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Como é a osteoartrite?

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O que é osteoartrite1?

A osteoartrite1 é a forma mais comum de artrite2 e ocorre quando a cartilagem3 que protege a extremidade dos ossos se desgasta com o tempo. Embora possa afetar qualquer articulação4 do corpo, ela comumente ataca as articulações5 das mãos6, joelhos, coxofemorais e coluna vertebral7.

Quais são as causas da osteoartrite1?

Não se conhece as causas primárias da osteoartrite1. Secundariamente a outras doenças, ela pode ser consequência de traumas, doenças reumatológicas inflamatórias, necrose8 óssea, injeções intra-articulares repetidas de corticoide, doenças congênitas9 do esqueleto10, doenças metabólicas e endócrinas e de enfermidades em que haja comprometimento dos nervos periféricos, por exemplo.

Sabe-se, contudo, que ela ocorre quando a cartilagem3 que acolchoa a extremidade dos ossos se deteriora gradualmente. Normalmente, a cartilagem3 evita a fricção entre os ossos numa articulação4; se a cartilagem3 desaparecer completamente, os ossos atritarão uns contra outros. Os riscos de que isso ocorra é maior nas mulheres, nos idosos, nos obesos, nos traumatismos das articulações5, nos diabéticos e nos portadores de outras doenças reumáticas. Certas ocupações ou atividades e certos esportes que implicam em maior uso das articulações5 levam a uma maior tendência à osteoartrite1. Algumas pessoas parecem também herdar uma maior tendência a essa condição.

Quais são os principais sinais11 e sintomas12 da osteoartrite1?

Geralmente os sintomas12 da osteoartrite1 se desenvolvem lentamente, piorando com o passar do tempo. Os principais sinais11 e sintomas12 da osteoartrite1 são dor ao movimento, frouxidão das articulações5, rigidez da articulação4 (mais acentuada aos primeiros passos de uma caminhada, como ao levantar-se, pela manhã) perda de flexibilidade, sensação de ranger e formação de espinhas ósseas.

Como o médico diagnostica a osteoartrite1?

O diagnóstico13 de osteoartrite1 baseia-se na história clínica e no exame físico. O médico procurará por frouxidão articular, inchaço14 e vermelhidão e pelo ranger ao mover a articulação4. Exames de imagens, como os radiografias que mostrarão espaços interósseos diminuídos e a ressonância magnética15 que detecta o adelgaçamento ou a ausência da cartilagem3, podem confirmar o diagnóstico13. Exames de sangue16 ou do líquido sinovial17 podem ajudar a excluir outras doenças articulares, sobretudo infecciosas ou inflamatórias.

Como o médico trata a osteoartrite1?

Não há cura para a osteoartrite1, mas os tratamentos podem reduzir a dor e ajudar a manter os movimentos. As medicações podem incluir drogas analgésicas e anti-inflamatórias. Além disso, exercitar-se e manter o peso corporal dentro do normal (índice de massa corporal18 entre 18,5 e 24,9 kg/m²) é a melhor maneira de manter a osteoartrite1 sob controle. O médico também pode indicar terapia física ou ocupacional, palmilhas que reduzam a dor ao andar ou aplicação de frio e calor, alternadamente. Se esses tratamentos conservadores não surtirem efeito, pode-se apelar para injeções intra-articulares de corticoide para aliviar as dores ou injeções de ácido hialurônico para acolchoar o joelho. Procedimentos cirúrgicos podem realinhar ossos e até mesmo substituir uma articulação4 não funcionante. Mudanças no estilo de vida, com mais exercícios, perda de peso e o uso de apetrechos adequados podem contribuir para diminuir o desconforto ocasionado pela osteoartrite1.

Como prevenir a osteoartrite1?

A única maneira de prevenir a osteoartrite1, no longo prazo, é não submeter as articulações5 a esforços exagerados.

Como evolui a osteoartrite1?

A osteoartrite1 é uma doença progressiva, mas manter-se ativo, com um peso adequado e com os outros tratamentos indicados pode diminuir a velocidade de progressão da enfermidade. Os sintomas12 da osteoartrite1 podem ser intermitentes19 e desaparecer por longos períodos.

Quais são as complicações possíveis da osteoartrite1?

As dores nas articulações5 e a rigidez delas podem tornar difíceis as atividades diárias e algumas pessoas ficam inabilitadas para o trabalho.

ABCMED, 2015. Como é a osteoartrite?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/759242/como-e-a-osteoartrite.htm>. Acesso em: 12 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Osteoartrite: Termo geral que se emprega para referir-se ao processo degenerativo da cartilagem articular, manifestado por dor ao movimento, derrame articular, etc. Também denominado artrose.
2 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
3 Cartilagem: Tecido resistente e flexível, de cor branca ou cinzenta, formado de grandes células inclusas em substância que apresenta tendência à calcificação e à ossificação.
4 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
5 Articulações:
6 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
7 Coluna vertebral:
8 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
9 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
10 Esqueleto:
11 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
12 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
13 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
14 Inchaço: Inchação, edema.
15 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Líquido sinovial: Gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. Ele é encontrado na cavidade da cápsula articular.
18 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
19 Intermitentes: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
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