Hiperplasia: definição, diferença entre hiperplasia e hipertrofia, causas, manifestações e evolução
O que é hiperplasia1?
Hiperplasia1 é o aumento do número de células2 de um órgão ou tecido3, e não no volume individual de cada uma delas. A multiplicação excessiva do número de células2 pode levar a um aumento de volume do órgão. Na maioria das vezes, esse crescimento anormal do número de células2 é benigno, mas deve ser visto com atenção porque pode indicar um câncer4.
Hipertrofia5 e hiperplasia1 são processos celulares e podem ocorrer na grande maioria dos sistemas corporais e são uma resposta fisiológica6 do corpo a algum estímulo ou falha.
Qual a diferença entre hiperplasia1 e hipertrofia5?
Na hiperplasia1, acontece é um aumento do número de células2 de um tecido3 ou órgão. Hipertrofia é o aumento do tamanho e do volume das células2, sem aumento do número delas. Quando se sofre uma hipertrofia5, não se desenvolvem células2 novas, apenas aumentam de tamanho as já existentes. Em se tratando dos músculos7, a potência deles é aumentada.
Quais são as causas da hiperplasia1?
A hiperplasia1 (assim como a hipertrofia5) pode ocorrer na grande maioria dos sistemas corporais como resposta fisiológica6 do corpo a algum estímulo. Ocorre por mitose das células2, se a população celular for capaz de sintetizar DNA. Com o envelhecimento, as células2 perdem a capacidade de duplicar seu DNA e sofrer mitose. Por este motivo, entre outros, o corpo das pessoas idosas não guarda mais a sua forma atlética anterior. As hiperplasias dos diversos órgãos onde ela é possível podem ocorrer, entre outros motivos, devido a anormalidades congênitas8, anormalidades hormonais, inflamações9 ou medicações.
O aumento no volume de tecidos ou órgãos após alguns tipos de perda celular pode ocorrer através da proliferação das células2 remanescentes ou pelo desenvolvimento de novas células2.
O que significa a hiperplasia1?
Nem sempre a hiperplasia1 é patológica. Muitas vezes ela é fisiológica6, seja mediada por hormônios (como nos casos de crescimento das mamas10 e do endométrio11 na puberdade, ou do útero12 na gravidez13), seja como uma hiperplasia1 compensatória, que ocorre como um aumento tecidual após algum dano ou ressecção parcial de um órgão ou tecido3. Quase sempre a hiperplasia1 patológica é causada pela estimulação excessiva das células2 alvo por hormônios ou por fatores de crescimento.
Quais são as manifestações mais frequentes da hiperplasia1?
A hiperplasia1 pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas os principais sinais14 e sintomas15 dela dependem dos órgãos afetados. Os mais frequentes são:
- A hiperplasia1 muscular consiste no crescimento do número de células musculares16.
- A hiperplasia1 foveolar é o aumento do número de células2 do estômago17, em geral relacionada a uma inflamação18 gástrica.
- A hiperplasia1 do endométrio11 causa sangramentos menstruais anormais. Pode causar esterilidade19 e, se não for tratada, pode evoluir para neoplasia20 maligna do endométrio11.
- A hiperplasia1 da gengiva quase sempre é causada por medicamentos, sendo a fenitoína o principal responsável por ela. A gengiva interdental anterior é o ponto mais comum de aumento de volume. À medida que o crescimento continua, o tecido3 marginal pode estender-se e quase cobrir a superfície facial das coroas. A hiperplasia1 gengival também pode ser causada por um trauma ou por uma placa21 bacteriana.
- A hiperplasia1 prostática, chamada também hiperplasia1 benigna da próstata22, é um crescimento fisiológico23 da próstata22 que ocorre quase invariavelmente em homens idosos (80% entre os 70 e 80 anos; 100% aos 100 anos). Pode causar dificuldades urinárias que podem chegar à retenção.
Pode-se citar ainda a hiperplasia1 adrenal, hiperplasia1 ductal, hiperplasia1 linfoide24, hiperplasia1 nodular, hiperplasia1 fibrosa, etc.
Como evolui a hiperplasia1?
A simples proliferação das células2 de um tecido3 não as faz sofrer uma transformação maligna. À diferença da simples hiperplasia1, o câncer4 é uma neoplasia20 (crescimento não controlado das células2). As displasias (alterações no tamanho e na morfologia das células2) são lesões25 pré-malignas (podem vir a se tornar malignas).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.