Dor no pescoço - Quais são as causas? Como evitar? Qual a evolução?
A realidade da dor no pescoço1
A dor aguda localizada no pescoço1 é uma condição médica comum. Duas entre três pessoas irão apresentar sintomas2 de dores cervicais em algum momento da vida. Na maioria dos casos, a dor não é devida a uma doença ou lesão3 séria de pescoço1 e muitas vezes a causa exata permanece não esclarecida. Isso é conhecido, medicamente, como cervicalgia inespecífica.
Estruturas anatômicas do pescoço1
A coluna cervical4 é a estrutura anatômica mais importante do pescoço1. Ela é composta por sete vértebras (chamadas vértebras cervicais5), dispostas de modo a formar o canal vertebral6 que circunda a medula espinhal7. As duas primeiras têm formas e funções especiais porque estão especialmente implicadas no suporte e mobilidade da cabeça8. Entre cada uma dessas vértebras existem discos cartilaginosos e das duas últimas emergem, através dos forames intervertebrais, os nervos do pescoço1. Além disso, as estruturas dentro do pescoço1 incluem pele9, músculos10, artérias11, veias12, linfonodos13, glândula14 tireoide15, glândulas16 paratireoides, laringe17, parte proximal18 do esôfago19 e da traqueia20. Doenças ou condições que afetem qualquer uma dessas estruturas do pescoço1 podem causar dores.
Quais são as causas da dor no pescoço1?
A maioria das dores cervicais ocorre provavelmente devido a problemas menores, como má postura ou uso inadequado de tablets e smartphones, por exemplo, mas também podem provir de uma série de distúrbios e doenças e podem envolver qualquer um dos tecidos no pescoço1. Exemplos de condições patológicas comuns que causam dor no pescoço1 são a degeneração21 dos discos intervertebrais cervicais; lesões22 ou traumatismos do pescoço1; hérnia de disco23; infecções24 com inchaço25 dos linfonodos13 e infecções24 raras, como tuberculose26 ou infecções24 dos ossos da coluna cervical4. A dor no pescoço1 também pode ser resultado de uma fibromialgia27 e polimialgia reumática, bem como do mau posicionamento do pescoço1 ao dormir. Fatores de risco para dores no pescoço1 incluem lesões22 por envolvimento em esportes de contato e acidentes de trânsito.
Leia mais sobre "Fibromialgia27", "Polimialgia reumática", "Hérnia de disco23", "Hérnia de disco23 extrusa" e "Alterações posturais".
Quais outros sintomas2 se associam à dor no pescoço1?
A dor no pescoço1 é comumente associada a outros sintomas2. Em geral ela é agravada pelo movimento do pescoço1 e/ou de girar a cabeça8. Outros sintomas2 associados incluem dormência28, formigamento e hipersensibilidade dos braços, dificuldade de deglutição29, tonturas30 e inchaço25 dos linfonodos13 cervicais. A dor no pescoço1 também pode ser associada à dor de cabeça8, dor facial, dor no ombro e entorpecimento do braço (parestesias31 nas extremidades superiores). Estes sintomas2 quase sempre são resultado da compressão de raízes nervosas32. Dependendo da condição, a dor no pescoço1 se espalha por um ou ambos os ombros, às vezes descendo para o braço ou subindo para a parte de trás de sua cabeça8, às vezes acompanhada de dor nas costas33 e/ou dores lombares. Outros sintomas2 acompanhantes são dores de cabeça8, dores musculares, febre34, torcicolo35, dor de garganta36 e fraqueza dos braços.
Como o médico diagnostica a dor no pescoço1?
O diagnóstico37 da causa da dor no pescoço1 exige a tomada de uma minuciosa descrição dos sintomas2 (localização, intensidade, duração e irradiação da dor) e história clínica. Ao analisar a história, o médico notará se a dor melhora ou piora com o giro ou reposicionamento da cabeça8, bem como todas as lesões22 e tratamentos passados. No exame físico, o pescoço1 deve ser examinado em repouso e em movimento. Um exame neurológico deve ser realizado para determinar se o envolvimento dos nervos está ou não presente. Testes adicionais podem incluir radiografias, tomografia computadorizada38, ressonância magnética39 e testes elétricos, como eletromiografia40.
Como o médico trata a dor no pescoço1?
O tratamento da dor no pescoço1 depende da sua causa. As opções de tratamento, conforme a natureza do problema, incluem aplicações de calor ou frio, tração mecânica, colar de tração, fisioterapia41 (ultrassom, massagem, manipulação), injeções locais de cortisona ou anestésicos, cremes anestésicos tópicos, relaxantes musculares, analgésicos42 e mesmo procedimentos cirúrgicos. Certos remédios caseiros de eficácia relativa são banhos quentes, exercícios de alívio da dor, uso de travesseiros mais adequados e compressas quentes no pescoço1. Um recurso a mais pode ser a acupuntura. O tratamento da dor crônica (dor persistente por mais de 3 meses) é diferente do tratamento da dor aguda, necessitando obrigatoriamente intervenções médicas.
Veja também "Fisioterapia41", "Reeducação Postural global", "Método de Busquet", "Piltes" e "Acupuntura".
Como evolui a dor no pescoço1?
A evolução da dor no pescoço1 depende da sua causa. A maioria das dores são resolvidas com medidas conservadoras, como o repouso e a reabilitação gradual. A recuperação completa, sem novos sintomas2, ocorre em mais de 90%. A dor geralmente melhora depois de alguns dias e desaparece dentro de semanas.
Como prevenir a dor no pescoço1?
A prevenção da dor no pescoço1 implica na evitação de lesões22 no pescoço1 e na inclusão de exercícios de fortalecimento dos músculos do pescoço43.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.