Atalho: 6QBGRSH
Gostou do artigo? Compartilhe!

Densitometria óssea: quem deve fazer este exame? Para que serve?

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é a densitometria1 óssea?

A densitometria1 óssea é um exame moderno e inócuo2 para se medir a densidade mineral dos ossos e compará-la com padrões da idade e sexo do paciente. Ela é importante para diagnosticar e tratar a osteoporose3 e outras doenças que atingem os ossos. A densitometria1 é o único método seguro para avaliação da massa óssea e predição de fratura4 óssea. A técnica radiológica conhecida como DEXA (DualEnergy X-ray Absorptiometry ou absorciometria de raios X de dupla energia) é utilizada atualmente para medir a densidade mineral óssea.

Como se realiza o exame de densitometria1 óssea?

Não é necessário nenhum preparo especial ou jejum, apenas deve-se evitar remédios que contenham cálcio. O exame dura de 15 a 30 minutos. O paciente deve estar deitado sobre uma mesa, do modo orientado pelo técnico, e permanecer imóvel durante o exame. Preferencialmente, deverá utilizar roupas leves, sem zíper, botões ou outros metais e desfazer-se de qualquer objeto metálico. Geralmente é fornecida uma bata para substituir a roupa que o paciente está usando. O tubo de raios X passará lentamente sobre o corpo, fazendo medições. Deve ser mantido um intervalo de pelo menos duas semanas entre a densitometria1 óssea e exames radiológicos contrastados. Apesar de se basear numa dupla emissão de raios X, a exposição à radiação é muito baixa. No entanto, não é recomendado que mulheres grávidas realizem o exame.

Qual a razão para se fazer exame de densitometria1 óssea?

O objetivo principal é avaliar e auxiliar no tratamento da osteoporose3 (doença caracterizada por baixa massa óssea e desarranjo da arquitetura do tecido ósseo5), indicando a probabilidade de fraturas. Os ossos mais afetados pela osteoporose3 são o fêmur6, a coluna, a pelve7 e o punho e, por isso, essas são as partes mais visadas na obtenção das imagens para diagnóstico8. Contudo, a densitometria1 óssea é também utilizada no diagnóstico8 e acompanhamento de casos de osteopenia e de outras enfermidades ósseas.

Quem deve fazer o exame de densitometria1 óssea?

A densitometria1 óssea deve ser realizada periodicamente (pelo menos a cada ano) por todas as mulheres acima de 65 anos e por todos os homens acima de 70 anos. Devem ter atenção redobrada os indivíduos com maiores fatores de risco:

  • Mulheres na pós-menopausa9
  • Pacientes com doenças da tireoide10
  • Pessoas com história familiar de fratura4 ou de osteoporose3
  • Fumantes, sedentários ou etilistas
  • Pacientes com doenças reumáticas, cálculo11 renal12 ou doença gastrointestinal, bem como aqueles em uso constante de corticosteroides

O exame serve também para monitorização da perda óssea em diversas condições clínicas.

Pessoas com deformidades da coluna ou pacientes que tenham sido submetidos à cirurgia da coluna ou artroplastia dos quadris têm limitações para realizar o procedimento. Fraturas ou osteoartrite13 podem interferir no exame.

ABCMED, 2012. Densitometria óssea: quem deve fazer este exame? Para que serve?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/328000/densitometria-ossea-quem-deve-fazer-este-exame-para-que-serve.htm>. Acesso em: 20 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Densitometria: Medição de densidade óptica em chapas fotográficas.
2 Inócuo: 1. Que não causa dano material, físico, orgânico; que não é nocivo ou prejudicial. 2. Que não causa dano moral, psicológico ou afim; improvável de causar ofensa moral. 3. Incapaz de produzir o efeito pretendido.
3 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
4 Fratura: Solução de continuidade de um osso. Em geral é produzida por um traumatismo, mesmo que possa ser produzida na ausência do mesmo (fratura patológica). Produz como sintomas dor, mobilidade anormal e ruídos (crepitação) na região afetada.
5 Tecido Ósseo: TECIDO CONJUNTIVO especializado, principal constituinte do ESQUELETO. O componente celular básico (principle) do osso é constituído por OSTEOBLASTOS, OSTEÓCITOS e OSTEOCLASTOS, enquanto COLÁGENOS FIBRILARES e cristais de hidroxiapatita formam a MATRIZ ÓSSEA.
6 Fêmur: O mais longo e o maior osso do esqueleto; está situado entre o quadril e o joelho. Sinônimos: Trocanter
7 Pelve: 1. Cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ossos ilíacos), sacro e cóccix; bacia. 2. Qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
8 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
9 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
10 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
11 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
12 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
13 Osteoartrite: Termo geral que se emprega para referir-se ao processo degenerativo da cartilagem articular, manifestado por dor ao movimento, derrame articular, etc. Também denominado artrose.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.

Comentários

23/11/2015 - Comentário feito por Maria
Obrigada pelos esclarecimentos, tirou todas as ...
Obrigada pelos esclarecimentos, tirou todas as minhas dúvidas. Descobri inclusive que faço parte do grupo de risco pois, tenho doença reumática.

16/09/2014 - Comentário feito por Gerlanda
Ola fui na consulta com ginecologista ele me pe...
Ola fui na consulta com ginecologista ele me pediu esse exame muito Obrigado pela explicação e pelas orientação de como é realizado pois estava muito preocupada como seria realizado e para que servia sua explicação foi muito importante tirou minhas duvida e me esclareceu completamente !!!!!

26/02/2014 - Comentário feito por Giulliani
Re: Densitometria óssea: quem deve fazer este exame? Para que serve?
Esclarecedor o artigo. Parabéns!!

16/09/2013 - Comentário feito por Luzia
Re: Densitometria óssea: quem deve fazer este exame? Para que serve?
Fiz cirurgia bariátrica há 01 (um)ano e o médico me pediu esse exame "densitometria óssea", e esse artigo me esclareceu como esse exame é feito e qual a finalidade. Fiquei mais tranquila e satisfeita com as informações. Obrigado.

  • Entrar
  • Receber conteúdos