Saiba mais sobre a retinopatia
O que é a retina1?
A retina1 é a parte do olho2 responsável pela formação de imagens visuais que, traduzidas em impulsos elétricos, são enviadas ao cérebro3. Ela é uma fina camada de tecido nervoso4, localizada no fundo do olho2, comparável a um filme numa câmera fotográfica, no qual estão localizadas as células5 sensoriais, os cones e os bastonetes. Os estímulos luminosos chegam a ela depois de atravessarem as estruturas anteriores do olho2 e serem focalizados sobre a retina1 pelo cristalino6.
O que é a retinopatia?
Chama-se retinopatia a qualquer lesão7 não inflamatória que afeta a retina1.
Quais são as causas da retinopatia?
As retinopatias são manifestações locais de doenças sistêmicas, como o diabetes8 e a hipertensão arterial9, por exemplo. Normalmente ela está associada a um deficiente aporte sanguíneo para a retina1. As principais causas de retinopatia são: diabetes mellitus10, hipertensão arterial9, prematuridade, anemia falciforme11, exposição solar direta, certas medicações, obstruções de arteríolas12 e/ou vênulas13 da retina1.
Quais são os principais tipos de retinopatia?
Embora existam outros tipos de retinopatia, os principais são a retinopatia diabética14, a retinopatia hipertensiva e a retinopatia da prematuridade.
O excesso de açúcar15 no sangue16 deteriora os vasos sanguíneos17 da retina1, fazendo com que extravasem sangue16 e fluidos, produzindo um edema18, que pode atingir a mácula19, causando visão20 embaçada que pode progredir para perda parcial ou total da visão20.
Retinopatia hipertensiva:
A hipertensão arterial9 também afeta o sistema circulatório21 da retina1, causando o enrijecimento das artérias22 e estreitamento da luz dos vasos, reduzindo o aporte sanguíneo à retina1.
Retinopatia pigmentar:
A retinopatia pigmentar, também chamada de retinite pigmentar ou retinose pigmentar, é um conjunto de doenças hereditárias que causam a degeneração23 das células5 da retina1, o que leva a uma perda gradual da visão20. Isso ocorre pelo fato das células5 fotorreceptoras (cones e bastonetes) morrerem.
Retinopatia da prematuridade:
A retinopatia da prematuridade se deve a um desenvolvimento anômalo da vascularização da retina1, nos bebês24 que nascem prematuramente, pelo fato dele ocorrer fora do ambiente uterino. Os vasos sanguíneos17 da retina1 crescem de maneira desordenada, podem sangrar e descolar a retina1.
Como o médico diagnostica a retinopatia?
O exame mais comum para diagnóstico25 dos diversos tipos de retinopatia é o exame de fundo de olho26. Por meio dele, é possível estudar as anomalias vasculares27, hemorragias28, pequenos aneurismas, proliferação de novos vasos, pigmentações e outras anomalias próprias de cada tipo de retinopatia. Outros exames correspondem à tomografia de coerência ótica, sistema de fotografias do fundo de olho26 e a angiografia29 de retina1.
Como o médico trata a retinopatia?
O tratamento das retinopatias depende da causa delas e pode ser feito com medicações ou com aplicação de laser. Quando se devem a doenças sistêmicas essas doenças devem ser tratadas ou mantidas sob controle. Nos pacientes com retinopatia diabética14 ou retinopatia hipertensiva o tratamento pode consistir na fotocoagulação com laser, para vedar os vãos sanguíneos que apresentem escapes.
Como prevenir a retinopatia?
Nos pacientes sob risco de retinopatias, os fatores causais devem ser mantidos sob controle, principalmente os níveis glicêmicos nos diabéticos e os níveis tensionais nos hipertensos.
Como evolui a retinopatia?
Nos casos de retinopatia diabética14 e de retinopatia hipertensiva alguns prejuízos já estabelecidos sobre a visão20 podem ser revertidos, mas outros são irreversíveis e podem mesmo progredir para cegueira. Nos casos mais graves, a retinopatia da prematuridade também pode levar à cegueira. Quanto maior a prematuridade, maior o risco de aparecimento do problema e potencialmente maior a sua gravidade.
Quais são as complicações da retinopatia?
As retinopatias que afetam a mácula19, quando não tratadas adequadamente, podem levar à cegueira.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.