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Ascaridíase: o que devemos saber sobre ela?

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O que é ascaridíase?

Ascaridíase é uma parasitose causada pelo Ascaris lumbricoides, conhecido popularmente como lombriga ou bicha. São vermes fusiformes, lisos e brilhantes, branco-amarelados, de reprodução1 sexuada, sendo a fêmea maior que o macho (cerca de 40 centímetros de comprimento). As formas adultas podem viver por aproximadamente dois anos.

A ascaridíase é a verminose mais espalhada em todo o mundo e o ser humano é seu único hospedeiro. Após a entrada no organismo, sob a forma de ovos, e uma migração por vários órgãos, as formas adultas se alojam no intestino e se nutrem do bolo alimentar. Um único hospedeiro pode abrigar até 600 desses parasitas, que põem vários milhares de ovos por dia, parte deles eliminados pelas fezes. Em casos de superinfecção2 eles podem alojar-se em outros órgãos, causando complicações graves. Nesses casos os vermes podem ser eliminados pelo ânus3, juntamente com as fezes e, eventualmente, até pela boca4.

Quais são as causas da ascaridíase?

A transmissão do Ascaris lumbricoides ocorre por meio dos ovos eliminados pelas fezes e que, se conservados vivos, contaminam o solo, a água e os alimentos. Depois da ingestão dos ovos, eles fazem uma longa migração pelo organismo humano (fígado5, pulmões6 e coração7) e só chegam ao intestino como vermes adultos depois de dois meses (período de incubação8). A larva se desenvolve principalmente nos solos quentes e úmidos de países tropicais, por exemplo, e onde haja condições precárias de higiene.

Quais são os sinais9 e sintomas10 da ascaridíase?

As fases anteriores à infecção11 intestinal geralmente são assintomáticas, mas também podem aparecer sintomas10 como tosse, irritação brônquica, dificuldade respiratória e febre12. Mesmo as infestações intestinais brandas podem passar sem sintomas10. Quando existem, se a carga de parasitas for alta, os sintomas10 mais comuns da ascaridíase intestinal são:

  • Inapetência13
  • Náuseas14 e vômitos15
  • Diarreias
  • Dores abdominais
  • Pode haver também a presença de vermes nas fezes

Como o médico diagnostica a ascaridíase?

O diagnóstico16 é feito por meio do exame parasitológico de fezes, em que os ovos do Ascaris lumbricoides podem ser observados ao microscópio. O diagnóstico16 também pode ser feito por testes imunológicos ou por exames de imagem, como endoscopias, ultrassonografias e radiografias.

Como o médico trata a ascaridíase?

O tratamento da ascaridíase deve ser feito por fármacos orais como os azólicos (mebendazol, albendazol) e ser acompanhado por medidas de higiene. Em casos de obstrução intestinal, deve-se dar ao paciente uma dose de piperazina ou óleo mineral antes da administração desses medicamentos. O tratamento deve ser repetido após algumas semanas, para reforçar a cura.

Como prevenir a ascaridíase?

A incidência17 da ascaridíase pode ser muito diminuída por uma educação sanitária adequada, destino adequado das fezes humanas, tratamento da água, cuidados no preparo dos alimentos, observação de higiene pessoal estrita, tratamento das pessoas parasitadas, etc.

Como evolui a ascaridíase?

Em alguns adultos pode se formar no intestino um bolo de parasitas, que motiva um quadro de obstrução intestinal.

Pode ocorrer migração de parasitas para os ductos biliar, pancreático ou para o apêndice18, causando colecistite19, pancreatite20 ou apendicite21, respectivamente.

Em casos de infecções22 massivas, os parasitas podem se albergar em órgãos incomuns da infecção11 e provocar hemorragias23 internas graves.

Em pacientes subnutridos, os parasitas alimentam-se das paredes intestinais, podendo causar hemorragias23 internas que podem levar à morte.

ABCMED, 2012. Ascaridíase: o que devemos saber sobre ela?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/330065/ascaridiase-o-que-devemos-saber-sobre-ela.htm>. Acesso em: 5 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
2 Superinfecção: Geralmente ocorre quando os antibióticos alteram o equilíbrio do organismo, permitindo o crescimento de agentes oportunistas, como os enterococos. A superinfecção pode ser muito difícil de tratar, porque é necessário optar por antibióticos eficazes contra todos os agentes que podem causá-la.
3 Ânus: Segmento terminal do INTESTINO GROSSO, começando na ampola do RETO e terminando no ânus.
4 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
5 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
6 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
7 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
8 Incubação: 1. Ato ou processo de chocar ovos, natural ou artificialmente. 2. Processo de laboratório, por meio do qual se cultivam microrganismos com o fim de estudar ou facilitar o seu desenvolvimento. 3. Em infectologia, é o período que vai da penetração do agente infeccioso no organismo até o aparecimento dos primeiros sinais da doença.
9 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
13 Inapetência: Ausência de apetite, de vontade de comer; anorexia. Por extensão de sentido, é a falta de desejo ou de vontade.
14 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
15 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
16 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
17 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
18 Apêndice: Extensão do CECO, em forma de um tubo cego (semelhante a um verme).
19 Colecistite: Inflamação aguda da vesícula biliar. Os sintomas mais freqüentes são febre, dor na região abdominal superior direita (hipocôndrio direito), náuseas, vômitos, etc. Seu tratamento é cirúrgico.
20 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
21 Apendicite: Inflamação do apêndice cecal. Manifesta-se por abdome agudo, e requer tratamento cirúrgico. Sua complicação mais freqüente é a peritonite aguda.
22 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
23 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
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Comentários

16/09/2013 - Comentário feito por vitoria
o assunto
nossa muito bom essa pagina tem tudo oq eu queria tudo de bom vou tirar a nota perfeita no meu trabalho adorei!!!!

06/05/2013 - Comentário feito por roberta
Re: Ascaridíase: o que devemos saber sobre ela?
Obg Tirei dez

03/04/2013 - Comentário feito por valeria
Re: Ascaridíase: o que devemos saber sobre ela?
otimo

14/12/2012 - Comentário feito por Brilhante
Re: Ascaridíase: o que devemos saber sobre ela?
devevemos passar + informações para as familias carentes e escolas. Matéria mt boa p qualquer idade.

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