Marcapasso: como ele funciona? Quando é necessário?
O que é marcapasso1?
O marcapasso1 é um aparelho que, implantado em portadores de diversas doenças do coração2, tem a função de corrigir os defeitos do ritmo cardíaco, podendo aumentá-lo, diminuí-lo ou estabilizá-lo, conforme o caso. Quase sempre, no entanto, o marcapasso1 é projetado para tratar um ritmo cardíaco lento.
Os marcapassos tiveram um grande avanço nos últimos anos e atualmente existem muitos modelos diferentes, aplicáveis para as diferentes necessidades clínicas do paciente. O marcapasso1 é implantado debaixo da pele3 e conectado ao coração2 através de um ou mais eletrodos.
Como funciona o marcapasso1?
Um marcapasso1 é um dispositivo de estimulação elétrica composto de três partes:
- Um gerador e emissor de impulsos elétricos
- Um ou dois eletrodos
- Um programador
Duas delas, o emissor de impulsos e o cabo-eletrodo, são colocadas dentro do corpo. A terceira parte, o programador, é mantida em um hospital ou clínica, onde um enfermeiro ou médico usa um computador especializado para ver como o marcapasso1 está trabalhando e para ajustar a sua configuração.
O marcapasso1 é uma pequena caixa metálica que contém circuitos eletrônicos e uma bateria. Ele monitora o coração2 continuamente e envia um impulso elétrico regular para marcar o compasso do coração2 quando seu próprio ritmo é interrompido, está irregular ou é muito lento. O eletrodo é um fio isolado que transporta o minúsculo pulso elétrico desde o emissor de impulsos (marcapasso1, propriamente dito) ao coração2, para regular o ritmo cardíaco. As três partes trabalham juntas para ajustar o ritmo cardíaco, principalmente um ritmo muito lento.
Os geradores de impulsos do marcapasso1 têm, de modo geral, uma duração estimada em seis a oito anos, podendo este tempo ser aumentado com a reprogramação do sistema.
Por que colocar um marcapasso1?
Hoje em dia os marcapassos incorporam funções capazes de devolver ao paciente que necessita deles uma condição de vida muito próxima a de um indivíduo “normal”. O marcapasso1 tem o objetivo de regular os batimentos cardíacos através de estímulos elétricos emitidos pelo dispositivo, especialmente quando o número de batimentos está abaixo do normal, por algum problema na condução do estímulo natural do coração2 pelos seus tecidos.
Como o médico implanta o marcapasso1?
Normalmente trata-se de um procedimento eletivo4, agendado previamente. O tempo de internação é de apenas um dia, para os casos não complicados. Um marcapasso1 definitivo é implantado através de uma cirurgia realizada com anestesia5 local e sedação6 complementar, conforme a condição clínica do paciente, a qual é geralmente muito segura.
Uma incisão7 é feita abaixo da clavícula8, próximo ao ombro, onde se realizará a cirurgia. Os eletrodos são posicionados em locais pré-definidos e guiados através de imagens de radioscopia, vistas em tempo real em um monitor. O médico os coloca no átrio e no ventrículo direitos do coração2. As pontas terminais dos eletrodos estabelecem contato com o músculo cardíaco9 e assim transmitem o impulso elétrico que estimula as batidas do coração2. As outras extremidades são conectadas à unidade geradora e emissora dos impulsos, às vezes chamada de “gerador”, o qual contém baterias e circuitos eletrônicos. Esta unidade é colocada debaixo da pele3, na parte superior do tórax10.
Os eletrodos são passados por uma veia na região torácica e por esta navega até atingir as câmaras adequadas do coração2. Podem ser necessários até três eletrodos, porém usualmente utilizam-se dois e, mais raramente, um só. Estes eletrodos são fixados na camada interna do coração2 (o endocárdio11), num procedimento que é indolor.
A seguir, são realizadas medidas de impedância, de resistência e limiares elétricos e se a área for considerada boa, os eletrodos são fixados e acoplados ao gerador. A pequena abertura na pele3 é fechada por pontos intradérmicos reabsorvíveis, dispensando a necessidade da retirada deles e deixando uma cicatriz12 quase invisível.
O paciente pode ficar no hospital de um a três dias após a cirurgia, na dependência de cada caso. Antes da alta hospitalar, é feita uma análise computadorizada do sistema, para se obter um ponto basal após o implante13. Como preparo, o paciente deve planejar antecipadamente como será a sua vida e atividades durante o período de recuperação da operação. O médico deve explicar ao paciente como o fato de portar um marcapasso1 afetará seu estilo de vida e dar-lhe informações gerais sobre os cuidados e controles futuros e de qual será a duração estimada do marcapasso1.
Quais são as complicações possíveis com a implantação do marcapasso1?
De um modo geral, o implante13 de marcapasso1 é um procedimento seguro, mas há a possibilidade de que o eletrodo perfure um dos pulmões14 ou a veia por onde ele é introduzido ou uma cavidade do coração2. Como qualquer dispositivo elétrico ou mecânico, o marcapasso1 pode deixar de funcionar corretamente. O fio eletrodo pode vir a se “fraturar” e haver necessidade de sua substituição.
Alguns problemas cardíacos, conforme o caso, podem piorar apesar da correção do ritmo. Existem riscos de infecção15 e também de sangramento. A anestesia5 geral, em princípio, tem mais riscos do que a anestesia5 local, mas a anestesia5 local pode não ser suficiente para retirar toda a sensação de dor no local do implante13, levando a um desconforto.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo Clinic, American Heart Association e National Center for Biotechnology Information (NCBI).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.