Pediculose: o que devemos saber sobre os piolhos?
O que é pediculose?
Pediculose é uma infestação1 causada por um parasita2 que pode ser encontrado no couro cabeludo (popularmente chamado de piolho), no corpo e no púbis3 (popularmente chamado de chato), regiões do corpo cobertas por pelos. Normalmente, os parasitas sugam o sangue4 da pele5, nessas regiões, e as fêmeas depositam seus ovos nos fios de cabelo6.
Nos animais, a pediculose também é comum, sendo causada por uma grande variedade de espécies específicas.
Quais são as causas da pediculose?
A pediculose humana é causada por diferentes espécies do Pediculus humanus. Os piolhos da cabeça7 são os Pediculus humanus capitis, os do corpo são os Pediculus humanus humanus e os do púbis3 os Pthirus púbis3.
A pediculose do couro cabeludo é, de longe, a mais frequente. É transmitida principalmente pelo contato interpessoal direto, mas também pode passar pelo compartilhamento de objetos como roupas, toalhas, bonés, gorros, escovas de cabelo6, pentes, etc. É altamente transmissível e em locais de concentração de pessoas, como escolas, quarteis e presídios, por exemplo, é comum que ocorram verdadeiros surtos da doença.
Quais são os sinais8 e sintomas9 da pediculose?
A manifestação mais chamativa da doença é uma coceira intensa na área afetada, à qual podem se associar pontos avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos. Com a coçadura, as lesões10 se deformam e pode ocorrer infecção11 secundária por bactérias. Pode haver crescimento dos gânglios12 das áreas comprometidas. Os parasitas, embora muito pequenos (cerca de 2,5 milímetros) podem ser visíveis. Geralmente há a presença de lêndeas esbranquiçadas e lustrosas, que são os ovos do parasita2, depositadas nos fios de cabelo6.
Como o médico diagnostica a pediculose?
Em geral, a pediculose se denuncia por um intenso prurido13 da área afetada. A confirmação mais direta é feita pela constatação da presença do parasita2 e da respectiva lêndea.
Os parasitas que infestam o couro cabeludo, o corpo ou a região pubiana14 são ligeiramente diferentes entre si, mas em geral se trata de um inseto pequeno, com cerca de 2,5 milímetros de comprimento e de cor marrom-acinzentado. A lêndea tem forma ovalada, de cor branca e lustrosa que se distingue da caspa porque está sempre grudada a um fio de cabelo6.
Como se trata a pediculose?
O tratamento da pediculose consiste na aplicação local de medicamentos para o extermínio dos parasitas, geralmente inseticidas ou loções antiparasitárias. Existem também tratamentos orais, em comprimidos, que podem ser prescritos por um clínico geral, pediatra ou dermatologista.
Tanto as aplicações locais quanto o tratamento oral devem ser repetidos após sete dias, para atingirem os novos parasitas que resultaram dos ovos ainda não eclodidos quando da primeira vez. Nos casos mais simples o tratamento local pode ser suficiente. Nos de pediculose do couro cabeludo é importante lavar a cabeça7 e utilizar um pente fino para a retirada dos piolhos e das lêndeas. Para facilitar a remoção das lêndeas, pode ser usada uma solução de vinagre e água em partes iguais, embebendo os cabelos por meia hora antes de serem lavados.
Como prevenir a pediculose do couro cabeludo?
- Lavar os cabelos com frequência.
- Pentear ou escovar os cabelos diariamente.
- Revisar frequentemente a cabeça7 das crianças, principalmente atrás das orelhas15 e na nuca.
- Limpar pentes e escovas com frequência.
- As crianças que frequentam a escola devem manter os cabelos curtos ou muito bem tratados e limpos.
- As crianças contaminadas devem deixar de ir à escola enquanto dure a infestação1.
- As meninas de cabelos compridos devem ir à escola com os cabelos presos.
- Advertir as crianças para não compartilhar pentes, escovas de cabelo6, bonés, gorros, bandanas, arcos, etc.
- A escola deve ser comunicada quando a criança apresentar a doença. E deve comunicar aos pais que examinem os cabelos das crianças.
- Há uma crença errônea de que a pediculose está associada à falta de higiene. A melhor maneira de evita-la é adotar essas medidas de prevenção.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.