Colelitíase. Diagnóstico e Tratamento.
Como é feito o diagnóstico1 da colelitíase2?
A história clínica é bem característica e orienta o diagnóstico1. Há uma história de dor abdominal intensa, constante, no lado direito do abdome3 abaixo da costela, próximo ao estômago4 ou nas costas5. A dor é forte, súbita e localizada, com o abdome3 endurecido. Dura de 30 minutos a 5 horas. Náuseas6 e vômitos7 acompanham com frequência a dor abdominal.
Procure um clínico geral, um gastroenterologista ou um cirurgião para avaliar os seus sintomas8.
O exame mais preciso para o diagnóstico1 é a ultrassonografia9 abdominal.
Exames radiológicos podem evidenciar pedras, muitas vezes quando o paciente está investigando uma outra patologia10. Mas os cálculos de colesterol11 (maioria) não aparecem na radiografia. A cintilografia12 também pode ser usada para o diagnóstico1.
Na suspeita de migração do cálculo13 para o canal da bile14, este pode ser diagnosticado e retirado no pré-operatório através da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica e papilotomia endoscópica, respectivamente.
Como é o tratamento da colelitíase2?
Existem pontos de vista conflitantes a respeito do tratamento de pacientes assintomáticos com pedras na vesícula15. Alguns médicos defendem que eles devem ser operados, outros propõem que devem ser simplesmente acompanhados. Deve-se levar em consideração os riscos advindos das complicações e os riscos cirúrgicos nestes casos. A última palavra será sempre dada pelo paciente, após receber as orientações médicas adequadas.
Nos casos em que a cirurgia é realizada, podem ser usadas duas técnicas, a cirurgia aberta ou a cirurgia por via laparoscópica.
Quais as vantagens e as desvantagens de cada técnica cirúrgica?
- Colecistectomia aberta. É realizada com uma incisão16 que varia de 10 a 30 cm. O paciente permanece internado em média 3 dias e necessita de um tempo de recuperação de cerca de 30 dias para retornar às suas atividades físicas.
- Colecistectomia videolaparoscópica. São feitas quatro punções, em uma delas entra um sistema ótico conectado a uma microcâmera e a vesícula15 é retirada por um desses orifícios. A recuperação é mais rápida e o paciente geralmente apresenta menos dor no pós-operatório. Hoje em dia este é o tratamento de escolha para a maioria dos pacientes.
Depois de retirada a vesícula15, existe alguma restrição futura?
A vesícula15 é um órgão que tem a sua função e não deve ser retirada se estiver saudável. Mas, quando há necessidade, após a sua remoção o colédoco dilata e passa a armazenar a bile14.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da da Mayo Clinic, American Gastroenterological Association e American College of Gastroenterology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.