Gastrite. O que sente uma pessoa com gastrite?
O que é gastrite1?
Gastrite1 significa inflamação2 da mucosa3 do estômago4 e deve ser descrita de acordo com critérios histológicos5, ou seja, mesmo que o seu diagnóstico6 seja sugerido por sinais7 ou sintomas8 clínicos, radiológicos ou mesmo endoscópicos, a confirmação final só deve ser feita através do exame microscópico9. O que acontece muitas vezes é que durante uma endoscopia10 os sinais7 são tão exuberantes que o exame histológico11 (biópsia12) é dispensado para uma segunda etapa de controle do tratamento.
É um termo usado para descrever um grupo de condições que tem em comum a inflamação2 do estômago4, frequentemente resultado da infecção13 pela mesma bactéria14 que causa a úlcera15 no estômago4 - o Helicobacter pylori.
Quais os tipos de gastrite1?
A gastrite1 pode ser erosiva, não erosiva, aguda ou crônica.
A diferenciação em gastrite1 aguda ou crônica é feita através da visualização, no microscópio, da presença de células16 específicas que identificam a presença de inflamação2 aguda ou crônica.
A gastrite1 pode acontecer de repente (gastrite1 aguda) ou ir se desenvolvendo lentamente (gastrite1 crônica). Em alguns casos, a gastrite1 pode estar ligada às úlceras17 do estômago4 e aumentar o risco de desenvolver câncer18 gástrico. Para a maioria das pessoas, entretanto, ela não é um problema sério e melhora rapidamente com o tratamento.
Quais são os sintomas8 da gastrite1?
Os sinais7 e sintomas8 incluem:
- Sensação de queimação, dor ou indigestão na região superior do abdome19 que pode melhorar ou piorar com a alimentação
- Náuseas20
- Vômitos21
- Perda de apetite
- Sensação de plenitude gástrica depois da alimentação
- Aumento dos gases ou sensação de inchaço22 no estômago4
- Perda de peso
Os sintomas8 mais comuns na gastrite1 aguda são náuseas20, queimação ou desconforto no abdome19 superior. Já na gastrite1 crônica, é mais comum dor, plenitude gástrica ou perda de apetite. Para muitas pessoas, no entanto, a gastrite1 crônica não causa sinais7 ou sintomas8.
Quando consultar um médico?
É raro uma pessoa que nunca teve indigestão ou dor no estômago4. A maioria dos casos de indigestão é passageiro e não requer atendimento médico. Mas se você apresenta sinais7 ou sintomas8 por uma semana ou mais, procure um médico (gastroenterologista ou clínico geral). Fale com ele quando começou a sentir os incômodos, diga se usou algum medicamento por conta própria, especialmente aspirina ou outros anti-inflamatórios.
Caso você vomite sangue23 vermelho vivo ou em cor de “borra de café” ou tenha fezes escuras, você precisa procurar atendimento médico imediato para saber a causa do problema.
Quais são as causas de gastrite1?
Uma barreira de muco protege a parede do estômago4 das agressões dos ácidos produzidos pelo próprio estômago4 para ajudar na digestão24 dos alimentos. O enfraquecimento desta barreira permite que os sucos digestivos danifiquem e inflamem o revestimento interno do estômago4, causando a gastrite1.
Vários fatores podem contribuir para desencadeá-la, como:
Infecção13 bacteriana
Infecção13 pelo Helicobacter pylori pode causar mais comumente a gastrite1 crônica. Metade da população mundial pode estar infectada por esta bactéria14. A maioria dos infectados não apresenta complicações. Em algumas pessoas, o H.pylori pode romper a barreira de proteção do estômago4 causando mudanças no revestimento interno deste órgão. Esta vulnerabilidade à bactéria14 pode ser herdada ou adquirida.
Uso regular de anti-inflamatórios
Anti-inflamatórios não esteroides como ibuprofeno e naproxeno ou aspirina podem causar gastrite1 aguda ou crônica. Estas substâncias reduzem a produção de uma substância chave que ajuda a preservar o revestimento interno protetor do estômago4. Problemas no estômago4 são menos comuns de acontecer quando estes medicamentos são usados apenas eventualmente.
Excesso de álcool
O álcool pode irritar a mucosa3 gástrica, o que torna o estômago4 mais vulnerável aos sucos gástricos. O uso excessivo de álcool pode causar gastrite1 aguda.
Estresse
O estresse severo como uma cirurgia de grande porte, injúrias traumáticas, queimaduras ou infecções25 graves podem causar gastrite1 aguda. Não há comprovação científica sobre uma relação direta entre desenvolvimento de gastrite1 e estresse psicológico.
Refluxo biliar
A bile26, fluido que ajuda na digestão24 de gorduras, é produzida pelo fígado27 e estocada na vesícula biliar28. A válvula pilórica evita o refluxo da bile26 do intestino ao estômago4, mas se esta válvula não está funcionando bem ou precisou ser removida por uma cirurgia, a bile26 pode refluir para o estômago4 e levar à inflamação2 e à gastrite1 crônica. O próprio corpo ataca as células16 do seu estômago4, é a chamada “gastrite auto-imune”. Ela é mais comum em pessoas com outros problemas imunológicos como doença de Hashimoto, doença de Addison e diabetes tipo 129, e também pode estar associada à deficiência de vitamina30 B12.
Outras doenças e condições
A gastrite1 pode estar associada a outras condições médicas como AIDS/HIV31, doença de Crohn32, infecções25 parasitárias, algumas doenças do tecido conectivo33, insuficiência renal34 ou hepática35.
Envelhecimento
O aumento da idade pode aumentar o risco de gastrite1 pois o revestimento interno do estômago4 tende a ficar mais fino com a idade, a chamada "gastrite1 atrófica36". Idosos têm maior probabilidade de ter infecção13 pelo Helicobacter pylori e doenças auto-imunes que pessoas mais jovens.
Uma pessoa que tem gastrite1 está sujeita a complicações?
Se não tratada, a gastrite1 pode levar a úlceras17 no estômago4 e sangramento. Algumas formas de gastrite1 crônica podem aumentar o risco de câncer18 no estômago4, especialmente se você têm um revestimento interno fino no estômago4 e alterações nas células16 da mucosa3 gástrica.
Fale com seu médico se os sinais7 e sintomas8 não estão melhorando apesar do tratamento da gastrite1.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic e da Johns Hopkins Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.