Anosmia ou perda do olfato: o que é isso?
O que é anosmia?
Anosmia é o termo técnico que se usa para referir-se à perda total do olfato. A simples diminuição dele é chamada de hiposmia, a olfação ultrassensível é dita hiperosmia e as sensações alteradas do olfato são nomeadas disosmias. Geralmente consideramos nossa olfação como coisa garantida e nem nos damos conta do papel que ela tem nas nossas vidas. Contudo, basta que ela nos falte para percebermos sua importância. A anosmia (ou a hiposmia) pode ser transitória ou permanente. A anosmia transitória perdura apenas por certo tempo, podendo ser tratada e tem cura. A outra, não. Para que se perceba os odores das coisas é necessário que elas desprendam partículas que penetrem pelas narinas e atinjam as células1 olfativas, gerando estímulos que são transmitidos ao cérebro2. Lá, eles são decodificados e reconhecidos como odores. Qualquer distúrbio que interfira nesse mecanismo leva a alterações na olfação.
Quais são as causas da anosmia?
A anosmia transitória pode ser causada por obstrução nas fossas nasais ou por uma inflamação3 na língua4. Às vezes também pode ocorrer por uma lesão5 passageira do nervo olfativo ou de outras doenças. Uma causa frequente e comum de anosmia transitória é a gripe6. Alguns medicamentos, como anfetaminas, estrogênio, nafazolina, fenotiazinas, reserpina e o uso prolongado de descongestionantes nasais podem causar esse efeito.
A anosmia permanente, por seu turno, geralmente é causada por lesão5 grave e irreversível dos nervos olfativos, em função de traumas, infecções7, tumores, radioterapia8, intoxicação por chumbo9, cirurgia nasal ou nos seios10 da face11, envelhecimento, traqueostomia12, pólipos13 e deformidades do septo nasal14, mas pode também ser congênita15 ou genética.
As doenças de Alzheimer16 e Parkinson cursam com uma diminuição significativa do olfato, que pode ser o primeiro sintoma17 dessas doenças.
Quais são os principais sinais18 e sintomas19 da anosmia?
A anosmia é um sintoma17 e não uma doença, sendo uma consequência de alguma doença ou de alguma condição que levou a este sintoma17. O sintoma17 definidor da anosmia é a incapacidade de sentir odores, mas a anosmia também prejudica o paladar20, pois 80% do sabor depende do olfato. Sem o olfato, a pessoa anósmica não pode diferenciar, por exemplo, um café sem açúcar21 de um purgante, já que os dois são amargos e são percebidos igualmente pelo paladar20. Esse distúrbio do paladar20 pode levar a um desinteresse por comer, com consequente perda de peso.
Como o médico diagnostica a anosmia?
O médico começa a diagnosticar a anosmia a partir das queixas de perda de olfato e das alterações do paladar20, mas pode proceder a exames endoscópicos das fossas nasais e a exames de imagens que ajudam a esclarecer as causas dessa condição. Existem também kits com múltiplos odores que ajudam o doente a perceber e a qualificar seu tipo de perda olfativa.
Como o médico trata a anosmia?
O tratamento da anosmia depende de sua causa. As congestões nasais podem ser tratadas de maneira simples com spray de vasoconstritores nasais. No caso de haver infeções virais ou alergias, essas situações devem ser tratadas. Os pólipos13 nasais podem requerer tratamento cirúrgico.
Como evolui a anosmia?
Grande parte das anosmias ou hiposmias é transitória e depende da evolução das doenças que as causa. Em casos de lesões22 definitivas do mecanismo olfativo as anosmias ou hiposmia podem ser irreversíveis.
Quais são as complicações possíveis da anosmia?
A anosmia pode ter consequências graves e até fatais para seus portadores ao não lhes permitir reconhecer os odores de substâncias estragadas, como um leite azedo, ou do vazamento do gás de cozinha, por exemplo. Por isso, essas pessoas devem ter atenção redobrada para evitar situações de risco.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, da Fundação Otorrinolaringologia, do International Archives of Otorhinolaryngology e do Brazilian Journal of Otorhinolaryngology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.