Nevralgia ou neuralgia: o que é isso?
O que é nevralgia?
Chama-se nevralgia (ou neuralgia1) a um conjunto de sintomas2 dolorosos associados a lesões3 de nervos periféricos, entre os quais predomina uma dor aguda, intensa e incessante que é sentida ao longo do trajeto do nervo periférico envolvido e que ocorre devido a irritações ou danos a esse nervo. As nevralgias mais comuns são: nevralgia pós-herpética4, nevralgia do trigêmeo (ou facial), braquialgia5 (dos membros superiores), costalgia (na região das costelas6) e nevralgia do nervo ciático7.
Quais são as causas da nevralgia?
Todas as causas que irritem os nervos periféricos podem causar nevralgia (irritação química, infecções8, medicamentos, doenças como a porfiria9, pressões internas ou externas sobre os nervos, trauma, etc.), mas a nevralgia pós-herpética4 e a neuralgia1 do trigêmeo são os dois tipos mais comuns. No caso da nevralgia do trigêmeo, a causa do problema está ligada quase sempre a uma compressão da raiz do nervo. Outras vezes as dores são devido à desmielinização do nervo (o nervo perde a sua "capa" externa de proteção). Mais raramente as causas da nevralgia são tumorações ou problemas arteriais.
As nevralgias são mais comuns em idosos, mas podem ocorrer em qualquer idade. As nevralgias herpéticas10 e infecciosas acontecem com maior frequência em pessoas imunodeprimidas.
Quais são os principais sinais11 e sintomas2 da nevralgia?
O principal sintoma12 da nevralgia é uma dor intensa, aguda e penetrante, que pode ser intermitente13 ou constante, com sensação de queimação, que piora quando a área é tocada. Há aumento da sensibilidade ao longo do trajeto do nervo danificado, fraqueza ou paralisia14 total dos músculos15 inervados pelo nervo afetado. Uma das nevralgias mais frequentes é a nevralgia facial, do nervo trigêmeo16. Conforme o ramo afetado do nervo a dor, extremamente forte, pode manifestar-se na testa, no globo ocular17, sobre a região malar, nos dentes superiores e nos inferiores, mas geralmente atinge todo um lado do rosto, sendo exacerbada por estímulos como falar, engolir, lavar o rosto, escovar os dentes, raspar a barba, mudanças bruscas de temperatura, etc.
Como o médico diagnostica a nevralgia?
O diagnóstico18 da nevralgia dependerá de uma história clínica minuciosa que avalie quando a dor começou, bem como os problemas médicos que possam estar relacionados a ela. O exame físico pode mostrar sensação anormal na pele19, perda dos reflexos tendinosos profundos, perda de massa muscular, ausência de sudorese20, sensibilidade aumentada ao longo do nervo acometido, nódulos de tensão, etc. A presença de problemas odontológicos e de outros sintomas2 como vermelhidão ou inchaço21, por exemplo, ajudam a descartar outras possibilidades. Não existem exames específicos para diagnosticar a nevralgia, mas exames de sangue22, ressonância magnética23, eletromiografia24 e punção lombar podem ser realizados para descobrir a causa da dor e para diagnosticar outras patologias.
Como o médico trata a nevralgia?
Um dos objetivos primordiais é aliviar a dor, que pode ser tão intensa que se torna desesperadora. Em seguida, deve-se procurar reverter ou controlar a sua causa, o que nem sempre é possível. Os analgésicos25 comuns são pouco eficientes para tratar essas dores e costuma-se recorrer aos opiáceos, sob orientação médica. A carbamazepina ou a difenilhidantoína, medicamentos anticonvulsivantes, costumam apresentar excelentes resultados nessas dores. Felizmente, mesmo que a causa da nevralgia não seja identificada, o quadro doloroso poderá melhorar sozinho ou desaparecer dentro de alguns dias. Em alguns casos pode ser necessária uma cirurgia para remover a pressão sobre o nervo.
Como é a evolução da nevralgia?
- Geralmente, a nevralgia cessa quando eliminada a sua causa.
- Pode haver complicações decorrentes da cirurgia, quando for o caso.
- A dor pode causar invalidez temporária.
- Pode haver efeitos colaterais26 das medicações usadas para tratar a dor.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.