Diplopia: o que é? Quais as causas e os sintomas? Como são o diagnóstico e o tratamento? Existe prevenção? Quais as complicações possíveis?
O que é diplopia1?
A diplopia1, ou visão2 dupla, é a condição em que uma pessoa vê duas imagens de um mesmo objeto, o que corresponde mais ou menos ao defeito que na televisão se chama “fantasma”. Normalmente, cada olho3 produz uma imagem dos objetos, mas o cérebro4 as funde e as vê como se fossem uma só. Na diplopia1 o cérebro4 não consegue reuni-las e as vê como duplas. A diplopia1 é dita monocular se a visão2 continua dupla num único olho3, mesmo se o outro olho3 for ocluído e binocular se a visão2 dupla só ocorre quando se está olhando com os dois olhos5 e desaparece se um dos olhos5 for ocluído. Fala-se em poliplopia quando são percebidas três ou mais imagens superpostas, de um único objeto.
Quais são as causas da diplopia1?
A diplopia1 monocular pode ser causada, entre outras coisas, por astigmatismo6, ceratocone, pterígio, catarata7, luxação8 do cristalino9, massa tumoral ou edema10 da pálpebra, olho3 seco e alguns problemas da retina11.
A diplopia1 binocular pode ser causada por um problema que afete os músculos12 que controlam o movimento dos olhos5 e a direção do olhar, tais como estrabismo13, lesão14 dos nervos ou músculos12 extrínsecos do olho3, doenças como o diabetes15, miastenia16 gravis e doença de Graves (uma das formas de hipertireoidismo17) e traumatismo18 dos músculos12 oculares. Os nervos cranianos envolvidos são o oculomotor, o troclear e o abducente.
Quais são os principais sinais19 e sintomas20 da diplopia1?
A diplopia1 consiste quase só no sintoma21 de ver duas imagens de um único objeto o que, no entanto, causa grande desconforto, mas pode haver também dor de cabeça22 e, eventualmente, náuseas23 e vômitos24, sobretudo quando o sintoma21 surge agudamente. A esses sintomas20 podem se ajuntar os sintomas20 da doença causal.
Como o médico diagnostica a diplopia1?
O sintoma21 da visão2 dupla na maioria das vezes é relatado pelo próprio paciente. Ao médico cabe diagnosticar em primeiro lugar se a visão2 dupla que ele alega é monocular ou binocular, pedindo a ele para tapar um dos olhos5 e, em seguida, o outro. Geralmente o paciente já fez isso por si mesmo e é capaz de relatar o resultado. No exame físico deve ser feita a medição da acuidade visual25, um exame cuidadoso do alinhamento dos olhos5 em relação às várias posições da cabeça22, exames direto dos olhos5 e das órbitas. Cabe ao médico diagnosticar a causa do problema, em que grau se encontra e quais músculos12 oculares que estão afetados. Uma vez que a diplopia1 pode ser progressiva, cabe também a ele monitorar a evolução do problema. A questão pode ser mais difícil nas crianças que ainda não são capazes de explicar o que estão sentindo. Nesses casos, os adultos que cuidam dela podem notar que a criança pisca os olhos5 em demasia, tapa um olho3 com a mão26, vira a cabeça22 anormalmente ou olha de lado.
Como o médico trata a diplopia1?
O tratamento da visão2 dupla depende da sua causa e varia desde o uso de óculos ou lentes de contato até cirurgias. Se a visão2 dupla é causada por uma doença sistêmica, impõe-se o tratamento dela. Outros recursos podem ainda ser tentados como injeções de toxina27 botulínica, como tentativa de enfraquecer os músculos12 oculares mais fortes, que se opõem aos demais, buscando com isso criar uma sinergia entre eles. Alguns casos exigirão exercícios de ortóptica28.
Como evolui a diplopia1?
A diplopia1 é uma condição reversível na medida em que suas causas sejam sanáveis. Em alguns casos pode haver desalinhamento permanente dos olhos5, exigindo correções mais especializadas.
Nas crianças com estrabismo13, o prognóstico29 costuma ser muito bom se a situação for detectada e tratada precocemente.
Como prevenir a diplopia1?
A prevenção da diplopia1 está ligada à prevenção das condições ou doenças que são suas causas.
Quais são as complicações possíveis da diplopia1?
Quando a diplopia1 persiste por um longo prazo, o cérebro4 pode compensar as duas imagens suprimindo uma delas, de modo a perceber uma única imagem, fazendo com que um dos olhos5 deixe de funcionar, com a consequente perda da visão2 naquele olho3.
As diplopias binoculares, por sua vez, podem ser complicações de doenças que implicam perigo de vida, como aneurismas, acidentes vasculares30 cerebrais e traumatismos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.