Blefaroplastia ou plástica nas pálpebras: o que é? Como é feita? Qual a evolução?
O que é blefaroplastia1?
A blefaroplastia1 é um tipo de cirurgia plástica que se destina a dar melhor aspecto (um aspecto mais jovem) às pálpebras2, removendo bilateralmente a pele3 descaída delas. À medida que a pessoa envelhece, a pele3 que recobre as pálpebras2, assim como a pele3 de todo o corpo, perde gordura4 e elasticidade5 e torna-se flácida e enrugada. A remoção da pele3 em excesso e a retirada de gordura4 das pálpebras2 tem por fim melhorar a aparência da pessoa.
Quais são as causas da deformidade das pálpebras2?
Em quase todas as pessoas, o envelhecimento ocasiona uma deformidade nas pálpebras2. Fatores genéticos, características familiares e raciais também influem nas alterações da forma das pálpebras2, mesmo em pessoas mais jovens. Além disso, a força da gravidade, o fumo e a radiação solar causam envelhecimento da pele3 e, portanto, das pálpebras2.
Quais são os sinais6 e sintomas7 da deformidade das pálpebras2?
Geralmente aparecem “bolsas de gordura”, tanto nas pálpebras2 inferiores como nas superiores, que fazem as pálpebras2 parecerem “estufadas”, devido à protrusão da gordura4 que normalmente fica em torno do globo ocular8. Em casos mais graves, pode haver diminuição do campo visual9.
Como é feito o tratamento da deformidade das pálpebras2?
A blefaroplastia1 é a cirurgia usada para corrigir as deformidades das pálpebras2. Talvez seja a cirurgia estética mais realizada no mundo. Ela é muito simples, feita em ambulatório e com anestesia10 local. Em cerca de uma hora e meia (blefaroplastia1 total) todo o procedimento é realizado, duração devida mais à sofisticação que à complexidade da técnica.
Na blefaroplastia1 superior, uma dobra horizontal de pele3 é removida, de modo a que a cicatriz11 fique situada ao longo de uma prega natural. Na blefaroplastia1 inferior, a incisão12 é feita abaixo das pestanas13, de modo a que a cicatriz11 fique encoberta pelas mesmas. Após a cirurgia podem ocorrer ardor14, tumefação15 e equimose16 ao redor dos olhos17, que desaparecem normalmente ao fim de alguns poucos dias. As complicações cirúrgicas são raras e quando ocorrem geralmente são discretas e transitórias, como edemas18, hematomas19, conjuntivites20 e equimoses21. Em raríssimas ocasiões podem necessitar novas abordagens cirúrgicas para correção de ectrópio22 ou ptose23 palpebral.
Como evoluem as blefaroplastias?
- Tão logo desapareçam o edema24 e as equimoses21 (uma semana, em média) a aparência melhora muito e retorna ao normal. O resultado completo vem em cerca de três a seis meses. No primeiro mês, é recomendado que a pessoa use óculos escuros com proteção contra raios ultravioletas.
- As cicatrizes25 não ficam aparentes, sendo escondidas pelos sulcos da pele3, mas mesmo antes disso podem ser disfarçadas por maquiagem.
- Compressas frias diminuem a intensidade e reduzem a duração do edema24, devendo ser aplicadas no local de acordo com as recomendações do cirurgião.
- As pálpebras2 podem apresentar a sensação de estarem secas, apertadas ou doloridas, depois da cirurgia. Se necessitar, use os analgésicos26 prescritos pelo seu cirurgião. Evite o uso de qualquer medicamento por conta própria.
- Os olhos17 podem arder ou coçar um pouco, em razão do que podem ser recomendados colírios.
- Nas primeiras semanas pode haver sensibilidade à luz e mudanças temporárias da visão27. Normalmente estas sensações são passageiras e voltam ao normal em algumas semanas.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.