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Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?

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Como evitar o corrimento vaginal?

  • Use roupas que não comprimam a região genital. As calças devem ser mais largas, de tecidos leves e não sintéticos.
  • Dê preferência para o uso de calcinhas de algodão. Evite tecidos sintéticos como lycra ou nylon. Uma boa opção é aproveitar o período noturno para deixar a pele1 da região genital respirar, para isso a mulher pode dormir sem calcinha.
  • Roupas íntimas devem ser lavadas com sabão de côco ou sabão neutro. O uso de amaciantes e água sanitária é contra-indicado, já que esses produtos aderem à fibra do tecido2 e podem levar ao desenvolvimento de vaginites químicas.
  • Procure imediatamente um ginecologista no início dos sintomas3 e jamais use medicamentos por conta própria.
  • Para a higiene íntima use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital. Evite os sabonetes comuns e os que contém cremes hidratantes ou corantes.
  • Evite desodorantes íntimos e produtos como talcos ou perfumes.
  • Duchas vaginais podem retirar a proteção natural da vagina4, favorecendo o crescimento de fungos ou bactérias.
  • Evite o uso excessivo de tecidos sintéticos e jeans.
  • Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol. E passe com ferro as calcinhas antes do uso.
  • Evite ficar muito tempo com biquinis molhados.
  • Para depilação da região genital deve sempre ser usada cêra descartável e observar as condições de higiene do local que oferece o serviço.
  • Durante a menstruação5, troque o absorvente quantas vezes forem necessárias, dependendo do fluxo e com um mínimo de três vezes ao dia.
  • O uso de absorventes diários não é recomendado. Eles impedem a transpiração6 da região genital, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias.
  • Absorventes internos podem ser usados desde que trocados com regularidade.
  • Evite papel higiênico colorido ou perfumado. Eles podem agredir a mucosa7 genital.
  • Um lubrificante íntimo pode ser uma boa alternativa para manter a lubrificação da mulher durante a relação sexual.
  • Procure um ginecologista regularmente para realizar exames ginecológicos preventivos. Não use medicamentos por conta própria. A auto-medicação é uma das principais causas de corrimentos crônicos.

 

O que é corrimento vaginal?

Caracteriza-se por uma irritação na vagina4 ou na vulva8 ou por saída de secreção vaginal anormal (corrimento) que pode ou não apresentar cheiro desagradável.

Pode ser acompanhado de coceira, ardência ou aumento da freqüência urinária.

Corrimento vaginal

Como é feito o diagnóstico9?

O diagnóstico9 é feito pelo ginecologista através da história clínica da paciente, exame ginecológico e eventualmente exames complementares.

As características do corrimento ajudam muito na identificação do agente causal, por isso uma visita ao ginecologista é muito importante para solucionar o problema.

 

Quais são as causas de corrimento vaginal?

As causas mais comuns são:

  • Infecções10 vaginais
  • Infecções10 do colo do útero11
  • Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)

Na infância, são comuns as vulvovaginites inespecíficas causadas por higiene inadequada e pela maneira incorreta de realizar a higiene após a evacuação - que sempre deve ser feita de frente para trás, evitando o contato de fezes com a vagina4.

ABCMED, 2009. Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/37918/corrimento-vaginal-o-que-e-e-como-evita-lo.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
2 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Vagina: Canal genital, na mulher, que se estende do ÚTERO à VULVA. (Tradução livre do original
5 Menstruação: Sangramento cíclico através da vagina, que é produzido após um ciclo ovulatório normal e que corresponde à perda da camada mais superficial do endométrio uterino.
6 Transpiração: 1. Ato ou efeito de transpirar. 2. Em fisiologia, é a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas da pele; sudação. Ou o fluido segregado pelas glândulas sudoríparas; suor. 3. Em botânica, é a perda de água por evaporação que ocorre na superfície de uma planta, principalmente através dos estômatos, mas também pelas lenticelas e, diretamente, pelas células epidérmicas.
7 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
8 Vulva: Genitália externa da mulher, compreendendo o CLITÓRIS, os lábios, o vestíbulo e suas glândulas.
9 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
10 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
11 Colo do útero: Porção compreendendo o pescoço do ÚTERO (entre o ístmo inferior e a VAGINA), que forma o canal cervical.
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Comentários

26/04/2010 - Comentário feito por meirerafa@hotmail.com
Re: Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
Parabens pela lição , pois nem sempre os médicos tem o prazer de nos informar uma coisa que é tão populamente"duvidosa".

22/03/2010 - Comentário feito por Elizandra
Re: Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
Adorei essa informação.
E sempre que possível,
irei indica-la a outras pessoas.
Tenho absoluta certeza que irão gostar.
Pois tenho várias amigas que também tem as mesmas dúvidas.

15/03/2010 - Comentário feito por MÍRIAM
Re: Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
ADOREI ESTA MATÉRIA, POIS SÓ VEM A NOS ENSINAR COMO DEVEMOS PROCEDER COM ESSA ÁREA DO NOSSO CORPO, QUE TANTAS VEZES NOS INCOMODA COM BACTÉRIAS E FUNGOS.
PARABÉNS.

12/03/2010 - Comentário feito por Eladir
Re: Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
O assunto abordado é interessante. Acrescentou conhecimentos, que nunca são demais.

02/01/2010 - Comentário feito por Patricia
Re: Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
Gostei da materia.Tambem nao sabia sobre os protetores.Valeu!

29/09/2009 - Comentário feito por FLAVIA
Re: Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
Importante e interessante...não sabia q usar protetores diarios não é aconselhavel; a maioria dos outros cuidados são mais conhecidos. Muito boa a materia.

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