Inveja - O que é? Como as pessoas reagem a ela?
O que é inveja?
A inveja pode ser definida como o sentimento de frustração e rancor gerado perante uma vontade não realizada de possuir os atributos, qualidades ou bens de uma outra pessoa. Assim, a inveja é uma experiência de inferioridade e de desgosto diante da felicidade do outro.
Uma forma mais maligna de inveja é aquela em que a pessoa deseja igualar-se à outra, procurando fazer com que ela perca as qualidades ou posses invejadas. Assim, a pessoa invejosa não só é infeliz por sua inveja, mas também por desejar infligir desgraças aos outros. Nesse caso, a pessoa que inveja por vezes tenta destruir na outra as qualidades que inveja e não obtê-las também para si.
Além disso, adentrando-se ao campo da patologia1 psicológica, a inveja é um sintoma2 comum em certos transtornos de personalidade, como na Síndrome3 de Borderline, no Transtorno de Personalidade Passivo-Agressiva e no Transtorno de Personalidade Narcisista.
Embora a inveja seja geralmente vista como algo negativo, ela pode, por outro lado, ser uma força motriz que leva as pessoas a adquirir as qualidades positivas que invejam.
Leia mais sobre "Personalidade narcisista", "Personalidade borderline", "Neuroses" e "Testes de Personalidade".
Como cada pessoa reage à inveja?
Pode-se, pois, ter dois tipos de inveja: uma inveja maliciosa e uma inveja benigna. A inveja maliciosa é uma força doentia que arruína uma pessoa e sua mente, fazendo com que ela deseje cegamente fazer sofrer a pessoa invejada, fazendo com que ela perca suas posses, físicas ou psicológicas. Por outro lado, a inveja benigna pode ser um tipo de força motivacional positiva que faz com que a pessoa aspire a ser tão boa quanto a pessoa invejada. Portanto, a inveja benigna pode ser usada de maneira correta e positiva.
Uma teoria que ajuda a explicar a inveja e seus efeitos sobre o comportamento humano é a teoria evolucionista de Darwin, quando aplicada à sociedade. Com base nela, pode-se predizer que os seres humanos se comportam de maneira a aumentar sua sobrevivência4 individual e a reprodução5 de seus genes. Assim, esta teoria fornece uma base para a compreensão de que cada indivíduo deseja o melhor para si. Dessa forma, o comportamento social e as experiências da inveja estariam enraizadas nas tendências biológicas para a sobrevivência4 e a procriação.
Os sentimentos sociais ou individuais de inveja podem gerar ações e atitudes que de fato prejudiquem outras pessoas. Num sentido individual, algumas pessoas usam certos objetos como amuleto ou talismã para se protegerem contra a inveja e o mau olhado, entre eles, o olho6 grego, o pé de coelho, a figa, a ferradura, etc. Acredita-se que eles possam trazer sorte e proteger as pessoas de qualquer energia negativa direcionada pela inveja e mau olhado.
A Psicanálise demonstrou que a inveja inconsciente pode levar as pessoas a comprometerem suas relações com as demais e a atos delituosos e até criminais, sem que a pessoa se dê conta de suas motivações. A maneira de tratar ou minimizar a inveja e seus efeitos consiste em a pessoa se submeter ao tratamento psicanalítico, que lhe permite tomar consciência de suas reais motivações e a controlá-las.
Veja também sobre "Complexo de Édipo", "Complexo de inferioridade", "Estresse", "Histeria", "Neurose7 de angústia" e "Esgotamento mental ou síndrome3 de Burnout".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.