Gordura abdominal: tem jeito de perder a barriga?
O que é gordura1 ou adiposidade abdominal?
Adiposidade abdominal é o acúmulo de gordura1 na parte da frente do abdome2, tornando a pessoa “barriguda”. Ela contribui para elevar os níveis de colesterol3 ruim (LDL4) e de triglicerídeos, aumentar a resistência à insulina5 e reduzir o bom colesterol3 (HDL6). Além disso, é o principal risco para doenças cardíacas.
A gordura abdominal7 masculina localiza-se atrás do músculo reto8 abdominal. Esse mesmo tipo de gordura1 também afeta mulheres depois da menopausa9. A gordura abdominal7 não pode ser retirada por lipoaspiração porque está dentro do abdômen e envolve as vísceras do aparelho digestivo10. Ela aumenta o nível de ácidos graxos na circulação11 e ocasiona uma maior resistência à insulina5, gerando um esgotamento das células12 de Langerhans, podendo conduzir ao diabetes mellitus13. Esses ácidos também provocam uma disfunção do endotélio14 das artérias15 (espécie de capa de revestimento interno das artérias15), produzindo dilatação e constrição16 desses vasos. Essa disfunção pode elevar a pressão arterial17 e favorecer a obstrução dos vasos.
Dessa forma, esse conjunto de alterações aumenta os riscos de doenças cardiovasculares18.
Quais são as causas do maior acúmulo de gordura1 no abdome2?
A maior quantidade de adipócitos19 (células12 gordurosas) do organismo está localizada no abdômen e por isso ele tem grande tendência a acumular mais gordura1 que outras partes do corpo. Alguns fatores externos favorecem o acúmulo de gordura abdominal7: má alimentação, com excesso de alimentos gordurosos e ausência de frutas, verduras e legumes, falta de atividade física, cigarro e bebidas alcoólicas.
Quais são as consequências da adiposidade abdominal?
A adiposidade abdominal favorece ou causa problemas de coluna, pressão alta, acidente vascular cerebral20, infarto do miocárdio21 e outros problemas cardíacos, câncer22 nos órgãos afetados pelo excesso de gordura1, colesterol3 aumentado, artrite23, diabetes24, problemas respiratórios, ronco, riscos com anestésicos em operações e alterações menstruais nas mulheres.
Como “perder a barriga”?
Melhor que “perder a barriga” é não deixá-la formar-se. Para evitá-la, o paciente deve manter-se no peso ideal ou emagrecer caso esteja acima do peso, praticar exercícios físicos periódicos, de preferência os aeróbicos (caminhada, corrida, etc.), comer mais frutas, verduras e legumes, evitando os alimentos gordurosos.
No entanto, se já se formou uma barriga volumosa, a pessoa deve fazer um esforço para perdê-la. Não há como queimar gordura1 em apenas uma parte do corpo. A queima de todas as gorduras do corpo eliminará consequentemente a gordura1 da área desejada, no caso, a barriga. Sempre, a combinação de duas coisas é super importante: (1) alimentação saudável e balanceada e (2) exercícios físicos.
De modo geral, a alimentação deve conter menos alimentos ricos em açúcar25 e em gordura1 para que assim a pessoa gaste a energia acumulada em forma de gordura1 corporal. Algumas estratégias para ajudar a emagrecer e perder barriga, são: acelerar o metabolismo26, tomar dois litros de água por dia, queimar gordura1 por meio de exercícios aeróbicos como caminhada, corrida ou ciclismo, por exemplo, ingerir alimentos sem gordura saturada27, trocar o açúcar25 por adoçantes ou, se possível, eliminá-lo da dieta e comer alimentos ricos em fibras.
Para não voltar a ganhar uma barriga volumosa essas providências devem ser mantidas, de modo a se tornarem um hábito permanente de vida. A melhor motivação para isso são os bons resultados obtidos quando se segue rigorosamente essas recomendações. Outras providências são: mastigar bem os alimentos para facilitar a digestão28, fazer cinco a seis refeições diárias para não chegar à mesa “morrendo de fome”, evitar comer tudo o quê vê pela frente, tomar consciência do que é fome e do que é apenas vontade de comer, dar preferência a alimentos de mais fácil digestão28.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.