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Pólipos intestinais podem virar câncer?

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O que são pólipos1 intestinais?

Os pólipos1 intestinais são pequenas protuberâncias pediculadas no interior do intestino grosso2, revestidas por mucosa3 semelhante à do intestino. Na verdade, são crescimentos de células4 da mucosa3 do intestino, benignas em sua imensa maioria, que ocorrem principalmente no intestino grosso2 (cólon5). São como verrugas do cólon5. Normalmente, surgem em mais de 30% da população adulta acima de 40 anos e em sua maioria continuarão benignas para o resto da vida. Porém, dependendo do tipo de pólipo6, existe o risco de transformação em câncer7, mas mesmo os que podem sofrer esta transformação demoram muitos anos para fazê-la.

Quais são as causas dos pólipos1 intestinais?

Os pólipos1 intestinais têm uma incidência8 familiar, mas alguns fatores são importantes para desencadeá-los:

  • Idade acima dos 40 anos.
  • Doenças inflamatórias intestinais.
  • Tabagismo.
  • Sedentarismo9.
  • Obesidade10.
  • Dieta rica em gorduras saturadas11 e pobre em frutas, vegetais, fibras e cálcio.
  • Excessos no consumo de bebidas alcoólicas.

Quais são os sinais12 e os sintomas13 dos pólipos1 intestinais?

A maioria dos pólipos1 intestinais não causa sintomas13.

Os pólipos1 de tamanho maior podem causar:

  • Obstrução intestinal.
  • Presença de sangue14 nas fezes, que pode ser inaparente, o chamado “sangue oculto”, em virtude de escoriações15 devido à passagem de fezes endurecidas.
  • Alterações do hábito intestinal.
  • Vontade frequente de evacuar.
  • Dor ou desconforto abdominal ou anal.
  • Sensação de fraqueza.
  • Sensação de gases ou distensão abdominal.
  • Perda de peso sem causa aparente.

Como o médico diagnostica os pólipos1 intestinais?

Em geral os pólipos1 intestinais são diagnosticados durante uma colonoscopia16 realizada para pesquisá-los ou por outros motivos. O diagnóstico17 também pode ser feito por meio de exames radiológicos ou outros exames endoscópicos, como a retossigmoidoscopia18 rígida e a retossigmoidoscopia flexível19.

Exames mais simples podem ser utilizados para auxiliar na detecção precoce de pólipos1, como o exame de pesquisa de sangue14 oculto nas fezes. É de advertir-se, contudo, que um resultado negativo nesses exames não exclui a presença de pólipos1.

A colonoscopia16 permite tanto a visualização dos pólipos1, quanto a retirada deles. Após a retirada dos pólipos1 indica-se que seja feita uma avaliação histológica20 (microscópica) para determinar seu potencial de malignidade ou não.

Como é o tratamento dos pólipos1 intestinais?

Na maior parte das vezes a remoção dos pólipos1 pode ser feita pela colonoscopia16. A remoção não dói e geralmente não causa sangramentos. Raramente o pólipo6 pode ser tão grande a ponto de não permitir sua retirada pelo colonoscópio e tenha que ser feita por uma cirurgia.

Como prevenir os pólipos1 intestinais?

Não há como prevenir os pólipos1 intestinais. Evitar os fatores desencadeantes, quando possível, pode diminuir a incidência8 desta condição.

Como evoluem os pólipos1 intestinais?

Normalmente, a remoção de pólipos1 é segura. Os maiores riscos são a perfuração do cólon5 e o sangramento.

Depois da ressecção do pólipo6, não é comum que este volte, mas isso pode acontecer. Por isso, é necessário fazer um acompanhamento médico com um proctologista.

Em cerca de 30% dos pacientes, pode haver o surgimento de novos pólipos1 em locais distintos.

ABCMED, 2012. Pólipos intestinais podem virar câncer?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/311020/polipos-intestinais-podem-virar-cancer.htm>. Acesso em: 16 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
2 Intestino grosso: O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus. Ele tem um papel importante na absorção da água (o que determina a consistência do bolo fecal), de alguns nutrientes e certas vitaminas. Mede cerca de 1,5 m de comprimento.
3 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
4 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
5 Cólon:
6 Pólipo: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
7 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
8 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
9 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
10 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
11 Gorduras saturadas: Elas são encontradas principalmente em produtos de origem animal. Em temperatura ambiente, apresentam-se em estado sólido. Estão nas carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves e peixes), leite e seus derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.
12 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
13 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
14 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
15 Escoriações: Ato ou efeito de escoriar-se; esfolar-se, ferir-se.
16 Colonoscopia: Estudo endoscópico do intestino grosso, no qual o colonoscópio é introduzido pelo ânus. A colonoscopia permite o estudo de todo o intestino grosso e porção distal do intestino delgado. É um exame realizado na investigação de sangramentos retais, pesquisa de diarreias, alterações do hábito intestinal, dores abdominais e na detecção e remoção de neoplasias.
17 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
18 Retossigmoidoscopia: Exploração visual do reto e da porção terminal do intestino grosso através de um instrumento de fibra óptica (retossigmoidoscópio). Permite também a obtenção de biópsias da mucosa intestinal.
19 Retossigmoidoscopia flexível: A retossigmoidoscopia flexível possibilita o estudo da mucosa do reto e da parte distal do intestino grosso. É um exame realizado na investigação de sangramentos retais, pesquisa de diarreias, alterações do hábito intestinal, dores abdominais e na detecção e remoção de neoplasias.
20 Histológica: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
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Comentários

19/08/2015 - Comentário feito por Rosangela
Fui fazer uma colonoscopia 18/08/2015 e...
Fui fazer uma colonoscopia 18/08/2015 entrei em panico quando o medico me disse que eu tinha Polipos,pensei vou morrer mais depois que entrei no site de vcs fiquei bem mais tranquila.

29/01/2014 - Comentário feito por dorival
Re: Pólipos intestinais podem virar câncer?
Já retirei vários em varias colonoscopias. Tenho divertículos mas não consigo mais tomar o preparo para faze-lo. Da muita náusea. Tem alternativa?

28/07/2012 - Comentário feito por valdirene
Re: Pólipos intestinais podem virar câncer?
adorei o comentario
tirou minhas dúvidas obrigada

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