Silicose: o que é? Quais as causas e os sintomas? Como evitar?
O que é silicose1?
A silicose1 é uma pneumoconiose2 (doenças pulmonares causadas pelo acúmulo de poeira nos pulmões3) causada pela inalação de partículas de sílica. A sílica (ou óxido de silício) é o principal componente da areia e matéria prima para a fabricação do vidro e do cimento. As consequências da inalação dessa substância (principalmente se muito duradoura), limita muito a capacidade respiratória da pessoa afetada, tanto no que diz respeito à capacidade de oxigenação do sangue4 quanto à expansão pulmonar, com repercussão em outras funções orgânicas, sobretudo cardíaca. A silicose1 é, pois, uma doença profissional e geralmente afeta os mineiros que trabalham em túneis e galerias e todas as demais pessoas expostas ao pó de sílica.
A sílica se deposita nos alvéolos pulmonares5, causando graves danos a eles e levando a uma fibrose6 pulmonar nodular irreversível.
Quais são as causas da silicose1?
A silicose1 é causada pela inalação geralmente crônica de partículas de sílica e leva alguns anos para manifestar sintomas7, os quais são, no entanto, inevitáveis, a menos que a inalação seja precocemente interrompida. A princípio podem aparecer nos pulmões3 pequenas áreas cicatriciais, que são conhecidas como silicose1 nodular simples, as quais posteriormente evoluem para áreas mais extensas de fibrose6 pulmonar.
Quais são os principais sinais8 e sintomas7 da silicose1?
A intoxicação maciça e aguda por sílica pode provocar dificuldades respiratórias, febre9 e cianose10. A silicose1 crônica causa uma fibrose6 progressiva dos alvéolos pulmonares5, o que leva a dificuldades respiratórias e baixa oxigenação do sangue4, provocando tontura11, fraqueza e náuseas12 e, muitas vezes, incapacitando o trabalhador. O coração13 é submetido a um esforço maior que o normal porque tem que trabalhar com mais intensidade para garantir a oxigenação do organismo e disso decorrem consequências sobre esse órgão (insuficiência cardíaca14, por exemplo). Deve-se estar atento para o fato de que a silicose1 favorece o aparecimento da tuberculose15 pulmonar.
Como o médico diagnostica a silicose1?
O diagnóstico16 da silicose1 é feito mediante o histórico clínico e ocupacional do paciente e por meio de exames de imagens do tórax17.
Como o médico trata a silicose1?
Uma vez estabelecida, a silicose1 não tem cura, mas a evolução da doença pode ser detida se a exposição ao pó de sílica for interrompida. Contudo, deve-se tratar sintomaticamente as queixas existentes. As pessoas com dificuldades respiratórias, por exemplo, podem ser aliviadas com dilatadores brônquicos e com medicamentos que procuram eliminar as secreções das vias aéreas. Se houver insuficiência cardíaca14 ou tuberculose15 concomitantes, essas doenças devem ser tratadas com os meios adequados a elas.
Como prevenir a silicose1?
A melhor maneira de prevenir a silicose1 é evitar expor-se ao pó de sílica, mas se isso for de tudo impossível, procure adotar as medidas de segurança do trabalho, adequadas para o caso, já que a silicose1 é uma doença profissional.
Como evolui a silicose1?
A silicose1 pode vir a causar incapacidade para o trabalho.
Os pacientes com silicose1 são mais sujeitos à tuberculose15 e por isso devem ser submetidos a controles periódicos.
Algumas vezes a silicose1 pode causar a morte do paciente, ou por si mesma ou pelas complicações que acarreta.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.