Cintilografia da tireoide
O que é a cintilografia1 da tireoide2?
A cintilografia1 da tireoide2 é um exame destinado a avaliar o funcionamento ou lesões3 da glândula4 tireoide2. Consiste em tomar uma substância radioativa que tem afinidade pela tireoide2 e cuja captação, por um equipamento denominado gama câmara, gera imagens que permitem a avaliação desejada.
O exame pode ser chamado de cintilografia1 da tireoide2 com iodo, pois o Iodo 123 ou 131 faz parte da substância tomada pelo paciente. A cintilografia1 com captação também pode ajudar a avaliar a quantidade de iodo que a tireoide2 captou após a injeção5 da mistura radioativa, dando assim uma ideia do seu funcionamento, no sentido de hipo ou hipertireoidismo6.
Quais são as principais características das substâncias empregadas na cintilografia1 da tireoide2?
A glândula4 tireoide2 é formada por um grande número de folículos, por essa razão ela possui células7 tireoidianas foliculares, que produzem os hormônios tireoidianos (T3 e T4) a partir de aminoácidos e iodo, presentes no sangue8. Ou seja, as células7 da tireoide2 captam substâncias no sangue8 para produzirem seus hormônios. E é com base nisso que se realiza o exame de cintilografia1.
A cintilografia1 da tireoide2 trabalha com radiofármacos que possuem afinidades por essa glândula4. Pois bem, a glândula4 possui afinidade principalmente com o iodo, sendo assim, a cintilografia1 da tireoide2 é realizada principalmente com o elemento Iodo. O primeiro utilizado foi o Iodo 131. Ele, porém, emite uma dose alta de radiação e tem meia-vida longa, de oito dias. Outra alternativa é o Iodo 123, que emite doses menores de radiação e sua meia-vida é de somente 13 horas. No entanto, as imagens geradas pelo Iodo 123 são de pior qualidade. Seu custo também é mais elevado.
Também o Tecnécio 99m é captado pela tireoide2 e pode ser usado para produzir imagens de boa qualidade e, ademais, emite baixas doses de radiação. Por isso, hoje em dia, a maioria dos exames é realizada com o Tecnécio 99m.
Como é feito o exame de cintilografia1 da tireoide2?
O preparo para o exame consiste em evitar alimentos, medicamentos, produtos químicos e exames médicos que contenham ou utilizem iodo, segundo orientação médica. A cintilografia1 da tireoide2 pode ser feita em apenas um dia ou em dois dias. Quando é feito em apenas um dia, utiliza-se o tecnécio radioativo9 injetado pela veia e as imagens podem ser colhidas 20 minutos depois. No total, o exame costuma durar de 1 a 2 horas.
Quando o exame é feito em dois dias, no primeiro dia o paciente ingere a mistura com iodo 123 ou 131 ou a mistura é injetada na veia. Em seguida, são obtidas imagens da tireoide2 após 2 horas e após 24 horas do início do procedimento. Durante esse intervalo o paciente pode voltar às suas atividades diárias normais.
Os riscos do exame são mínimos e relacionados apenas à probabilidade de reação adversa ou alérgica aos medicamentos utilizados, não se observando nenhuma reação grave que necessite de hospitalização ou cause sequela10 para a saúde11.
Saiba mais sobre "Hipertireoidismo6", "Hipotireoidismo12", "Tireoidite de Hashimoto" e "Doença de Graves".
Quem não deve fazer exame de cintilografia1 da tireoide2?
Mulheres grávidas não devem fazer cintilografia1 da tireoide2 porque a radiação envolvida é danosa para o feto13. As que estejam amamentando devem suspender a amamentação14 por dois dias, pelo menos, após o exame.
Qual é a utilidade do exame de cintilografia1 da tireoide2?
O exame de cintilografia1 da tireoide2 serve como avaliação funcional da glândula4 tireoide2, localização de tecido15 tireoidiano ectópico16, avaliação de massas cervicais ou retroesternais e planejamento terapêutico com o Iodo 131, quando for o caso.
Serve também como procedimento auxiliar no diagnóstico17 de (1) tireoide2 ectópica18 (glândula4 localizada fora do seu local normal), (2) tireoide2 mergulhante (glândula4 aumentada, invadindo o tórax19), (3) nódulos da tireoide20, (4) hipertireoidismo6, (5) hipotireoidismo12, (6) tireoidite subaguda21, (7) câncer22 da tireoide2, etc.
Juntamente com esse exame o médico também pode avaliar os hormônios da tireoide2, por meio de exames de sangue8 e pedir uma biópsia23 da glândula4.
Leia também sobre "Nódulos da Tireóide", "Bócio24", "Biópsia23 da tireoide2", "Câncer22 da tireoide2", "Cirurgia da tireoide2" e "Tratamento com iodo radioativo9".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.