Como é realizada a phmetria esofágica?
O que é phmetria esofágica?
A phmetria esofágica é um exame em que se mede a acidez do refluxo ácido do estômago1 para e esôfago2 e para a faringe3. Atualmente, é o exame mais adequado para avaliar-se a intensidade do refluxo gastroesofágico4. A phmetria esofágica consiste na medição do pH intraesofágico durante um período contínuo de 24 horas e sua correlação com eventos cotidianos como alimentação, sono, sintomas5, posturas, etc.
Por que fazer uma phmetria esofágica?
A phmetria esofágica ajuda a esclarecer casos de dor torácica de origem não cardíaca, tosse crônica, sintomas5 de refluxo gastroesofágico4, regurgitação6 alimentar, disfagia7 (dificuldade para engolir), odinofagia8 (dor para engolir), vômitos9 ou náuseas10 repetidos e refluxos gastroesofágicos resistentes às terapêuticas clínicas. Também é útil no pré-operatório de cirurgias de hérnia11 de hiato e no controle de cirurgias sobre o cárdia (esfíncter12 que fica localizado na transição entre o esôfago2 e o estômago1).
Em que consiste o exame de phmetria esofágica?
O exame de phmetria esofágica é simples, embora possa acarretar algum desconforto e restrições passageiras. Não há necessidade de nenhum preparo prévio especial. Recomenda-se apenas suspender por uma semana os remédios que o paciente esteja tomando para problemas gastrointestinais (especialmente aqueles que visam diminuir a secreção gástrica) e observar seis horas de jejum. O paciente deve evitar ingerir alimentos muito quentes, frutas cítricas, café, bebidas gasosas, chá preto ou mate, bebidas alcoólicas e fumo.
O exame pode ser realizado em regime de ambulatório ou de hospital-dia. Inicialmente o paciente receberá uma dose de anestesia13 local na narina e na garganta14, em forma de gel ou spray. Em seguida, com o paciente sentado, é introduzida através da sua narina uma sonda flexível até atingir a faringe3. Daí em diante, o paciente deve fazer movimentos de engolir, para que a sonda penetre até atingir o estômago1. Com a sonda nesta posição o paciente deve deitar-se de barriga para cima. Nesta etapa é identificado o cárdia do paciente.
A primeira sonda é removida e uma outra, mais fina e possuindo sensores que registram o pH, é passada pela narina até que sua extremidade fique posicionada a cinco centímetros acima do cárdia. Esta sonda é fixada à narina nessa posição e ligada a um Holter15 (dispositivo portátil que monitora continuamente o pH local do paciente por 24 horas ou mais), colocado numa bolsa presa ao pescoço16 ou à cintura do paciente. Na noite que intermedia o exame, o paciente deve dormir com a cama na horizontal e com um só travesseiro.
O tempo de passagem das sondas dura aproximadamente quinze minutos, mas o paciente deve permanecer com ela por 24 horas e retornar à clínica no dia seguinte para que ela seja retirada e recolhido o Holter15. Durante esse período, o paciente deve continuar com suas atividades e hábitos cotidianos e preencher um diário (em folha normalmente fornecida pelo serviço médico que realiza o exame) registrando os horários em que se alimentou, os eventuais sintomas5 que tenha tido, os horários em que dormiu e acordou e se num dado momento estava deitado, sentado ou em pé, etc. O diário deve ser preenchido corretamente, pois dele dependem as análises a serem feitas pelo médico.
E após o exame de phmetria esofágica?
Após a phmetria geralmente o paciente pode retornar prontamente às suas atividades normais. Logo depois da retirada da sonda o paciente pode sentir certo incômodo na narina e garganta14. Durante o período em que esteja usando o Holter15, o paciente não deve tomar banho nem praticar esportes, para não danificar o aparelho que, tampouco, deve ser exposto a detectores de metais ou a raios X. A retirada da sonda é rápida (dura cerca de menos de um minuto) e não requer qualquer preparo ou jejum.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.