do adenocarcinoma1 inclui a remoção cirúrgica do tumor2 e cuidados com as possíveis complicações que ele tenha causado. Após a cirurgia, o paciente deve passar por uma quimioterapia46 e/ou radioterapia47, para evitar que o tumor2 possa recidivar.
Como é a evolução de um adenocarcinoma1?
Diagnosticado em fase inicial e adequadamente tratado, a maioria dos adenocarcinomas tem cura. No entanto, é um tipo de câncer11 de crescimento rápido e de caráter bastante agressivo, pelo que exigem um tratamento eficaz e rápido.
Os adenocarcinomas facilmente dão metástases31 em tecidos não glandulares normais.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cancer Treatment Centers of America, American Cancer Society, National Cancer Institute e American Society of Clinical Oncology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.