Benefícios do ômega 3 para a saúde
O que é o ômega 3?
Os diversos tipos de gorduras são essenciais ao organismo, que não pode passar sem eles. As gorduras são as mais importantes fontes de energia, conferem sabor aos alimentos e são indispensáveis para a absorção das vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis. No entanto, algumas delas têm efeitos desfavoráveis sobre a saúde1.
O ômega 3 é um tipo de gordura2 benéfica ao organismo, constituído por ácidos ditos "essenciais", mas não pode ser sintetizado pelo corpo. Como ele é indispensável para o crescimento normal e saúde1 dos indivíduos, deve ser ingerido na alimentação ou como suplementos especializados.
Saiba mais sobre "O que é uma alimentação saudável".
Onde encontrar o ômega 3?
Podemos encontrar o ômega 3 em peixes como salmão, atum, bacalhau, albacora, truta, sardinha, anchova e cação. Também pode ser encontrado em óleos de soja, de girassol e de milho e ainda em vegetais “verdes” como brócolis, rúcula, couve e espinafre, embora estes sejam menos adequados para este fim, não trazendo todos os benefícios esperados.
A linhaça é uma fonte de ômega 3 ainda melhor que o salmão. As sementes de chia e as nozes também são excelentes fontes vegetais desta gordura2. Pode-se encontrar alimentos industrializados3 enriquecidos com ômega 3, mas em quantidades muito pequenas. Alguns outros alimentos ricos em gorduras mono e/ou poli-insaturadas são, por exemplo, abacate, castanhas, amêndoas, nozes, óleos e sementes vegetais oleaginosas (girassol, gergelim, linhaça, abóbora).
As gorduras saturadas4, prejudiciais para a saúde1, estão presentes, por exemplo, no bacon, toucinho, queijos amarelos, manteiga, leite integral, cortes gordos de carne vermelha, sorvetes e biscoitos, devendo ser evitadas.
Quais são os efeitos do ômega 3?
Há gorduras “boas” e gorduras “más”. As gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas são saudáveis; as gorduras saturadas4, no entanto, são prejudiciais à saúde1. O consumo das gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas (como o ômega-3) ajuda na redução do colesterol5 ruim (LDL6) e protege de doenças cardiovasculares7. O ômega 3 também auxilia na diminuição dos níveis de triglicérides8, enquanto pode favorecer o aumento do colesterol5 bom (HDL9). Pesquisas mostram que parece haver uma relação menor de risco entre o consumo de ômega 3 e a formação de placas10 de colesterol5 no interior das artérias11.
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Além de trazer inúmeros outros benefícios à saúde1, o ômega 3 favorece a pele14, para que a mesma fique macia e com um ar rejuvenescido. Possui ainda importante papel em alergias e processos inflamatórios, pois são necessários para a formação das prostaglandinas15 inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos16.
Os níveis da pressão arterial17 são reduzidos com o consumo do ômega 3. Pessoas com idade acima de 45 anos sentem mais esse efeito do que pessoas mais jovens. O ômega 3 também é benéfico para o coração18: o músculo cardíaco19 passa a demandar menos oxigênio e a frequência cardíaca é melhor controlada.
Quanto ao cérebro20, especula-se que o ômega 3 consumido regularmente represente menores riscos para as demências, como o Alzheimer21. Porém, ainda não há comprovação científica quanto a isso. Sabe-se que uma dieta rica em ômega 3 reduz os riscos de acidentes vasculares22 cerebrais.
Uma dieta equilibrada e rica em ômega 3 evita o diabetes23 e ajuda no combate à osteoporose24. Pessoas com problemas de coagulação25 ou que usam medicamentos anticoagulantes26 devem consumir com moderação o ômega 3, já que ele reduz a agregação plaquetária. Os supostos efeitos anti-inflamatórios e contrários à depressão do ômega 3 não foram confirmados.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.