Câncer da tireoide - causas, sintomas, tipos, diagnóstico, tratamento, prevenção e possíveis complicações
O que é o câncer1 da tireoide2?
A tireoide2 é uma glândula3 que produz hormônios que regulam a frequência cardíaca, a pressão arterial4, a temperatura corporal e o peso. Ela possui formato de borboleta e fica localizada na base do pescoço5, logo abaixo do pomo de Adão. O câncer1 de tireoide2 é a proliferação maligna de células6 desta glândula3 e que pode alterar suas funções. Embora o câncer1 de tireoide2 não seja muito comum, as taxas parecem estar em aumento.
Quais são as causas do câncer1 da tireoide2?
Não se sabe com clareza o que causa o câncer1 de tireoide2. Ele ocorre quando as células6 da tireoide2 sofrem mutações, permitindo que as células6 cresçam e se multipliquem rapidamente e percam a capacidade de morrer, como as células6 normais. Estas células6 cancerosas se acumulam e formam um tumor7 que pode invadir ou comprimir tecidos ou órgãos próximos e se espalhar por todo o corpo.
O câncer1 de tireoide2 ocorre mais frequentemente em mulheres do que em homens e nas pessoas que se expõem a níveis elevados de radiação. Síndromes genéticas que incluem neoplasia8 endócrina múltipla e polipose adenomatosa familiar também aumentam o risco de câncer1 de tireoide2.
Saiba mais sobre "Neoplasias9 endócrinas múltiplas" e "Câncer1 Colorretal".
Quais são os tipos existentes do câncer1 da tireoide2?
A forma mais comum de câncer1 da tireoide2 é o (1) carcinoma10 papilífero.
O (2) carcinoma10 folicular surge a partir de células6 foliculares, que produzem o hormônio11 tireoidiano.
O (3) câncer1 de células6 Hurthle é um tipo raro e potencialmente mais agressivo de câncer1 da tireoide2 folicular.
O (4) câncer1 medular da tireoide2 começa nas células6 da tireoide2, chamadas células6 C, as quais produzem o hormônio11 calcitonina12.
O (5) câncer1 anaplásico13 da tireoide2 normalmente ocorre em adultos acima de 60 anos.
O (6) linfoma14 da tireoide2 é uma forma rara de câncer1 que começa nas células6 do sistema imunológico15 da glândula3 e cresce muito rapidamente.
Quais são as características clínicas do câncer1 da tireoide2?
Inicialmente, o câncer1 da tireoide2 não causa quaisquer sinais16 ou sintomas17, mas como ele cresce, pode vir a causar um nódulo18 que pode ser sentido através da pele19, assim como pode causar também mudanças de voz, rouquidão, dificuldade de deglutição20, dor no pescoço5 e na garganta21 e inchaço22 dos gânglios linfáticos23 no pescoço5.
O câncer1 papilar de tireoide2 pode ocorrer em qualquer idade, mas na maioria das vezes isso afeta pessoas com idades entre 30 e 50 anos. O carcinoma10 folicular surge em pessoas com idade maior do que 50 anos. O linfoma14 da tireoide2 normalmente ocorre em adultos mais velhos. Algumas pessoas com câncer1 medular da tireoide2 podem ter alterações genéticas que podem ser associadas a outros tumores endócrinos.
Leia também sobre "Bócio24", "Rouquidão" e "Dor de garganta21".
Como o médico diagnostica o câncer1 da tireoide2?
O diagnóstico25 do câncer1 de tireoide2 deve partir do exame físico, em que o médico examinará a glândula3, e seguir-se com exames de sangue26 para ajudar a determinar se a tireoide2 está funcionando normalmente.
A ultrassonografia27 é normalmente usada para detectar a precisa localização e extensão do nódulo18 canceroso. Outros exames de imagens, com o mesmo objetivo, incluem tomografia computadorizada28 e a tomografia por emissão de pósitrons (PET). A história familiar do paciente pode tornar necessários que sejam feitos testes genéticos para procurar genes que aumentam o risco de câncer1. O diagnóstico25 deve ser complementado por uma biópsia29.
Veja como são a "Ultrassonografia27", a "Tomografia", o "PET Scan" e a "Biópsia29".
Como o médico trata o câncer1 da tireoide2?
O tratamento do câncer1 de tireoide2 depende do tipo e estágio da doença, da saúde30 geral do paciente e das preferências dele e do médico. A maioria das pessoas com câncer1 de tireoide2 se submetem à cirurgia para remover a maior parte ou a totalidade da glândula3, bem como os gânglios linfáticos23 no pescoço5, a fim de examiná-los com vistas à presença ou não de células6 malignas. Em certas situações em que o câncer1 de tireoide2 é muito pequeno, pode ser feita a remoção de apenas um lobo da tireoide2. Depois da retirada da tireoide2, o paciente deve tomar a levotiroxina31 pelo resto da vida.
O tratamento com iodo radioativo32 usa grandes doses desse produto para combater o câncer1 e é frequentemente utilizado após a tireoidectomia para destruir qualquer tecido33 remanescente. Esse tratamento pode também ser utilizado para tratar o câncer1 da tireoide2 que se repete.
A radioterapia34 também pode ser feita externamente. Além disso, deve ser feito quimioterapia35, em que produtos químicos viajam por todo o corpo, matando as células6 que tenham escapado do tumor7. A quimioterapia35 não é comumente usada no tratamento de câncer1 de tireoide2, mas pode beneficiar algumas pessoas que não respondem a outras terapias.
Ainda pode ser usada a injeção36 de álcool em pequenos nódulos, guiada por ultrassonografia27 e terapia com medicamentos que atacam vulnerabilidades específicas das células6 cancerosas.
A maioria dos casos de câncer1 de tireoide2 pode ser curada, quando adequadamente tratado.
Saiba mais sobre "Tireoidectomia", "Radioterapia34" e "Quimioterapia35".
Como prevenir o câncer1 da tireoide2?
Não há nenhuma maneira de prevenir o câncer1 de tireoide2. Adultos e crianças com mutação genética37 hereditária têm o risco de câncer1 muito aumentado e por isso são muitas vezes aconselhados a retirar a tireoide2 para prevenir o câncer1. Sempre que possível, deve-se evitar a exposição a radiações.
Quais são as complicações possíveis do câncer1 da tireoide2?
O câncer1 de tireoide2 pode recidivar, mesmo que a tireoide2 tenha sido removida. Isso pode acontecer por causa das células6 cancerosas que já tinham se espalhado antes da tireoide2 ser removida. Essas recorrências38, na maioria das vezes, ocorrem nos primeiros cinco anos após a cirurgia, mas pode ocorrer décadas depois.
O câncer1 de tireoide2 pode ainda reaparecer em gânglios linfáticos23 do pescoço5, restos de tecido33 tireoidiano deixados durante a cirurgia ou em outras áreas do corpo. Exames de sangue26 e exames de tireoide2 periódicos devem ser feitos para verificar sinais16 de uma possível recorrência39 do câncer1 de tireoide2. O câncer1 de tireoide2 que se repete pode ser novamente tratado.
A cirurgia da tireoide2, como qualquer cirurgia, acarreta o risco de hemorragia40 e infecção41. Podem também ocorrer danos às glândulas42 paratireoides durante a cirurgia ou aos nervos ligados às cordas vocais43, causando paralisia44, rouquidão, voz baixa ou dificuldade em respirar.
Leia ainda sobre "Prevenção do câncer1" e "Hemorragia40".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.