Meu ombro está doendo - será bursite do ombro ou síndrome do impacto do ombro?
O que é bursite1 do ombro?
Bursite1 é uma doença ortopédica caracterizada pela inflamação2 da bursa, uma bolsa cheia de líquido, existente no interior das articulações3, cuja finalidade é amortecer o atrito entre ossos, tendões4 e músculos5. A bursite1 pode acontecer em qualquer articulação6, mas é mais comum no ombro, a tal ponto que as pessoas leigas chegam a pensar que ela só existe nesta localização.
A bursite1 do ombro, também chamada de bursite1 subacromial, bursite1 subdeltoidea ou simplesmente bursite1, é, pois, a inflamação2 da bolsa do ombro.
Quais são as causas da bursite1 do ombro?
As causas mais comuns das bursites são traumatismos ou infecções7 articulares, uso excessivo e repetitivo das articulações3, lesões8 por esforços, artrites e gota9. Nem sempre as causas da bursite1 podem ser determinadas e muitas vezes elas surgem aparentemente “do nada”.
A bursite1 no ombro pode ser causada pelo uso excessivo dos braços, mas também pode ocorrer em razão de lesões8 na articulação do ombro10, problemas articulares, como gota9 ou artrite reumatoide11, pancadas diretas no ombro e infecções7 no ombro, após cirurgia, por exemplo. A bursite1 no ombro também ocorre em indivíduos que fazem movimentos repetitivos com os braços, como pintar por várias horas, digitar no computador, costurar ou limpar janelas.
Qual é o mecanismo fisiopatológico da bursite1 do ombro?
O ombro é uma das mais complexas articulações3 do nosso corpo. Dela participam três ossos e diversos músculos5, tendões4 e ligamentos12 que permitem que o braço se movimente de forma multiaxial e possibilitam uma grande amplitude de movimentos. Para diminuir o atrito, amortecer o impacto e permitir o deslizamento entre as estruturas anatômicas do ombro existe a bursa, uma pequena bolsa cheia de líquido, localizada abaixo do acrômio13 (extremidade superior do osso escápula14) e do músculo deltoide15. A bursite1 do ombro é a inflamação2 desta bursa.
Quais são as principais características da bursite1 do ombro?
A bursite1 do ombro provoca dor na parte externa ou na frente do ombro, que pode irradiar para o braço, e incapacidade de movimentar a articulação do ombro10, principalmente elevar os braços além da cabeça16 ou levá-los às costas17. Pode haver ainda um aumento da sensibilidade local à pressão, calor e inchaço18.
Geralmente a bursite1 do ombro acomete desportistas que fazem movimentos do braço acima da cabeça16, tais como nadadores, tenistas e arremessadores de peso. Também pode ocorrer em atividades como carpintaria, costura e pintura.
A bursite1 do ombro faz parte de um quadro chamado de síndrome19 do impacto do ombro, que é uma patologia20 do ombro na qual não apenas a bursa encontra-se inflamada, mas também os músculos5 que passam pelo espaço subacromial apresentam sinais21 de tendinite22 (inflamação2 dos tendões4).
A dor da bursite1 do ombro localiza-se na parte superior do braço, ao longo do músculo deltoide15, podendo irradiar-se até quase o cotovelo. A dor tende a iniciar-se de forma leve e acentuar-se progressivamente durante dias ou semanas, agravando-se com a movimentação do braço, principalmente quando se tenta levantá-lo acima da linha do ombro. Esse movimento pode mesmo se tornar impossível. Essa dor no ombro e dificuldade para mover o braço são os sintomas23 mais comuns da bursite1 subacromial e da síndrome19 do impacto do ombro.
Como o médico diagnostica a bursite1 do ombro?
O diagnóstico24 da bursite1 do ombro a partir dos sintomas23 é relativamente simples, desde que seja colhida uma boa história clínica e feito um correto exame físico. Havendo dúvidas, o médico pode ainda solicitar uma radiografia, uma ultrassonografia25 ou uma ressonância nuclear magnética do ombro.
Outras informações podem ser vistas nos artigos sobre "Bursite1", "Dores no ombro", "Lesão26 por esforço repetitivo ou L.E.R." e "Artrite27".
Como tratar a bursite1 do ombro?
Quando o indivíduo segue corretamente o tratamento fisioterapêutico e se vale dos tratamentos médicos sintomáticos, esta é uma doença habitualmente curável.
O tratamento da bursite1 aguda do ombro deve obedecer ao repouso absoluto ou relativo daquela articulação6, na dependência da gravidade do problema, imobilização temporária da articulação6 e administração de analgésicos28, anti-inflamatórios, corticoides, relaxantes musculares e aplicação de gelo. Os exercícios de fisioterapia29 ajudam a fortalecer os músculos5 da articulação6 e a restaurar a amplitude dos movimentos.
Em alguns casos, de bursite1 crônica, pode ser necessário extrair líquido da articulação6 e injetar corticoides, para reduzir a inflamação2. Se a causa da bursite1 for uma infecção30 bacteriana, deverá ser tratada com antibióticos. A drenagem31 cirúrgica raramente é necessária.
Como evolui a bursite1 do ombro?
A bursite1 do ombro tem uma tendência a recidivar. Para prevenir novas crises, assim que houver uma melhora do quadro clínico, a pessoa deve começar a praticar exercícios leves e ir aumentado o esforço gradualmente. Mesmo com o tratamento adequado a cura total pode levar meses. Após a cura, o indivíduo deve continuar a prática de exercícios ou esporte de que goste, para manter a articulação6 bem lubrificada e os músculos5 fortalecidos.
Como prevenir a bursite1 do ombro?
Para tentar prevenir a bursite1 do ombro, a pessoa deve aquecer e alongar os músculos5 do ombro antes de submetê-los a exercícios. Os exercícios repetitivos devem ser pausados por pelo menos dez minutos a cada hora.
Quais são as possíveis complicações da bursite1 do ombro?
Se a bursite1 no ombro não for tratada nas suas fases iniciais, ela tende a se tornar crônica e de mais difícil solução. A inflamação2 prolongada da bursa pode levar à calcificação32, enrijecimento e perda da sua capacidade de proteger a articulação6.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.