Saiba mais sobre a rosácea: conceito, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução, prevenção, possíveis complicações
O que é rosácea?
A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele1 que se manifesta na região central da face2 (bochechas, nariz3, queixo e testa), constituída por manchas avermelhadas e inflamações4 do tecido5 vascular6 do rosto, causando dilatação dos vasos sanguíneos7 (telangiectasias8) da face2 em peles mais oleosas. Mais raramente a rosácea pode afetar também o pescoço9, tórax10, orelhas11 e couro cabeludo.
Quais são as causas da rosácea?
Não há uma teoria aceita de maneira geral sobre as causas da rosácea. Alguns propõem que seja causada por certo tipo de ácaros, enquanto outros aventam fatores genéticos, congênitos12 e hormonais. Seja qual for a causa, os seguintes fatores são desencadeadores da rosácea, entre outros: ansiedade, variações climáticas significativas (calor ou frio intenso, vento, umidade), estresse, ingestão de álcool, cafeína, comida apimentada, certos medicamentos, uso de cremes esteroides, exercício pesado, banhos quentes e menopausa13.
Quais são os principais sinais14 e sintomas15 da rosácea?
A primeira manifestação da doença é chamada de pré-rosácea e se caracteriza pela tendência à ruborização fácil e passageira. À medida que a rosácea progride desenvolvem-se pequenas bolhas e pústulas16, telangiectasias8 (emaranhado de pequenos vasos sanguíneos7 aparentes na pele1) no rosto, olhos17 avermelhados, sensação de ardor18 e queimação e, em alguns casos avançados, lóbulos avermelhados no nariz3. Em metade dos casos, pode surgir uma lesão19 nos olhos17 denominada rosácea ocular, com sintomas15 semelhantes aos da conjuntivite20 e danos à córnea21. Nas formas mais graves, a pele1 fica espessada e surgem nódulos inflamatórios que aumentam o tamanho do nariz3, deixando-o com aspecto disforme e bulboso. A rosácea é mais comum em mulheres acima dos 30 ou 40 anos e com pele1 clara, mas embora as mulheres sejam mais suscetíveis, os homens desenvolvem formas mais graves da enfermidade. Do ponto de vista da saúde22 geral, a rosácea é uma condição inofensiva, mas pode criar grandes problemas emocionais para as pessoas.
Como o médico diagnostica a rosácea?
O diagnóstico23 da rosácea é essencialmente clínico, baseado na observação direta das lesões24. Em alguns casos, uma biópsia25 pode ser necessária para estabelecer um diagnóstico23 diferencial.
Como o médico trata a rosácea?
Ainda não se conhece a cura definitiva da rosácea. O tratamento paliativo26 é indicado de acordo com o grau de evolução do caso e resume-se em evitar, se possível, os fatores desencadeantes e tratar as complicações por ventura existentes, com o objetivo de deter ou, quando possível, reverter o quadro sintomático27. O tratamento pode ser tópico28 ou sistêmico29 (com antibióticos por via oral), ou utilizar raios laser, eletrocirurgia ou dermoabrasão. O fundamental é evitar os fatores de risco que favorecem a manifestação da rosácea.
Como evolui a rosácea?
Há uma fase inicial da rosácea em que as primeiras manifestações da doença, chamada de pré-rosácea, se caracteriza pela tendência à ruborização fácil e passageira, desencadeada por fatores físicos ou emocionais. A seguir, a rosácea evolui para seu quadro clássico.
Como prevenir a rosácea?
Não há como prevenir o surgimento da rosácea, mas é possível reduzir as manifestações dos surtos através do controle dos fatores desencadeantes.
- Não se exponha ao sol e procure evitar mudanças bruscas de temperatura ou os ventos fortes.
- Procure verificar os alimentos, medicamentos ou outros produtos que possam ter relação com os episódios de rosácea e passe a evitá-los.
- Evite atividades físicas excessivas.
- Não tome banho muito quente, nem lave o rosto com água muito quente.
- Procure reduzir o estresse.
Quais são as complicações possíveis da rosácea?
Alguns pacientes com rosácea podem ter alterações permanentes na aparência, com perda da auto-estima. Alguns deles precisam do apoio profissional de um psicólogo ou psicoterapeuta.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.