Toxemia gravídica: o que uma grávida deve saber sobre ela?
O que é toxemia1 gravídica?
A toxemia1 da gravidez2 é uma condição médica grave que pode ocorrer nas últimas semanas da gravidez2. O termo toxemia1 não é bem adequado e vem do tempo em que se pensava que essa condição fosse causada por substâncias tóxicas (venenosas) no sangue3. É mais correto chamar a doença de pré-eclâmpsia4, antes da fase convulsiva, e eclâmpsia5, mais tarde.
Quais são as causas da toxemia1 gravídica?
As causas da toxemia1 gravídica (pré-eclâmpsia4/eclâmpsia5) ainda não estão claramente entendidas. O feto6 é um corpo parcialmente estranho ao organismo da mulher, porque metade genética dele proveio do pai. Normalmente a mulher desenvolve mecanismos que o protegem e não o rejeitam. Em alguns casos, porém, ele pode liberar na corrente sanguínea da mãe substâncias que ocasionam a hiperêmese gravídica (excesso de vômitos7 do início da gravidez2) ou a vasoconstrição8 e aumento da pressão arterial9. Uma das teorias quanto à causa da toxemia1 gravídica (pré-eclâmpsia4/eclâmpsia5) diz que a pré-eclâmpsia4 e eclâmpsia5 ocorrem em razão de uma vascularização imperfeita da placenta, que causa uma isquemia10 dela e que a placenta em sofrimento produz substâncias que, ao caírem na circulação11 sanguínea materna, causam descontrole da pressão arterial9 e lesão12 nos rins13.
Quais são os fatores de risco para a toxemia1 gravídica?
Alguns fatores favorecem a ocorrência da toxemia1 gravídica (eclâmpsia5/pré-eclâmpsia4):
- História familiar para a condição.
- Muito pouca idade da mãe (gravidez2 na adolescência) ou idade acima de 35 a 40 anos.
- Primeira gestação.
- Gestação gemelar.
- Mãe afrodescendente.
- Ter, previamente, diabetes mellitus14, hipertensão arterial15, lúpus16 eritematoso17, obesidade18 ou doença renal19.
- Algumas teorias propõem que certas deficiências dietéticas possam causar pré-eclâmpsia4 ou eclâmpsia5 em alguns casos.
Quais são os principais sinais20 e sintomas21 da toxemia1 gravídica?
A pré-eclâmpsia4 pode ser assintomática, mas quando há sinais20 ou sintomas21 os principais são hipertensão arterial15, edema22 das mãos23, pés e rosto (devido à acumulação de fluido nos tecidos do corpo) e elevados índices de proteína na urina24. Se a condição se agravar, esses sinais20 e sintomas21 podem se tornar mais dramáticos e a mãe pode sentir tonturas25, visão26 dupla, dores de cabeça27, dores estomacais, taquicardia28, presença de sangue3 na urina24, alterações visuais, náuseas29, vômitos7, hemorragias30 cerebrais, convulsões e coma31.
Como o médico diagnostica a toxemia1 gravídica?
O diagnóstico32 de toxemia1 gravídica (pré-eclâmpsia4/eclâmpsia5) é feito por meio de uma detalhada história clínica e baseia-se nos níveis elevados da pressão arterial9 e nos exames laboratoriais da paciente. Além disso, ocorrem os sintomas21 próprios do quadro. Muito frequentemente esse diagnóstico32 é feito durante o acompanhamento pré-natal. Essa é mais uma das razões que tornam esse acompanhamento muito importante.
Como o médico trata a toxemia1 gravídica?
A toxemia1 gravídica (eclâmpsia5/pré-eclâmpsia4) não pode ser completamente curada até que a gravidez2 seja concluída. Até então, o tratamento compreende o controle da pressão arterial9, a administração intravenosa de medicamentos para prevenir convulsões e de drogas para estimular a produção de urina24. Em alguns casos graves, é necessário interromper gravidez2, para garantir a sobrevivência33 da mãe. As pacientes com diagnóstico32 de toxemia1 gravídica (eclâmpsia5/pré-eclâmpsia4) devem ser submetidas a repouso, controle da pressão arterial9 e adoção de uma dieta com pouco ou nenhum sal. Nos quadros mais graves pode ser aconselhável a internação e a administração de medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes. Nas mulheres com gestação menor que 32 semanas pode-se indicar a cesariana.
Como prevenir a toxemia1 gravídica?
Não há como prevenir a toxemia1 gravídica (eclâmpsia5/pré-eclâmpsia4). A restrição de sal na dieta pode ajudar a reduzir o edema22, mas não impede o aparecimento da pressão alta ou o aparecimento de proteína na urina24. Se a toxemia1 é detectada precocemente, as complicações podem ser reduzidas. Nos casos em que os fatores de risco sejam muito evidentes podem ser adotadas medidas preventivas, como suporte cardiorrespiratório, emprego de anticonvulsivantes, tratamentos anti-hipertensivos e antecipação do parto.
Como evolui a toxemia1 gravídica?
Um grande número de gestantes com toxemia1 gravídica (pré-eclâmpsia4/eclâmpsia5) apresentará complicações graves, com risco de morte, pelo que será indicada a indução antecipada do parto. Com a retirada da placenta, a doença regride espontaneamente.
Quais são as complicações possíveis da toxemia1 gravídica?
Se a toxemia1 gravídica se tornar muito grave ou não for adequadamente tratada, o bebê pode nascer morto. Por outro lado, quanto à mãe, os sintomas21 da eclâmpsia5 podem levar, secundariamente, a doenças cardíacas e renais, além de aumentar o risco do diabetes gestacional34 ou agravar outras doenças pré-existentes.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.