Você sabe o que é hiperidrose?
O que é hiperidrose1?
A hiperidrose1 é uma situação caracterizada por uma sudorese2 excessiva, superior às necessidades de controle da temperatura. A produção de suor é regulada pelo sistema nervoso autônomo3 simpático4 em relação direta com o controle da temperatura do organismo. Ele exerce a função de controlar a temperatura do corpo e manter a pele5 hidratada e, além disso, eliminar água, gordura6, sais minerais, ácido úrico e outras substâncias tóxicas. A hiperidrose1 é dita primária (ou essencial) quando surge por si mesma ou secundária, quando decorre de outras situações patológicas. Pode também ser generalizada em todo o corpo ou específica de determinadas regiões, como palmas das mãos7, planta dos pés, axilas e virilhas, locais onde há maior número de glândulas sudoríparas8.
Quais são as causas da hiperidrose1?
Algumas hiperidroses parecem ter uma causa genética dominante, outras parecem ser adquiridas devido a um distúrbio da tireoide9, da hipófise10, do diabetes mellitus11, da gota12, da menopausa13 ou de tumores e certos medicamentos, ou de envenenamento por mercúrio.
Quais são as consequências da hiperidrose1?
Fisiologicamente, a hiperidrose1 deixa mãos7 e pés frios e constantemente molhados, podendo levar a infecções14 da pele5 e à desidratação15. A hiperidrose1 pode dificultar ou mesmo impedir certas atividades: a mão16 que tem de manejar ferramentas fica mais escorregadia; os papeis em que se escreve podem ficar molhados; as camisas podem ficar manchadas nas axilas; os sapatos abertos escorregam dos pés, há maior dificuldade para andar descalço; pode ser difícil trabalhar em ambientes quentes e úmidos; torna-se difícil manejar instrumentos musicais, etc. Além disso, emocionalmente, a hiperidrose1 gera intensas repercussões sociais, motivando sentimentos como vergonha e constrangimento de todos os tipos. A pessoa geralmente sofre inibições para cumprimentar as outras com um aperto de mãos7 ou evita certos movimentos que exponham sua condição, como levantar os braços ou mostrar as mãos7, por exemplo. Ademais, o suor geralmente é visto como sujeira ou mau cheiro, o que não é verdade. O mau cheiro que emana das pessoas que suam muito é causado pela proliferação de bactérias que convivem com o suor.
Como o médico trata a hiperidrose1?
O tratamento paliativo17 é feito com antitranspirante (cloreto de alumínio) ou aplicação da toxina18 botulínica (Botox), que inibe a acetilcolina19 e inativa as glândulas sudoríparas8. Ambos os tratamentos não persistem e precisam ser repetidos periodicamente: o cloreto de alumínio praticamente todos os dias e a toxina18 botulínica a cada seis a nove meses. Várias outras drogas anticolinérgicas de efeitos inespecíficos também diminuem a hiperidrose1. Ansiolíticos e antidepressivos são utilizados naqueles casos em que se acredita que a ansiedade possa ter um papel importante. Além disso, o cloreto de alumínio pode provocar reações na pele5.
O tratamento definitivo é o cirúrgico. Existem vários métodos cirúrgicos para remoção ou destruição das glândulas sudoríparas8. Essas cirurgias (simpatectomias) são feitas por meio de pequenas incisões20 na pele5, que quase não deixam cicatrizes21. Uma das possíveis complicações delas é uma hiperidrose1 compensatória nas regiões não operadas. Pode acontecer, também, que as mãos7 fiquem excessivamente secas (mãos7 de lixa).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.